eu venço.

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TERÇA-FEIRA, 06 DE DEZEMBRO DE 2023.

Estou com May, ela ainda se recusa a nos deixar chamá-la formalmente – Natasha não pôde vir comigo, ela até tentou, mas tinha trabalho irremediável no estúdio. Eu quero me lembrar de pedir a ela que me apresente o seu local de trabalho, inclusive.

Enquanto isso Cecília está com Wanda e Elena, que acordaram com vontade de passarem um tempo com ambas as sobrinhas, Maeve também está junto. Eu vim para a minha consulta, como deve ser durante o meu processo de recuperação, sozinha. É um progresso, ao menos eu considero pedir um uber e lembrar o endereço um grande progresso.

— E então, Davina, como vão as coisas desde a sua última consulta? — May pergunta ao ocupar a cadeira em minha frente, ela cruza as pernas e apoia a sua agenda no colo.

— No sentido geral? — assente ao capturar o seu óculos de grau e o colocá-lo em cima do nariz. Eu acabo sorrindo com as imagens do meu último final de semana. — Sinceramente, não poderiam estar melhores.

— Eu percebo, esse sorriso te entrega. — aponta ao me encarar por cima das lentes do óculos.

— Está tão óbvio? — ela ri e confirma. — É só que... eu pareço finalmente estar fazendo a escolha certa, finalmente sinto que estou acertando em alguma coisa.

— Eu vejo, acertando com a Natasha também?

— Sim! — como falar sobre ela sem me conter? — Só aqui entre a gente, eu estou impressionada em como é possível eu me sentir tão bem em relação a Natasha com tão pouco tempo de convivência. — civilizadamente falando. — É só... a convivência com ela é tão fácil. Ela é a razão desse sorriso.

May tornou-se surpresa ao me ouvir, da última vez que nos vimos, digamos que eu ainda não era exatamente uma grande fã da companhia de Natasha.

— Que ótimo ver que estão se dando bem agora. — concordo em um movimento frenético com a cabeça. — Isso é muito bom mesmo, parabéns pelo avanço.

— Nós fomos passar o fim de semana com os pais dela.

— E como foi?

— Foi simplesmente... incrível. — optei por ignorar que Melina esteve conosco, assim foi simplesmente incrível o momento que compartilhamos na casa da árvore. — Nós nos beijamos. — suspiro de forma boba.

— E...? — gesticula para que eu continue.

— Eu não poderia ter tido um primeiro beijo melhor do que aquele.

E realmente não poderia.

「 ... 」

Quando a consulta terminou, chamei o mesmo uber que me trouxe, segundo Natasha ele era de extrema confiança, era ele quem levava e buscava Ceci na escola quando ficávamos sem opção, gostaria de ter tido conhecimento disso mais cedo, aliás.

— Alô?

"Oi meu amor, já saiu do consultório?"

— Sim. — afirmo e alcanço a maçaneta do veículo estacionado ali para mim. — Estou entrando no carro agora mesmo.

"E como foi, conseguiu chegar no horário?"

— Foi tranquilo. E sim, não foi difícil pedir um carro e chegar aqui a tempo.

Eu bato a porta depois de me acomodar devidamente e aproveito o seu silêncio do outro lado para me afastar do celular por um momento para prender o cinto de segurança. Gosto dessa preocupação dela para comigo, eu compreendo que em partes é pela a minha perda de memória, mas Natasha parece gostar de cuidar das pessoas em geral ao seu redor e zelar pelo o bem estar delas.

True Love ↷ Natasha Romanoff. Onde histórias criam vida. Descubra agora