INFILTRADO

Cap. 64

Maia

A primeira coisa que faço ao acordar foi ir correndo ao banheiro, porque mais uma vez a primeira que sinto ao acordar são esses  enjoos dos infernos.

E como se não bastasse, o mínimo cheiro forte que sinto me causa o mesmo efeito.

Talvez tenha que dar razão ao Greco e ir ao médico, já não aguento mais.

Aproveito e tomo um longo e demorado duche na banheira. Era terapêutico para mim, a água fresquinha que ia aquecendo gradualmente, os aromas colocados na banheira.

— Mrs. De Luca? _ ouço a Lara chamando por mim.

— Estou no banheiro! Pode vir!

Pego em algumas espumas e cubro melhor o meu peito. Ela aparece e dá um sorriso.

— Bom dia..._ ela diz parando e fechando a porta.

—  Olá, querida. Tudo bem?

— Sim... A Mrs. Russo está aqui.

— Tão cedo na casa dos outros?_ digo e Lara seguro o riso.

— Não é tão cedo assim, são 10h da manhã.

— Continua sendo cedo para mim. Diga-lhe que já venho, estou no duche.

— Maia?

—  Acho que não vai ser necessário.

— Estou na banho, podes esperar..._ antes mesmo de terminar de falar, Giselle aparece no banheiro. — Ei...

— Ei, não quis esperar.

— Já percebi.

Eu antes gostava dela, de verdade e esperava que tivéssemos uma ótima relação.

Mas vi que não dá, simplesmente não dá. Ela é insuportável, e desde o dia que acusou o Noah pela perda do bebé dela, preferi me distanciar.

— Licença. _ Lara diz.

— Antes de ir podes trazer o meu robe azul? Está na...

—Eu sei onde está.

— Porque é você que arruma.

Ela sai e eu olho para Giselle.

— Não tem medo?_ Giselle murmura.

— Sei lá, de deixar que as empregadas entrem no seu quarto. Quer dizer, tem um tanto de jóias aqui dentro, elas podem roubar.

—Prefiro o termo " ajudantes", e não são só isso. São minhas amigas, e não são ladras.

—  Ou talvez com o tanto que você tem nunca percebeu o que falta.

— Não, definitivamente não.

— Aqui tem._ Lara diz pendurado o robe.

— Obrigada.

Ela sai e fecha a porta.

— Então, o que se passa?