Capítulo 45

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Maia Benson

Após um dia cansativo Noah levava-me à casa.

Estávamos calmos e em silêncio. Eu pensava no que seria depois disso terminar e o Noah, bem não sei.

Para onde eu irei  com o Ethan, porque eu sei que o Greco num momento ou noutro ficará sabendo que eu o traí nos possíveis sentidos existentes.

Ele irá tentar me matar, eu sei.

E o Noah, desde o que aconteceu ultimamente, tanto com a morte daquela mulher como o que disse sobre àquela policial ter dormido com o Greco, ele está estranho.

Queria perguntar-lhe se isso lhe afetava de que maneira, mas presumo que dirá apenas que está com medo ou algo do género.

Preferi não dizer nada por enquanto.

—Você poderia ir comigo._ digo e ele olha para mim e baixa o som.

Sei que já tivemos essa conversa, talvez ele tenha mudado de ideias.

— Oi?

— Eu disse que poderia ir comigo. Quando tudo isso terminar, podemos ir embora.

— Já falámos sobre isso, não posso ir embora.

—Por que não? _ olho para ele. Ele olha para mim  também e suspira.

— Eu tenho uma vida aqui.

—Podemos começar outra.

— Não posso deixar a minha mãe aqui sozinha.

— Ela é adulta, sabe cuidar de si.

—Maia... Do que está falando?

— Presumo que no final de tudo o Greco será preso. Você, o Ethan e eu, podemos ir embora. Sermos uma família, não se preocupe com o dinheiro.

—O dinheiro não é resolve todos os problemas.

—Quem disse isso é porque não teve o suficiente para resolvê-los.

— É diferente, eu não posso fazer isso.

— Pensei que quisesse que a gente tivesse um futuro.

— E quero, mas não fugindo.

— E o que sugere então?

— Apenas vamos com calma.

— Com calma?

— Sim, olha... É complicado demais.

—Complicado como? É algo simples.

— Para você. Eu tenho razões para estar aqui, eu tenho uma família, uma vida, trabalho.

—E eu não... Já percebi.

— Maia... __  Afasto-me ao tentar me tocar. —Não me entenda mal...

—Não precisa me dar explicação.

—Porra._ ele suspira e passa a mão na cabeça.

Ele não está disposto a ficar comigo. Quer dizer, o que lhe prende aqui? Só a mãe? Não acho.

— Estás a ser sincero comigo?_ pergunto olhando para ele.

— Como assim?

—Em relação a tudo, estás a ser honesto comigo, Noah?

—Claro que estou, que pergunta é essa?

Não respondo. Apenas olho fixamente nos seus olhos azuis que também me fitavam.

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