Cap. 63

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Maia


Semanas depois


Semanas foram passando e tudo mudou.

Tenho estado menos tempo com o Noah e mais com o Greco, tenho me envolvido mais nos seus assuntos e descobri coisas horríveis.

Ele está envolvido na morte da Melissa Rodriguez. Fiquei perplexa ao saber, visto que eu não esperava tamanha crueldade.

Como sempre ele não suja suas mãos, manda sempre alguém fazer por ele. E desta vez não foi o Vin, foi outro.

Logicamente contei tudo ao Sargento, afinal só faço isso porque ele me convenceu. Porém, para não acusá-lo apenas de homicídio, tenho que achar provas de que ele está ligado à uma rede de tráfico, fraudes e outros.

Há uns dias conhecemos " investidores" interessados em comprar o que ele vende.

E descobri que a mercadoria que o Paul O'Brien tanto quer e que inclusive o usou para chantagear-me é um tanto de drogas.

Tendo em conta que daqui a semanas tudo isso virará passado, tenho de pensar no meu futuro, não terei um marido rico e terei de trabalhar para sustentar o meu bebé que em breve, mas tão breve eu o terei em meus braços.

Tenho falado com o agente social responsável por ele, tem me passado informações relativamente ao seu estado.

A última vez que o vi e peguei, foi tão rápido que mesmo estando lá e com ele, já sentia a sua falta.

Confio na palavra do Sargento. Se ele diz que vou tê-lo, é porque vou tê-lo.

Trabalhava num projeto que pensava apresentá-lo ao Evan Holland.

Embora saiba que as chances dele ver o meu CV são pouquíssimas, ainda assim preferi arriscar e fazer o trabalho.

Naquela maldita noite que quase perdi a vida, ele havia me dado o seu cartão, nunca cheguei a ligar porque não sei o que dizer.

Se eu acho um absurdo levar um documento para uma empresa renomada sem ter zero experiência?

Acho, porém, vou fazê-lo na mesma.

Porquê?

Porque posso e além do mais todo sonho é um absurdo.

( ... )

— O que acha desse?_ digo me apoiando no berço.

Olho para o Noah esperando sua resposta, ele tira seus óculos de sol e os coloca na cabeça.

Achei sexy.

—É bonito._ ele diz pegando na etiqueta.

— Está bem...

Continuo a ver outros berços e ele só vinha atrás de mim em silêncio.

No carro quase que não falamos nada, eu falava bastante, as suas respostas eram curtas.

— Este é bonito. _ digo pegando nele.

— Yeah.

—  O que se passa?

— Com o quê?

— Tu estás estranho comigo e é chato, desde cedo que não fala comigo devidamente. Está chateado com alguma coisa? Fiz algo de errado?

— Não fez nada de errado.

— Então o que é? Porquê este amuo todo?

— Quero perguntar algo, mas não me leve a mal, pode ser?

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