1 DE MARÇO DE 2024.
Eu não sei dizer exatamente a quanto tempo eu estou sentada aqui, observando Natasha dormir. O abajur acesso fracamente do meu lado da cama é a minha única fonte de luz agora, o relógio despertador ao lado indica que já passam das 02:00am, mas eu simplesmente não consigo sequer fechar os olhos, então me contento em admirar a minha esposa fazer por mim, o que eu não consigo. O seu rosto se mantém sereno, provavelmente tendo um sonho tranquilo.
Cada mínimo detalhe de seu rosto é pensadamente perfeito, até mesmo a forma como ela franze os lábios e a sobrancelha é adorável. Eu nunca vou saber se sou o suficiente para ela, mas Natasha definitivamente é mais do que eu mereço.
Eu afasto o cobertor para longe de minhas pernas e o coloco sobre o corpo inerte dela, tomando cuidado para não acordá-la, seria uma pena tirá-la de um sono aparentemente tão bom e calmo. Eu me abaixo o suficiente para conseguir tocar a sua bochecha com os meus lábios, em um beijo. Eu sorrio notando ela se encolher, reconhecendo o meu toque mesmo em um sono profundo como aquele.
Então eu me levanto, alcanço um robe de cetim caído ao pé da cama, o envolvendo em meu corpo, antes de dar um nó firme em minha cintura. Eu caminho cuidadosamente devagar até a sacada, empurro as cortinas e saio para fora, imediatamente me arrepiando quando o vento gelado me atinge. Eu deveria fechar as portas de volta, para não atrapalhar Natasha aquecida na cama, então eu o faço e me mantenho sentada ali do lado de fora, apreciando o frescor daquela noite escura e céu nublado.
「 ... 」
Era uma noite fria, Davina caminha pelo o quintal dos fundos de sua casa no lago agarrada a seu próprio corpo, em uma procura apressada da garota estúpida quem ela carinhosamente, agora chamava de namorada.
Quando após bons minutos procurando, não a encontra, se vira para voltar para dentro, se os seus pais a encontrasse perambulando do lado de fora aquela hora da noite, as coisas ficariam muito sérias em um piscar de olhos. E se ficarem sérias para ela, ficariam sérias para Natasha, por tê-la arrastado até ali por nada – enquanto traçando o seu caminho de volta para o seu quarto quente e confortável, engole em seco ao sentir a presença, como se alguém a estivesse seguindo bem de perto.
— Procurando por mim, amor?
Ela trás a mão para o peito, soltando o ar em pura alívio ao reconhecer o tom rouco e sarcástico.
— Estúpida! — aquela alegria momentânea por não ser outra pessoa, rapidamente dá lugar a raiva por não ser outra pessoa. Davina tenta avançar em Natasha, com intenção de lhe estapear algumas vezes, mas a outra é mais ágil ao segurá-la no lugar. — Me solta!
— Eu não posso, você claramente vai me bater. — Natasha tranquilamente nega com a cabeça, se divertindo com a tentativa falha de sua namorada de chuta-la. — Está mais calma?
— Não. — Natasha usufruir daquele seu tom irônico apenas contribuía mais para a ira da outra, na verdade.
— Poxa, bebê. Eu vim aqui procurando ser recebida com carinho... — ela continua, a encarando sob os cílios e curvando os lábios em um biquinho tristonho.
Davina revirou os olhos, bufando.
— Eu achei que tivesse acontecido algo com você... me deixou aqui esperando por muito tempo. Estúpida.
— Quanto amor você tem por mim... — implica, afastando o seu toque dos pulsos da loira emburrada e a segurando na cintura agora, um pouco mais perto. Os seus olhares enfim se cruzam e Davina pragueja aqueles malditos olhos verdes. — Oi, amor.
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True Love ↷ Natasha Romanoff.
FanfictionJá pensou na possibilidade, de que um dia, você poderia estar indo dormir uma adolescente e na manhã seguinte, acordar na cama, ao lado da pessoa mais deplorável da face da terra e, pior ainda, descobrisse que não apenas disse sim a ela, como também...