Cap. 58

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Noah


Eu sei que tudo quanto ela fazia, o fazia para provocar-me, eu sei.

Essa performance ridícula de que do dia para a noite começou a amar o marido, é frustrante.

Está a dar comigo em doido e não posso fazer nada, excepto fingir que não me abala.

A noite toda foi assim, se eu não a conhecesse até um certo ponto diria que de facto o ama.

- Onde está o seu anel? __ do banco de trás ouço o Greco questionar. Pelo retrovisor olho para a Maia, antes de responder coloca uma madeixa dos seus cabelos pretos como o breu atrás da orelha.

- Perdi-o..._ ela fala.

- Como?_ no mesmo instante que ele perguntou, nossos olhares se cruzaram.

- Foram os homens daquele homem...

- Tem a certeza?

- Sim... Têm noção de que vale muito.

- E porquê raios não me disse?

- O stress fez-me esquecer.

- Vamos ao hospital. _ Greco diz olhando especificamente para mim. Maia também olha para mim como se estivesse a pedir ajuda.

- Porquê? _ ela questiona.

- Àquela merda vem de muitas gerações, tens de o reaver. Não esqueça que foi meu pai quem deu.

- E se ele o perdeu?

- Mato-o...

- Greco...

- Chefe..._ chamo com muita dificuldade. Odeio tratá-lo como se fosse meu superior, chefe? Chefe o caralho.

- O que é?_ ele olha para mim.

- Vale lembrá-lo de que a Polícia está de olho no senhor, deixa que eu faço isso.

- Qual é o teu plano?

- Deixá-los em casa... Afinal de contas, se acontecer alguma coisa, vocês precisam de um álibi.

-Se ele o perdeu mate-o.

- O chefe é que manda.

- Vocês não podem matar assim as pessoas. _ Maia diz.

- Se não o tivesse perdido não havia necessidade disto. __ Greco diz.

- Eu não o perdi, foram os teus inimigos que o levaram.

Greco não comenta.

- Por amor de Deus... _ Maia diz recebendo o charuto que Greco ia acendendo. Abre o vidro e joga fora.

Olho para o Greco esperando como reagirá.

- Era mesmo necessário?

- Era. E eu já falei para parar de fumar quando estiver comigo. Eu não quero perder você... __ ela diz deitando sua cabeça no peito dele e olha para mim.

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