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Olá, queridos leitores.
Espero que gostem e aproveitem o capítulo, votem e comentem, por favor.
Boa leitura a todos.

E só um adendo, o Harry da estória vai ser o de 2013 - frat era (é assim que se fala?)

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[HARRY]

Um apito estridente se faz presente pela quadra de basquete.

- Acabou o treino, rapazes. Para o chuveiro! - ouço o treinador Evans mandar.

Finalmente pude respirar aliviado e bebo água da minha garrafa. Não que eu não goste de treinar, mas o treinador Evans pode pegar pesado quando tem campeonato, entretanto já me acostumei com ele, estou no time de basquete desde que entrei nesse colégio no sétimo ano do fundamental. Chegando ao vestiário, junto com os outros meninos do time, vou rapidamente para o primeiro chuveiro que encontro.

- Senhor capitão, o que tem a dizer sobre o treino de hoje? - Michael me pergunta do outro chuveiro ao lado do meu. Só o que nos separa é a divisória dos boxes.

- As garotas foram muito bem. - me refiro ao time. - Se continuarmos jogando nessa pegada, nós vamos vencer o campeonato.

Realmente, estamos nos dedicando muito para vencer. Ao todo, já trouxemos 5 troféus para o colégio e eu espero trazer o sexto troféu. Logo termino o banho e me visto com a minha roupa que eu guardei no armário e sigo para a saída do colégio, porém, meu querido amigo, Louis, me detém.

- Como foi o treino? - pergunta andando ao meu lado em direção da minha casa.

- Foi bem de boa, estamos indo bem e, se continuarmos nesse ritmo, as chances são bem grandes de trazer o sexto troféu pra casa.

- Isso é ótimo, com certeza o time vai pra final e eu vou estar lá torcendo pelo melhor jogador.

Louis sempre me encorajou, seja no time de basquete ou em qualquer outra coisa, mesmo que pudesse me trazer consequências, por exemplo um joelho ralado ou uma bronca da minha mãe, mas ele sempre estava lá para me apoiar e levar o esporro comigo.

- Valeu, Lou. - sorrio - O que vai fazer agora?

- Vou para casa, preciso estudar Biologia, estou tendo dificuldades naquela merda de hereditariedade. Pra que você precisa saber de azão ou azinho? Isso tudo é uma merda.

Dou risada com a sua reclamação. Louis não é de ter muita paciência com assuntos que não são direto ao ponto.

- E os meninos?

- Liam foi liberado mais cedo, que sortudo. Zayn também foi pra casa, ele disse que ia continuar com os desenhos dele e Niall foi namorar um pouco com a Rachel.

- E eu vou pra casa, preciso dar uma pequena arrumada e estudar também, não posso sequer pensar em relaxar e perder a minha bolsa.

Nem por um milésimo de tempo eu posso pensar em perder a minha bolsa. Esse colégio não é pra pessoas da minha classe média e, sim, para a classe alta, ou seja, para pessoas que simplesmente são ricas mesmo. É claro que há mais pessoas bolsistas, não sou o único, mas para manter a bolsa e continuar no time de basquete é preciso esforço e dedicação.

- Você não é nem louco, eu te xingo daqui até a China se você pensar em perder a bolsa. E a sua mãe te mata junto com o seu pai. - paramos no ponto de ônibus.

Sempre tão amoroso esse meu amigo.

Minha mãe e meu pai batalharam muito para que minha irmã e eu tivéssemos do melhor, tanto que Gemma está em Oxford e eu em um dos melhores colégios do Reino Unido. Sempre vou ser grato a eles por terem me dado do melhor e espero dar mais do que o melhor pra eles algum dia.

- Lou, consegui essa bolsa quando entramos para a sexta série e eu nunca desleixei. Não vai ser agora, no último ano, que eu vou fazer isso. - digo entrando no ônibus junto com Louis.

- Eu sei, cara, é que é uma pressão em cima de você. Agora no último ano a pressão de ir pra faculdade e é aí que todo mundo endoida. - ele suspira - Já pensou o que vai fazer na faculdade?

Sentamos nos bancos do ônibus e eu suspiro sentindo o veículo se movimentar.

- Ainda não, não achei minha paixão.

- Já disse que você tem talento pra música, mas você é um cabeça dura. - dá de ombros.

Reviro os olhos não querendo prolongar no assunto. Louis sempre me disse que eu tinha talento para música, que eu cantava bem, mas eu não confio muito, pra mim eu canto razoavelmente e só canto quando estou perto de pessoas a quem eu admiro muito.

Louis acabou descendo no ponto da sua casa e eu segui para a minha, só uns dois pontos a frente. Finalmente desço e sigo para casa. Entrando na minha casa de tamanho médio e aconchegante, tudo está muito quieto, o que indica que minha mãe e meu pai não chegaram do trabalho. Minha mãe trabalha na recepção de uma grande empresa e o meu pai é segurança, então meu pai chega um pouco mais tarde em casa.

Como já tomei banho no vestiário, coloco minha bolsa no meu quarto e desço para lavar a louça que ficou do café da manhã e varro a casa. Quando deixo a sala e a cozinha arrumadas, subo para o meu quarto e tiro os livros que eu trouxe de dentro da mochila. Hoje vou estudar Álgebra. Não que eu tenha dificuldade, devo dizer que eu sou muito bom em matemática.

Acabo nem percebendo a hora passar quando a minha mãe entra no meu quarto me desejando boa noite.

- Oi, meu querido, como foi na escola?

- Foi bom, mãe, o mesmo de sempre. - dou de ombros.

- Teve treino hoje? - ela pergunta encostando as costas na minha mesinha na qual eu estava debruçado nos livros.

- Sim, e estamos indo muito bem, ainda tem a ansiedade em pensar no campeonato, mas tá tudo indo bem.

- Isso é ótimo, meu amor. - ela me dá um beijo na testa. - Vou preparar algo para comermos, seu pai daqui a pouco está chegando.

- Quer que eu já vá começando alguma coisa, mãe?

- Comece a fazer o arroz, então, por favor. Eu vou tomar um banho.

Deveria ter notado já que ela está com os saltos nas mãos.

- Tá bom.

- Obrigada, querido.

Minha mãe sai do meu quarto e eu fecho os meus livros e os guardo na bolsa. Desço para a cozinha e já vou começando a preparar o arroz. Papai chega em alguns minutos depois, me dá um abraço e sobe para falar com a minha mãe que rapidamente desce com uma cara de feliz e começa a preparar o resto da refeição. Depois de um tempo, meu pai desce e nós jantamos.

Finalmente relaxado na minha cama, só tenho tempo de virar para o lado, ativar o alarme e sentir meus olhos pesados e se fechando me dando o início do meu sono.

The Poor (Rich) Girl | H.SOnde histórias criam vida. Descubra agora