Cap. 72

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Maia

Não sei se é apenas algo psicológico, mas depois que descobri que estou grávida, parece que minha barriga está maior.

Talvez seja imaginação minha. Ou talvez não, afinal de contas são dois meses. E se eu consigo notar, outras pessoas também, incluindo o Nolan.

Nolan...

Hoje recebi a alta, fiquei sabendo que durante estes dias a Mila e as meninas têm estado na casa dele.

Não me senti traída, entendi que apesar do ocorrido, estariam mais seguras com ele.

—Oi, bom dia... Gostava de saber onde está internada a Miss Olívia, Olívia Roberts. __ embora neste momento eu odeie o filho, tenho o dever de me desculpar, sei que não apagará o que já foi feito, mas é melhor que nada.

— Não temos nenhuma Olívia Roberts aqui. __ o recepcionista diz olhando para o computador

Lembrei que o nome Noah Roberts é uma farsa.

— Temos uma Olívia Holland...

— Sim, é ela...

—Infelizmente as visitas são restritas. A menos que seja família.

Sou mãe do neto dela, isso conta?

—Não, não sou família. Mas por favor, preciso disso.

Ele suspira e notei que cederia.

—Só faço isso porque é muito bonita.

Dou um sorriso.

—Obrigada.

—Quarto 12B.

—Muito obrigada mesmo.

—De nada. _ ele pisca o olho para mim e sorrio. Saio de lá e vou vendo os números nas portas. Estou nervosa, não sei se irei encontrá-lo, e se encontrar, não sei o que lhe dizer.

— 12B... _ repito e paro ao ver. Dou um suspiro antes de entrar, ainda muito nervosa giro a maçaneta e entro.

Sinto-me mais aliviada ao ver que estava viva e sozinha. Ela estava acordada olhando para o nada, na cabeceira estava um buquê de rosas.

Ela dá um sorriso fraco e eu faço o mesmo.

— Olá...__ digo sem jeito e paro perto da porta.

— Pode se aproximar, eu não mordo.

Me aproximo lentamente e paro. O Noah teve a quem sair, era uma mulher muito bonita, os seus cabelos grisalhos lhe deixavam tão atraente, os seus olhos também azuis...

— Não sei, se lembra de mim... Mas eu sou a Maia, Maia Benson. É por causa de mim, que se encontra nessa situação, vim pedir desculpas e ajudar no que puder.

— Vou dizer ao que disse ao meu filho, você não tem culpa de nada.

— Claro que tenho... Se eu não tivesse me envolvido com o seu filho, nada disso teria acontecido. E tirando isso, foi o meu marido que fez isso.

Ela não diz nada, apenas fica me olhando em silêncio. E querendo ou senti-me intimidade olhando para ela, era como se estivesse a olhar para o Noah.

— Por favor, diga qualquer coisa... __ falo.

—Eu não odeio você, nem a culpo pelo o que houve comigo. O culpado está preso, siga a sua vida sem se sentir culpada.

— Tem uma alma muito gentil.

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