Capítulo 42

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Annie Adams

- Como você ousa em aparecer aqui?_ olho para o indivíduo parado na minha porta.

— Boa noite pra você também Detetive, trouxe algo para você._ ele mostra uma pequena caixa.

— Saia da minha propriedade, agora.

— Ainda está chateada por causa daquilo?

_ Daquilo? Você enlouqueceu? Você matou uma pessoa, uma pessoa, porra! Qual é o teu problema?

—  Você e o teu Sargento têm de parar de me culpar por tudo que acontece aqui.

—  Eu não quero seu presente, saia da minha propriedade, e não esqueça, sou polícia, tenho uma arma e se eu quiser posso matar você e dizer que foi em legítima defesa.

— Eu vou embora, mas com uma condição, me deixe entrar. Quero conversar.

— Nós não temos nada para conversar.

—Claro que a gente tem, Detetive.

Talvez ele me conte alguma coisa relacionada com o caso da Melissa, não sei o que pensar.

Estou com raiva dele, quero matá-lo.

Dou espaço e ele entra. Ficou observando cada detalhe da sua casa.

— Tome._ me entrega a caixa.

Colocou suas mãos no bolso e ficou olhando para mim curioso.

— Abra, não é nenhuma bomba ou assim.

Reviro novamente os olhos e abro desconfiada. Minhas bochechas coram assim que vejo o que é.

— Pensei que talvez fosse a tua lingerie favorita. _ ele se aproxima.

— Sobre o que quer falar?_ coloco a caixa num lugar qualquer.

— Sei lá, sobre qualquer coisa, pôr a conversa em dia.

Caminhou até a sala e sentou como se estivesse em sua casa.

Era confortável.

— Você matou àquela mulher?

— Tem vinho, tequila ou run?_ ele ignora minha pergunta.

— Você é um homem frio e cruel, eu odeio você e espero que morra da pior forma possível.

—  Para quê tanto ódio?

— Como você se sentiu? Ao ouvir ela a gritar, não sentiu nenhum remorso?

Levantou do sofá e caminhou até mim.

Ficamos a olhar um para o outro em silêncio, seus olhos transmitiam ódio e desprezo.

—Como você consegue dormir?

— Com a consciência limpa porque eu não sujo as minhas mãos.

— Você não mas os teus homens o fazem à teu mandato!

—  Não viaja.

— Vai embora, por favor. Saia, não me obrigue a chamar o 911.

— Sei que não fará isso.

Ele vai até à uma cómoda e começa a ver as fotos que lá estavam.

— Essa é você?

— Não lhe interessa. A cada dia que passa, a minha vontade de vê-lo a apodrecer na prisão só aumenta.

— Você e mais uns tantos. Não sou incompetentes como vocês. Diferente de vocês, eu faço o meu trabalho com seriedade.

— Não tenha tanta certeza disso.

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