Cap. 69

54 2 0
                                    

Noah

—Vai querer café?

— Não.

— Não vou pedir que vá descansar, porque imagino a angústia, mas estás a precisar.

— Estou ótimo.

Annie desiste do que queria dizer e senta na mesa, pega uns papéis que eu via e revia na esperança de encontrar algo que me escapava.

Dois dias se passaram sem o Greco dizer absolutamente nada, nem sobre a minha mãe ou sobre a Maia.

Já é frustrante estar aqui à espera da ligação dele, ainda tenho de dar explicações à minha família sobre o que aconteceu.

—Talvez esteja nalgum esconderijo do amigo. _ Annie diz mostrando-me uma foto onde está ele e o Russo.

— Ou talvez..._ paro de falar assim que meu telemóvel começa a tocar.

Faço questão de colocar no viva voz, Sargento e mais outros policiais aproximam-se.

Está a falhar como detetive. _ ouço do outro lado. Não era o Greco, mas alguém próximo a ele, Vin.

— Onde está o Greco? Exijo falar com ele, agora!

Rapaz, você não está em condições para exigir absolutamente nada.

— Ele é assim tão covarde que tenho de falar com o cão de guarda dele?

Está ocupado pensando em como matar a sua mãe e a sua amante.

— Se ousarem tocar nelas, eu mato-vos!

Fique bem.

— Não, não, não! Vin, por favor, não desligue! Me põe a falar com o Greco.

Do outro lado da linha fez-se um completo silêncio. Tiro minha atenção do telemóvel e olho para o Mike, ele abana a cabeça em negação, significando que não conseguiram a localização.

— Greco?_ digo após ouvir uma respiração profunda.

Já não é mais Mr. De Luca?

— Pare de joguinhos, seja homem revela-te!

Vamos jogar.

— Greco, deixa de covardia. Preciso saber se minha mãe está bem, a Maia...

Vamos jogar...

— Qual jogo?

O jogo é " Salvas ou Matas ". Você escolhe que irá salvar, e eu escolho quem irei matar, é divertido, não?

Greco, por amor de Deus, não faça isso...

—  Alinhas ou não? Apressa-te, a tua amante já esqueceu como é vida de pobre, ainda apanha uma pneumonia do jeito que está.

— Como ela está?

Mal. Vamos jogar, escolha uma que você queira que eu solte e eu escolherei quem vou matar.

INFILTRADOOnde histórias criam vida. Descubra agora