mine.

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Está aqui o presente de Natal de vocês, apreciem com moderação.

AVISO: contém palavras ofensivas que pode ser gatilho para alguns, e cenas de preconceito explícito.

Se cuidem!!

Bos férias e até o próximo.

xoxo.

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Natasha veio me acordar o mais cedo possível, para ter tempo de sobra para fazer a minha mala e a de Cecília, de alguma forma ela sabia que eu era demorada para me decidir sobre essas coisas, eu só poderia imaginar como... 

Logo estaríamos embarcado para alguma cidade da Rússia, eu estou ansiosa para conhecer o lugar onde Natasha cresceu e as pessoas com quem cresceu, eu nunca estive lá e se já estive, adivinhe?

Eu não me lembro.

— Está tudo pronto? — e por falar nela...

Natasha está parada em pé logo atrás, vestida em uma de suas calças jeans escura e justas, jaqueta de couro marrom em cima de uma blusa de mangas e gola alta preta e, botas de cano alto combinando com a jaqueta nos pés.

Eu seguro a minha mala vermelha, podendo ter o seu tamanho comparado a de um armário e sorrio simpática.

— Tudo pronto, podemos ir.

E antes mesmo te sairmos, Cecília surge no quarto como um verdadeiro furacão, sendo surpreendida pela a sua mãe, que a puxa e segura antes de jogá-la para cima e prendê-la nos braços outra vez.

— Mamãe! — Cecília solta um grito agudo e fino, e tenta fugir do aperto de Natasha, que em momento algum usa a força, apenas a segura próxima. — Mama, me ajuda... — implora e olha para mim, fazendo bico, enquanto se contorce no colo da mais velha.

Eu solto um suspiro cansado e deixo a minha mala ali no chão, antes de caminhar até elas.

— Solta ela, Nat. — eu peço, simples e ela me obedece sem nem pensar, a abaixando no chão, Cecília corre para mim. — Pronto, minha princesa indefesa, está a salvo.

— Obrigada, mama. — ela me abraça nas pernas e eu não resisto e me inclino até ela, lhe entregando um beijo na testa e quando me levanto, encontro Natasha nos observando sem saber disfarçar o sorriso bobo. — O que foi?

— Nada... — ela nega e aponta para a porta entreaberta atrás dela. — Podemos ir então?

— Eu não quero ir... — Cecília protesta e me lança aquele olhar de sempre, quando quer as suas vontades feitas na hora.

Eu estava prestes a tentar convencê-la de que seria uma viagem divertida em família, ela estava indo ver os avós, passeios e toda essa coisa, mas Natasha ergue a mão em minha direção, me cortando a fala.

— Eu sei, meu amor. — começa, ao se ajoelhar em frente a ela, que está com o rosto enterrado rente a minha barriga, negando incessantemente. — E eu sinto muito mesmo por ter que te forçar a voltar lá, eu sei que você não gosta. — Cecília afasta o rosto lentamente e a encara de relance.

— Eu não gosto quando a vovó é má com você. — murmura desgostosa.

E eu agradeço internamente por Natasha ter me interrompido antes que eu pudesse dizer coisas boas sobre a casa do vovó e vovô, quando na verdade eu não fazia ideia do que iríamos enfrentar durante aqueles dois dias que se seguiriam.

— Eu não quero que se preocupe comigo, eu prometo que se ela tentar alguma coisa, eu irei me defender dessa vez, tudo bem? — Cecília assente e eu percebo Natasha engolir em seco, antes de erguer o olhar até mim, como se me pedisse por perdão, era ela quem deveria decidir se nos perdoaria, meros mortais, ou não. — E além do mais, iremos fazer isso pela mama, eu acho que ela sentiria a sua falta se você não estivesse lá ao lado dela. — sussurra, descontraindo a menina com uma carícia agradável no cabelo e por último deixa um beijo demorado em sua bochecha, a manchando com o batom rosa colorindo os seus lábios.

True Love ↷ Natasha Romanoff. Onde histórias criam vida. Descubra agora