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Olá, queridos leitores.
Espero que gostem e aproveitem o capítulo, votem e comentem, por favor.
Boa leitura a todos.

>.<

Durante o dia, Marina me ajudou a arrumar o meu quarto - guardar as roupas em seus devidos lugares, meu produtos de higiene íntima no banheiro - e também achei melhor começar a ensiná-la o outro idioma. Claro que não foi fácil, mas ela foi pegando jeito com "hello" e "hi", combinamos que todo o dia ela irá praticar uma palavra nova que eu informarei a ela, poderá ser palavras ou frases como "how are you?" ou "what are you doing?" ou "how can I help you?".

Ela vai pirar no começo, assim como eu pirei quando estava aprendendo, mas ela vai pegar o jeito, eu acredito muito em sua capacidade, tanto para aprender outro idioma quanto para qualquer outra coisa.

À noite, quando meus pais chegaram em casa, finalmente pudemos nos reunir para jantarmos e, quem sabe, conversarmos sobre o nosso dia. É claro que eu não devo criar expectativas em relação a eles, mas por um pequeno momento deixei-me pensar que, com essa mudança, eles iriam conversar um pouco mais comigo e fazer com que eu me abrisse mais com eles.

Que estupidez a minha.

Assim que cheguei na sala de jantar, não obtive a presença de ninguém a não ser a minha. Me xinguei de todos o palavrões possíveis e de todos que me vieram a mente durante o jantar. Não acredito que me deixei pensar em coisas boas em relação aos meus pais, não consigo acreditar que pude ser tão burra a esse ponto. E se não fosse por Marina insistindo intensamente, eu não teria comido uma grama, contudo, por um lado pensei em Olivia e em como ela poderia ficar chateada se eu não comesse de sua comida, quando falei com ela.

Ao terminar de jantar, subi para o meu quarto, escovei os dentes e comecei a ler um dos meus diversos livros até que Marina entrou no meu quarto avisando que minha mãe queria falar comigo. Por um momento, pensei em ignorar, mas não queria problemas por aqui tão cedo, por isso fui ao escritório no qual meu pai e minha mãe se encontravam. Totalmente vidrados em seus eletrônicos.

- Me chamou, mãe? - pergunto querendo sair dali o mais rápido possível. Meu pai nem se dignou a olhar pra mim.

- Você sabe que sim, Marina te disse. - minha mãe suspira frustrada - Era só pra dizer que já te matriculamos no colégio, já mandei passar o seu uniforme e você começa amanhã mesmo. Joe irá te levar e te buscar todos os dias, sem exceção. É do colégio pra casa e de casa pro colégio.

Uniforme? Sério?

Eu não vou bancar a adolescente que não queria ter mudado de colégio, que vai fazer um escândalo por ser a aluna nova, não sou desse tipo. Mas isso não quer dizer que eu vou aceitar qualquer coisa.

- Você está me ouvindo, Lana? Seu pai e eu exigimos perfeição, um dia você vai assumir a presidência da nossa empresa, então queremos que você seja exemplar, não quero nota baixa ou mau comportamento, estou sendo clara?

- Dá pra senhora relaxar um pouco? Quando eu te dei problemas no colégio? - pergunto cansada de tanto falatório.

- Não fale nesse tom comigo, garota. - ela se aproxima de mim tentando me intimidar.

- Então não me trate como uma idiota. - também me aproximo dela. - A senhora sabe muito bem que eu sempre zelei pelas minhas notas, nunca dei trabalho pra vocês, ao contrário, tentei e ainda tento ser a filha mais calada e responsável, mas parece que nada te agrada. - respondo furiosa.

- Você não faz mais do que a sua obrigação. Te damos tudo do bom e do melhor.

- Nossa, e eu não sou nem um pouco grata a isso, eu simplesmente piso no trabalho de vocês como se não fosse nada. - ironizo. - Devia me punir, mãe.

- Chega, vocês duas. - meu pai entra na discussão, tirando seus olhos de seu computador, fazendo minha mãe respirar fundo e se afastar de mim. - Lana, filha, sua mãe só quer o seu bem e eu também. Só queremos que se saia bem nesse novo colégio.

- Tudo bem, pai. - respiro fundo - Que horas começa a aula? E eu tenho que falar com alguém responsável?

- A aula começa às 7h30 AM e termina às 4h00 PM. E peça para falar com o diretor, ele vai te guiar ao longo do dia.

Ok. Posso lidar com isso.

- Já que estou aqui, queria perguntar se tem aquecedor nessa casa, já que a gente está em um país um pouco frio.

- É lógico que tem aquecedor. - minha mãe responde primeiro que o meu pai.

- Cecília! - ele a repreende - Sim, Lana, tem aquecedor, vou pedir para aumentarem um pouco.

- Tá bom, obrigada. Boa noite.

Saio do escritório fechando a porta e respirando fundo mais uma vez. Antes de seguir para o meu quarto, posso escutar minha mãe e meu pai conversando.

- Precisa pegar mais leve. - meu pai diz com um pouco de repreensão.

- Eu tento, Arthur, mas simplesmente não consigo ter muita paciência.

Ela nunca foi de ter paciência.

- E quando você foi paciente com ela, Cecília? - ele ironiza - Nunca conseguiu manter uma simples conversa com ela.

- Tudo bem, já sei que não sou uma boa mãe. Eu nem devia ter sido. - sussurra fazendo com que meu pai solte a respiração.

Não é a primeira vez que escuto minha mãe dizer isso. A vontade que eu tenho é de entrar novamente nesse escritório e perguntar o que a impediu de interromper a gravidez. Acredito que foi o meu pai, ele pode não ser o pai mais presente do mundo, mais amoroso do mundo, mas ainda me trata com o mínimo de respeito possível, e se digna a me dar um olhar um pouco carinhoso de vez em quando.

Ao contrário dela.

Também pode ter sido pela pressão dos meus avós em quererem que os negócios progredissem ao invés de parar nos meus pais.

Entro no meu quarto e me preparo para dormir, coloco o despertador para tocar, afinal já mudei todo o sistema do meu celular para o fuso horário de Londres, e espero não ter algum problema amanhã de manhã.

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Meus amores, recadinho rápido.
Nesse período de férias, vou postar de Quarta e Sábado, ok?
Beijos.

The Poor (Rich) Girl | H.SOnde histórias criam vida. Descubra agora