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Olá, queridos leitores.
Espero que gostem e aproveitem o capítulo, votem e comentem, por favor.
Estou um pouquinho atrasada, me desculpem.
Boa leitura a todos.

>.<

Consegui escapar momentaneamente da conversa fuleira de Harry, tendo certeza de que o assunto do encontro vai vir a tona, ele é maluco. Se um dia eu me encontrar com a mãe dele, eu vou perguntar o que ela dava quando Harry era pequeno.

Acredito que se eu fosse uma adolescente normal, eu daria risada do que Harry fala. Ok, eu sinto vontade de rir quando ele diz qualquer asneira, mas me seguro ao máximo já que eu não quero dar brechas, o capitão é bem saidinho e se eu mostrar que gosto das bobeiras que ele diz, ele pode piorar, se é que isso é possível.

Chamá-lo para sair.

Por incrível que pareça, saindo da boca perfeita dele, digo, da boca ridícula, não fez com que ele parecesse um idiota convencido do tipo idiota ao extremo, daqueles que nós temos vontade de estrangular e perguntar da onde vem tanto ego se ele não são nem um pouco daquilo que aparentam ser.

Só fez com que parecesse que Harry estava tentando me fazer rir, me tirando do sério, também. Sim, ele é bem convencido, narcisista, porém, não deixa que isso vá a alturas extremamente altas, parece que ele consegue dosar isso muito bem com o humor.

Está passando pano pra ele?
Claro que não, só estou dizendo o que eu vejo.

Chego em casa vendo que os funcionários estão andando de um lado para o outro, seja com vasos de flores ou com panos e produtos de limpeza os quais eu os cumprimento conforme passam por mim. Marina não veio me recepcionar como sempre, tenho certeza que a mesma está um pouquinho alterada por ter que falar com tantas pessoas ao mesmo tempo que tem que traduzir o que elas estão lhe dizendo.

- Oi, Marina. - a cumprimento me aproximando.

- Lana, minha flor, eu estou ficando alterada. - o que eu disse? - Um homem começou a falar muito rápido e eu não estou entendendo o que ele está falando.

- Você usou o tradutor? - pergunto deixando minha bolsa no canto do enorme sofá em forma de L.

- Usei, nem o tradutor soube me dizer o que esse homem disse. - ela respira fundo - Eu vou enlouquecer.

- Eu te ajudo. - dou uma risada por seu desespero.

- Não, você precisa se arrumar.

- Eu me arrumo bem rápido, você sabe, não vou me emperiquitar toda por causa desse jantar.

Teve um certo momento da minha vida que eu me arrumava bastante para jantar de sócios, festas da companhia e viagens junto com os meus pais, acredito que foi quando eles começaram a querer que eu comparecesse e eu queria que eles se orgulhassem, que me enxergassem, que vissem como eu era dedicada a me portar de maneira apresentável da maneira que eles queriam e que eu não os envergonharia.

Não deu em nada. Então eu simplesmente desliguei a chave na minha cabeça, visto o que eu quero e me apresento do jeito que eu acho que é apresentável, porém, não quer dizer que eu vou aparecer de qualquer jeito, eu não sou tão doida assim.

Voltando ao presente, ajudo Marina em sua comunicação com alguns dos funcionários, aqui de casa, uns têm o sotaque mais forte e outros mais fraco, mas em especial os que falam um pouco mais rápido. A minha governanta, com certeza, ficou bem agradecida.

- Está mais calma agora? - questiono Marina assim que ela respira fundo.

- Estou mais aliviada sim, sua coisinha. - sorrimos uma para a outra - Agora vá se aprontar antes que sua mãe desça e te veja ainda de uniforme.

- Você não precisa mais de ajuda? - ignoro o seu aviso sobre minha mãe.

- Não, Lana, vá se arrumar, por favor.

- Tá bom.

Mesmo contrariada, dou um beijo no rosto de Marina e subo para o meu quarto, não precisei trazer a minha bolsa já que uma das funcionárias da casa já trouxe. Entrando no meu closet, penso em qual roupa eu posso colocar para essa ocasião.

Minha mãe diria, se eu pedisse sua opinião: “seja fina, você é de uma posição alta nessa sociedade, precisa agir como tal”, a sua frase usual de sempre. Às vezes eu me perguntava o que o meu pai viu na minha mãe quando quis se juntar com ela, que talvez ela já tenha sido uma pessoa boa, uma pessoa amorosa, mas quando você atinge uma certa maturidade, você entende o que aconteceu.

Negócios.

O amor pode ter ficado pra trás, eles podem até ter se gostado ou ainda se gostam, bem lá no fundo. O amor deve ter se perdido.

Por fim, para o meu visual dessa noite, pego uma blusa vinho, de algodão, de manga longa e gola alta, uma saia preta quadriculada com as linhas em tom branco e meu scarpin preto de tamanho médio.

Assim que termino o meu banho, já visto a roupa preparada e faço uma maquiagem leve no rosto. Prendo uma parte de meus cabelos deixando a outra parte solta e coloco um par de brincos bem singelos e discretos. Finalmente estou pronta. Checo a hora em meu celular vendo que são 7:34PM, e há mensagem de um número desconhecido.

NÚMERO DESCONHECIDO:
Oii, é a Rachel, é só pra confirmar mesmo e ver se você não me passou pra trás e me deu um número errado.

LANA:
Oi, Rachel, não foi dessa vez que eu te passei para trás, quem sabe na próxima? ^⁠_⁠^

Isso é ser amigável, certo?

Bloqueando meu celular, saio do quarto já me encontrando com o meu pai vestido com um dos seus ternos azul-escuro e todo bem arrumado.

- Já está pronta, minha filha? - me questiona olhando o meu visual.

- Sim, pai, eu já ia descer. Eles já chegaram? - me aproximo dele.

- Ainda não, mas já já eles chegam, sua mãe já está lá em baixo.

- Surtando, provavelmente. - resmungo.

- Por favor, Lana, sem brigas hoje, esse jantar é importante. - papai pede cauteloso.

- O senhor sabe que eu fico caladinha em todos os jantares, só falo quando falam comigo. - me defendo olhando nos olhos de meu pai.

Ele sabe que é verdade. Eu nunca falo nada nos jantares de negócios dos meus pais, somente quando os convidados falam comigo. Já tive experiências ruins nesses tipos de eventos, do tipo quando eu tinha 12 anos e me serviram aquelas comidas frescas que eu nem lembro o nome do prato. Eu tentei provar, mas eu acabei cuspindo na frente de todos os que estavam ali presentes sem nenhuma etiqueta o que resultou em um sermão dos grandes da minha mãe, e o castigo sendo aulas de etiqueta com a velha mais sem noção de todos os tempos.

Eu sou de classe alta, sim, contudo, no que se refere ao meu paladar, prefiro comidas que não sejam frutos do mar, de preferência.

- Ainda estão aí? - a voz de minha mãe é ouvida me fazendo olhar para frente e vê-la andando em nossa direção - Pare de impedir o seu pai, Lana, os convidados já chegaram. Precisamos fechar esse contrato, vale muito dinheiro para nós.

- Fique calma, Cecília, eu vim chamar Lana para descermos, estávamos conversando. - meu pai saí em minha defesa antes que eu abrisse a minha boca e começasse a brigar com minha mãe. - Vamos descer de uma vez, e eu não quero discussões esta noite, por favor.

Meu pai desce com a minha mãe a seu lado enquanto estou atrás deles. Eu só peço para que esse jantar acabe o mais rápido possível.

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Oi, meus amores, como vocês estão?
Quem vai pro show do Niall em Setembro?

O que vocês acham que vai acontecer nesse jantar? Fiquem ligados.

The Poor (Rich) Girl | H.SOnde histórias criam vida. Descubra agora