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Olá, queridos leitores.
Espero que gostem e aproveitem o capítulo, votem e comentem, por favor.
Boa leitura a todos.

>.<

O barulho e vibração do meu celular me fizeram sair do inconsciente e voltar para a realidade. São 6h00 AM e eu ainda sinto meu rosto um pouco molhado depois de chorar um pouco antes de dormir, porém, logo deixo isso de lado e me levanto da cama.

Vou ao banheiro, tomo um banho morno e escovo os dentes, arrumo o meu cabelo simplesmente penteando-o, coloco a minha roupa íntima e volto para o meu quarto percebendo o uniforme no sofá. O uniforme consiste numa blusa social branca, um blazer preto com detalhes brancos, como a abertura dos bolsos e o contorno do blazer, uma saia preta e uma gravata também preta.

Saia? Não podia ser uma calça?

Visto o uniforme deixando a gravata um pouco mais solta e colocando uma meia calça preta e calço o coturno preto dando uma última olhada no espelho do banheiro. 

Eu me sinto uma palhaça.

Suspiro e saio do quarto, desço as escadas e ando em direção a cozinha procurando por Marina, desde pequena não vou a escola sem falar com ela primeiro. Por fim, a encontro junto de Olivia tomando um café que exala um cheio maravilhoso.

- Bom dia. - anuncio.

- Bom dia, Lana.  - as duas me cumprimentam.

- Ah, é mesmo, é seu primeiro dia no colégio. - Marina lembra animada - Esse uniforme é tão bonito, ficou mais ainda com você vestindo. - ela sorri animada.

- Eu já não acho a mesma coisa. - resmungo - Você sabe o que eu vou levar? Meu pai não me disse nada. - dou de ombros.

- Não, minha querida. - reviro os olhos - Mas venha tomar o seu café, hoje é um dia importante.

Marina me leva para a sala de jantar, que na verdade é a sala de todas as refeições, junto de Olivia que vem trazendo uma bandeja com café, leite, pãezinhos e torradas.

- Marina, não é tão importante assim, é só o primeiro dia no colégio, não estou tão animada. - dou de ombros sentando a mesa e começando a degustar o café da manhã que, por sinal, está ótimo.

- Menina, é uma chance de você conhecer pessoas, fazer amizades... - ela frisa no “fazer amizades” - Vai ser legal e eu tenho um pressentimento.

- Ah não, Marina, sempre que você tem um pressentimento acontece coisa ruim. - nego com a cabeça.

- Não, mas dessa vez eu sinto que vem coisa boa.

- E você, Olivia? O que acha? - pergunto para inturmá-la na conversa.

- Acho que o primeiro dia de aula pode te dizer muita coisa. - ela está tentando ser neutra? - Mas eu digo para que a senhorita aproveite. - ela dá um sorriso curto.

- Obrigada, Olivia. E não precisa ser tão formal comigo, tá tudo bem. Venham comer, vocês duas, eu não vou conseguir comer tudo isso. - chamo-as para que se sentem a mesa comigo.

- Às vezes eu me esqueço que você come igual a um passarinho. - Marina comenta sentando-se ao meu lado. - Vem, Olivia.

- Eu não posso, os patrões vão brigar comigo, não quero problemas. - ela abaixa a cabeça se afastando.

- Tecnicamente, eu também sou sua patroa, então pode sentar-se a mesa. - ela continua na mesma posição - Por favor.

Olivia se sentou ao lado de Marina e comeu um torrada ou duas e logo depois correu para a cozinha, eu pude notar as bochechas mais rosadas do que o normal. Terminando o meu café da manhã, volto para o meu banheiro, escovo os dentes novamente, arrumo mais um pouco do meu cabelo e desço. Marina já se encontra na porta principal.

- Tenha um bom dia no colégio, faça amigos e estude bastante. - rapidamente recebo um abraço de Marina o qual eu retribuo.

- Obrigada, vai ficar tudo bem.

Ela me solta do abraço e me dá um beijo na testa. Marina sempre fez isso e acho que vai continuar fazendo por muito tempo. Se não fosse por ela, eu nunca iria saber o que é um abraço, um beijo na testa ou na bochecha, o que é um carinho em si. Saio de casa me deparando com Joe na entrada com a porta dianteira do carro aberta.

- Bom dia, Joe. - o cumprimento.

- Bom dia, senhorita Lana. - devolve o cumprimento com um sorriso.

Entro no carro, Joe fecha a porta e abre a porta do motorista que é do lado direito e seguimos para o colégio. Durante o trajeto, o único barulho dentro do carro era do rádio em tom baixo e eu fui observando a paisagem londrina até chegar no meu tormento, Joe já ia sair para abrir a porta, mas eu o detive antes.

- Não, Joe, pode deixar, obrigada - toco em seu ombro - Até mais tarde.

- Até mais tarde, senhorita. Às 3h00 PM, não é? - ele pergunta me olhando através do retrovisor.

- Sim, isso mesmo. - sorrio - Até.

Saio do carro e encaro a grande fachada do colégio o qual tem cinco andares, o prédio é todo em cor preta, há alguns adolescentes sentados na grama do lado de fora e alguns já entram.

Pelo o que eu vejo, o uniforme é muito respeitado já que todos usam, uns com acessórios e outros totalmente comportados, tão comportados que estão com as blusas ensacadas nas calças, e as meninas usam botas, saltos, tênis, mas nenhuma usa calça. Por fim, reviro os olhos e ando para entrar no prédio.

The Poor (Rich) Girl | H.SOnde histórias criam vida. Descubra agora