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Olá, queridos leitores.
Espero que gostem e aproveitem o capítulo, votem e comentem, por favor.
Boa leitura a todos.

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[LANA]

- Lana, segura a minha mão, por favor. - Marina me pede quando o avião começa a se movimentar pela pista.

- Calma, Marina, você nunca viajou de avião? - pergunto já segurando a sua mão.

- Não, eu sou pobre, garota. - dou risada de sua fala - Não dê risada disso, e eu tenho medo de altura.

- Calma, vai dar tudo certo, pode apertar a minha mão, se quiser... Mas não tanto, né? Quer quebrar a minha mão? - reclamo assim que ela aperta a minha mão muito forte.

- Desculpe.

Vendo Marina desse jeito, tão nervosa, tento distrai-la o máximo possível, mas não posso conter o frio na barriga quando o avião decolou. Até mesmo em mim que já estou acostumada a voar, sempre na decolagem e na aterrissagem, me dá um frio na barriga.

Marina, pela primeira vez, teve um vislumbre da vista da cidade ficando encantada e assustada ao mesmo tempo.

- Menina, olha só, como a cidade fica pequenina. - até parecia que seus olhos brilhavam - Não sei se fico encantada ou atordoada.

Dou risada e continuo segurando em sua mão até que ela peça para soltar. Eu e ela nos sentamos nas poltronas do meio enquanto meus pais sentaram nas poltronas da frente. Logo é nos avisado que podemos tirar os cintos de segurança, contudo, Marina insiste em ficar com o cinto até aterrisarmos.

Em algumas horas depois, finalmente chegamos em Londres. Desembarcando do avião, agradecemos a equipe de bordo por um ótimo trabalho e por serem tão atenciosos. De imediato, senti o frio que Londres traz assim como pude ver que caia uma garoa bem fina, logo essas que deixam qualquer um resfriado.

Um pouco mais a frente da aeronave, tem dois Range Rover pretos e os novos motoristas nos esperando. Ao se aproximarem de meu pai, pude notar que há um motorista um pouco mais velho e outro um pouco mais novo do que esse.

- Boa noite, senhores. Me chamo Joe e esse é o George. - o mais velho nos cumprimenta e apresenta o mais novo - Eu irei levá-los para casa e George irá levar as malas. Acredito que sejam algumas.

- Boa noite, Joe, espero que não estejam nos esperando a tanto tempo. - papai o responde - E sim, temos algumas malas.

Enquanto George pega as malas junto da equipe de bordo e as coloca em um carro, Joe nos guia para outro carro e, em seguida, estamos saindo do espaço do aeroporto e chegando nas ruas de Londres. Marina parece totalmente cansada pela viagem, mas se recusa a dormir no carro, acredito que pela presença dos meus pais, então ela observa atentamente as ruas londrinas que estão quase vazias a não ser, infelizmente, pelos moradores de rua, as pessoas que trabalham à noite e alguns bêbados.

Das avenidas londrinas às ruas cheias de mansões e condomínios luxuosos. Cada uma mais linda do que a outra, parece que sempre podem ser maiores e mais lindas. Por fim, finalmente chegamos na minha nova casa com um portão preto grande e com muros, uma mansão de cor branca com janelas pretas retangulares.

- Lana, que casa linda. - Marina comenta com um brilho nos olhos.

- É linda mesmo. - concordo com a minha querida governanta.

Desço do carro assim como todos, debaixo de guarda-chuva, e ficando mais maravilhada ainda com a casa nova. Meu pai e minha mãe, desde que eu comecei a entender o que se passava, adoram o grande estilo, seja com festas ou com uma casa nova. O gramado é bem cuidado e tem um tamanho de um campo de futebol ou algo maior.

- Vamos entrar, não quero que fique resfriada, Lana. - mamãe diz me tirando dos meus pensamentos.

Ao entrarmos, sou recebida pela grande escadaria nas laterais, uma mesinha de centro mais a frente da entrada com um vaso de plantinhas e flores. Os corrimãos da escadaria são de cores preta e cinza claro de um jeito bem moderno, as paredes da casa são pintadas de bege claro e em algumas paredes há quadros, deve ter sido por ordem da minha mãe.

- Lana, o seu quarto é subindo à direita. - papai anuncia - Marina, o seu quarto também está à direita e o nosso está à esquerda.

- Senhor, não era preciso me dar um quarto lá em cima, eu poderia ficar junto com os outros funcionários. - Marina protesta e eu logo lhe dou um pequeno empurro com o ombro.

- Imagina, Marina, você é mais do que uma governanta para essa família, fique tranquila e pode decorar o quarto como você quiser. - mamãe se pronuncia.

É claro que Marina tenta convencer os meus pais de dar um quarto pela ala dos empregados, mas não adianta muito, já que eu peço para continuarmos conhecendo a casa e eu não cansei de admirá-la, é totalmente diferente da nossa casa do Brasil, realmente mamãe e papai fizeram um ótimo trabalho em comprá-la.

- Com licença, senhores, as malas já estão nos devidos quartos. - Joe anuncia chegando na sala.

- Obrigada, Joe, pode ir descansar, aliás todos já devemos ir descansar. Aposto que todo mundo está cansado dessa viagem. - mamãe diz. Logo Joe se retira e minha mãe se espreguiça e boceja.

- Está certa, querida, eu estou todo moído. - papai concorda bocejando também.

Como mamãe e papai tinham vindo antes de mim e Marina para poder visitar a casa, eles já sabem onde fica cada quarto, então rapidamente sou levada ao meu novo quarto. Um quarto grande com tons azuis, que é a minha cor favorita. Há uma poltrona perto da janela me dando visão de trás da casa, também no meu quarto há uma televisão em cima de um rack branco, em frente disso tem uma mesinha para caso eu queira colocar meus livros ou alguma outra coisa, dois abajures brancos nas mesas de cabeceiras e uma grande cama com um sofá branco e bege na frente assim como a cabeceira da cama.

- Uou. - é só o que consigo dizer ao ver o quarto.

- A decoração foi feita pra você, Lana. - Marina comenta parando ao meu lado.

Só consigo concordar com a cabeça ainda maravilhada.

- Marina, temos que mostrar o seu quarto também. - mamãe diz. - Boa noite, Lana

- Boa noite, Lana. - meu pai me deseja.

Meus pais me dão boa noite e saem do quarto esperando que Marina os acompanhe, mas a governanta me dá um beijo na testa me desejando boa noite e, assim, saindo do quarto e fechando a porta. Respiro fundo e finalmente percebo que as minhas malas se encontram perto da porta, pego uma delas abrindo e pegando meu pijama e roupa íntima já que vi que tenho um banheiro no meu quarto.

Após tomar banho e estar relaxada, deito na minha cama nova sentindo meus olhos se fecharem lentamente e logo entrando no mundo dos meus sonhos.

The Poor (Rich) Girl | H.SOnde histórias criam vida. Descubra agora