04

124 23 22
                                    

Olá, queridos leitores.
Espero que gostem e aproveitem o capítulo, votem e comentem, por favor.
Boa leitura a todos.

>.<

Sabe quando você acorda, mas não quer abrir os olhos? Estou assim nesse momento. Nem sei que horas são por conta do fuso horário, só sei que está um pouco frio o que me deixa com mais vontade de ficar na cama e dormir, aliás vou perguntar para o meu pai se nessa casa tem aquecedor.

Finalmente abro os olhos e me viro para o lado da porta e ainda observando o meu lindo quarto e me perguntando se devo levantar ou não, porém prefiro me levantar, logo pego o meu celular na mesa de cabeceira, desbloqueando-o e vejo que são 1h00 PM.

Saio da cama indo para o meu banheiro parando na frente do espelho, como sempre, a minha cara está um horror, por isso acabo decidindo tomar um banho quentinho e, assim que a água toca o meu corpo, me sinto mais relaxada e mais leve. Terminando o banho, me seco e volto para o quarto, abro as malas e pego a roupa do dia - blusa preta simples, calça jeans de lavagem clara e tênis branco -. Também pego uma escova de dentes e volto ao banheiro para escová-los.

Ainda estou me adaptando onde estão as coisas do banheiro, do tipo sabonete líquido, papel higiênico. Isso me lembra de que preciso arrumar minhas roupas no closet e todas as minhas coisas.

Quando estou pronta, saio do meu quarto e desço para tentar achar a cozinha, contudo, assim que termino de descer a escadaria, encontro com Marina.

- Boa tarde, bela adormecida. - ela é tão engraçada, né?

- Bom dia, Marina. Como dormiu essa noite?

- Dormi muito bem, mas não sabia que tinha dormido tanto, os seus pais vão me matar, garota. - Marina parece bem apreensiva - Eu ia te chamar, mas ainda bem que você desceu.

- É, eu ia procurar a cozinha pra comer alguma coisa e também quero conhecer os empregados.

- É por isso que eu ia te chamar, será que tem outra governanta aqui nessa casa? Eu não sei falar inglês e você me trouxe pra cá. 

- Marina, calma, você tá muito tensa. Já falei que vou te ensinar a falar inglês, você vai se adaptar, mas fica calma. Respira fundo.

Marina inspira e expira três vezes, mas parece que nem desse jeito essa mulher se acalma, credo. Eu entendo a tensão, está em um país novo, numa casa nova, com empregados novos e não consegue se comunicar com eles. 

- Você já viu outro cômodo dessa casa? - pergunto.

- Sim, até encontrei com uma pessoa ou outra, acho que eles falaram comigo, mas não sei o quê falaram.

- Tá bom, vai me mostrando, se encontrarmos alguém eu já te apresento como governanta.

Marina vai me mostrando a sala, os banheiros, o jardim, a área das piscinas - aberta e fechada -, enfim, quase todos os cômodos. Em todos os lugares, eu me apresentava aos funcionários e apresentava Marina como a governanta da casa e também pedia para que tivessem paciência com ela, já que a mesma não sabia nada de inglês e que estava em aprendizagem.

Marina seguiu para a cozinha onde encontrava-se uma mulher, que parecia ter 50 anos, cozinhando alguma coisa.

- Com licença. - digo em inglês. A mulher se assusta um pouco por estar de costas para mim e para a entrada da cozinha .- Acredito que você deve ser a maravilhosa cozinheira.

- Ah, sim. - vejo um pequeno rubor em suas bochechas. - E quem são vocês?

- Eu sou a Lana, filha do senhor Brassard, e essa é a Marina, a nova governanta. E qual o seu nome?

- Me chamo Olivia, senhorita, é um prazer conhecer as duas. Todos nós ouvimos que os patrões chegaram nessa madrugada com a filha, mas ela não tinha dado as caras. - ela dá de ombros e apertando a minha mão e da Marina em cumprimento.

- Eu estava muito cansada, na verdade estávamos, então passamos um pouco do horário. Precisamos nos adaptar ao fuso horário.

- É difícil no começo, mas depois vocês vão pegando jeito. Posso fazer alguma coisa por vocês?

- Acredito que não, mas o que está cozinhando? Tem um cheiro delicioso.

Realmente, tem um cheiro fora do comum, é tão bom.

- É um prato típico da Inglaterra, quis fazer para agradar aos patrões. - o leve rubor em suas bochechas aparece mais uma vez.

- Pode ter certeza que vai agradar.

- Obrigada, senhorita Lana. Se puder me permitir a pergunta...

- Claro.

- Por que ela é muda? - pergunta se referindo a Marina o que me faz soltar uma risada.

- Ela não é muda, é que ela não sabe falar inglês, eu vou ensiná-la, então eu peço que tenha paciência com ela, e se puder ajudá-la quando eu não estiver aqui eu ficaria muito agradecida.

- Sim, sim, vou ajudar no que eu puder, senhorita Lana.

- Muito obrigada, e você viu os meus pais hoje? - pergunto muito interessada.

Apesar de que não é nada fora do comum eles não estarem em casa um minuto do dia.

- Vi sim, eles tomaram o café da manhã e saíram. Não me disseram aonde foram, também não tem porque eles me dizerem, eles são os patrões.

Murmuro em concordância com Olivia.

- Obrigada, Olivia.

- O que vocês estão dizendo? Não consigo entender nada, garota. - Marina reclama fazendo com que eu dê risada.

- Calma, Marina. O nome dela é Olivia, vai ser nossa cozinheira. Perguntei pra ela sobre os meus pais e ela disse que os viu de manhã.

- Ah tá. - murmura. - Você tem que ir me falando, não sei como vou administrar essa casa sem saber como falar com o pessoal.

- Marina, eu estou ficando nervosa, eu já disse que vou te ensinar, tenha calma, não se desespere.  - peço em um tom um pouco mais alterado - Você sempre me diz que não adianta ficar nervosa porque as coisas vão dar certo, então confia em mim

- Eu confio, meu amor. Eu já sou velha, Lana. - dá de ombros.

Não posso culpá-la. Mas ela precisa ficar calma, se ficar ansiosa e tensa, não vai conseguir fazer o seu papel de governanta e também de minha melhor amiga da vida.

- Você é a velha mais importante da minha vida. - abraço pela cintura enquanto Marina me abraça pelos ombros passando a mão pelos meus cabelos, dando um beijo em seguida.

The Poor (Rich) Girl | H.SOnde histórias criam vida. Descubra agora