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Olá, queridos leitores.
Espero que gostem e aproveitem o capítulo, votem e comentem, por favor.
Boa leitura a todos.

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Finalmente chegou o dia em que iremos para o acampamento. Quando conversei sobre isso com meus pais, como de costume, meu pai não disse nada no começo, já a minha mãe se negou desde o início, disse ela que era bobagem ir para o meio do mato, que o colégio não sabia o que estava fazendo e que tínhamos mais um dos maravilhosos jantares com sócios da empresa.

Claro que fui contra, eu disse que gostaria muito de ir ao acampamento e que já tinha ido a vários jantares de negócios, poderia faltar a um e também não faria muita diferença a minha presença.

Ela não aceitou muito bem, como de costume, e discutimos.

Acabou que o meu pai assinou a autorização, e mesmo se ele não o fizesse eu ia falsificar a assinatura como já fiz algumas vezes, entreguei o papel na secretaria e o meu nome foi incluído na lista. Assim como eu, Rachel e seus amigos também irão.

Durante a semana, pedi a ajuda de Marina para arrumar a mala. Colocamos algumas roupas quentes para a noite, alguns biquínis caso tenha alguma recreação a base de água, e algumas roupas mais soltas para o dia, além dos objetos de higiene pessoal, deixei somente a roupa que eu iria separada: legging preta, um moletom vermelho e meus All Star preto. Agradeci aos céus pela minha menstruação já ter passado, imagina menstruar no meio do mato? É o fim da picada.

Por outro lado, na sexta-feira, depois que cheguei do consultório da doutora Landon e jantei, os meus pensamentos ainda continuavam divagando sobre o momento que tive com Harry e naquela inquietação. Não tive coragem de perguntar à doutora, não tenho intimidade e nem era preciso, mas pensei que Marina pudesse me dizer o que estava acontecendo. Eu confiava nela mais do que tudo, tinha certeza que ela me ajudaria.

Por isso, quando a minha governanta/melhor amiga chegou ao meu quarto para me desejar boa noite, acabei tomando coragem.

- Marina, eu queria te perguntar uma coisa. - ela me olhou com atenção - É... Eu queria saber se você... Já sentiu um choque?

Aí que ódio, por que as minhas bochechas insistem em corar?

- Choque? - ergueu a sobrancelha - Elétrico? 

- Não, um choque que mais parece um arrepio... Só que é no meio das pernas - arregalou os olhos.

- O que é isso, menina? Que pergunta é essa, tá doida? - disparou com as mãos na cintura.

- Marina, por favor, não aja como se fosse uma pergunta de outro mundo. - franzi o cenho - E você é a única pessoa que eu confio pra poder perguntar isso, você me ensinou tudo o que eu sei.

Isso é verdade. Marina estava lá quando eu menstruei pela primeira vez, fiquei horrorizada com o tanto de sangue que podia sair de mim. Ela me ensinou sobre os absorventes, as compressas de água quente, os remédios. Ela também me ensinou sobre não deixar ninguém encostar um dedo em mim, quando eu estava formando corpo, Marina disse que ninguém podia me tocar, e se me tocasse, que eu contasse a alguém adulto, de preferência meus pais, ela ou os seguranças.

Por fim, Marina tirou os braços da cintura, fez o sinal da cruz, respirou fundo e se sentou na cama perto de mim e pegando em minhas mãos.

- Sou toda ouvidos.

- É uma sensação diferente, eu nunca senti isso. - neguei com a cabeça - É que... Quando eu estou com o Harry, quando ele me beija, eu sinto algo estranho entre as minhas pernas e por todo o meu corpo, é como se... Eu não sei, é como se uma quentura me consumisse por dentro.

The Poor (Rich) Girl | H.SOnde histórias criam vida. Descubra agora