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Olá, queridos leitores.
Espero que gostem e aproveitem o capítulo, me perdoem por não ter postado ontem (sábado), deu um erro na matriz (meu cérebro).
Boa leitura a todos.

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Parecia que as aulas estavam passando de forma rápida e o meu caderno estava ficando cheio de anotações. Mesmo tendo minhas regalias e meus privilégios, meus pais - minha mãe, na maioria das vezes -  sempre exigiram a perfeição quando se tratava dos meus estudos e, de tanto que eles me exigiram, eu também exijo esforço e dedicação.

Marina dizia que eu precisava relaxar, que eu não podia ser tão dura comigo mesma e essa conversa se intensificou quando as crises de ansiedade começaram a aparecer com os meus 14/15 anos, por isso eu decidi ter aulas de boxe.

Minha mãe não achou muito apropriado uma garota “da minha classe” ficar socando sacos por aí, ela disse que se a imprensa soubesse poderiam me dar os nomes e adjetivos mais horríveis possíveis.

Agradeço que eu não a escutei naquele tempo, o que ela queria que eu fizesse? Balé? Pilates? Yoga? Não tiro a eficácia dessas atividades, mas eu sabia que não me daria muito bem e eu largaria com pouco tempo.

Eu também fiz aulas de natação durante algum tempo, até gostei, tanto que hoje eu sei nadar muito bem, mas eu sentia que eu precisava de algo com mais “ação”, vamos dizer assim.

O meu pai não disse nada a respeito do boxe, só pagou pelas aulas até eu pegar o jeito e equipou a academia da nossa antiga casa para que eu treinasse, não sei se ele fez o mesmo na nossa casa, eu nem tive tempo de perguntar a ele e também não faço ideia de onde fica a academia.

- Lana, a aula já acabou, é hora do intervalo. - Rachel me tira dos meus pensamentos.

- Nossa, eu nem percebi. - balanço a minha cabeça levemente.

- É, eu notei, os meninos até foram na frente.

- Desculpa, Rachel, eu estou te atrapalhando. - recolho meu caderno juntamente com meus lápis e me levanto.

- Claro que não, você ainda não entendeu que eu quero ser sua amiga?

- Por que? Você mal me conhece. - retruco estranhando.

Por que essa aproximação toda?

- Eu quero te conhecer, nós queremos te conhecer.

- Nós quem?

- Nós. Eu e os meninos.

- Olha, Rachel...

- Meninas, o que estão fazendo?

Viro-me para ver quem nos chamou e reviro os olhos ao ver o dono dos olhos verdes nos mostrando aquele maldito sorriso. Ele não pode simplesmente não sorrir?

Ele tem um sorriso bonito, odeio admitir isso, mas eu não gosto do que sinto quando olho pra a boca dele um pouco elevada. Que droga! Por que fico sentindo as minhas mãos suarem e meu peito vibrar?

‘Tô tendo algum tipo de doença?

- Apenas conversando, Harry. Nós já estávamos indo. - explica Rachel.

- Niall já está ficando doido com a sua demora, e eu me ofereci para vir buscar vocês. - diz Harry assim que saímos da sala de aula.

- Eu vou indo, então.

Rachel alterna seu olhar entre mim e seu amigo, aposto que consigo ver um pequeno sorriso em seu rosto, e caminha para o lado do corredor em direção ao refeitório enquanto eu caminho para o outro lado disposta a guardar meu material e sumir pelo jardim.

The Poor (Rich) Girl | H.SOnde histórias criam vida. Descubra agora