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Olá, queridos leitores.
Espero que gostem e aproveitem o capítulo, votem e comentem, por favor.
Boa leitura a todos.

>.<
[LANA]

- Querida, como foi o primeiro dia de aula? - pergunta Marina assim que eu saio do carro.

Quando cheguei do shopping com Joe, ao entrar pelos portões, pude ver a silhueta da governanta na porta da mansão. Até pensei que tivesse acontecido alguma coisa, mas era só ansiedade e curiosidade sobre o meu primeiro dia de aula.

Ao sair do carro, Joe abriu o porta-malas e já iria retirar as minhas compras, mas eu fui mais ágil e peguei as sacolas, nem era tanta coisa, acabei comprando uma bolsa, cadernos e outros materiais escolares.

- Até que foi bom, bem tranquilo. E muito obrigada, Joe, por ter me levado ao shopping de última hora.

- Por nada, senhorita. Vai precisar de mais algum serviço meu?

- Não, pode guardar o carro e descansar um pouco, daqui a pouco é hora do jantar.

- Tudo bem, com licença, senhorita.

Joe entra no carro e segue para onde deve ser a garagem enquanto Marina e eu entramos em casa seguindo para o meu quarto.

- Só isso que você tem pra me dizer, “foi bom, foi bem tranquilo”?

Marina e sua ansiedade sem fim.

- Sim, ah... - entro em meu quarto jogando as sacolas na minha cama e tirando o blazer jogando o mesmo também na minha cama - Uma menina grudou em mim e me apresentou pro grupinho dela.

- E aí, fez novos amigos? Eles são legais? Tem um que te chamou mais atenção?

- Calma, Marina. - peço rindo de suas perguntas - Você está muito ansiosa.

- Garota, eu passei o dia todo esperando esse momento, então me conta logo. - ela, de imediato, pega o blazer jogado na cama e o dobra - E por que você faz isso com o seu blazer? Vai ficar todo amarrotado, já te pedi para não ir jogando suas roupas por aí.

- Relaxa, Marina. - me jogo na cama ao lado das sacolas. - Mas o que eu tenho para falar é isso, foi um dia normal, conheci pessoas, pessoas me conheceram e só. Os alunos não me conheceram por “Lana Brassard, a herdeira de um império”, me conheceram como se eu fosse alguém não tão importante, vou dizer assim.

- E isso é bom, meu amor? - questiona Marina sentando-se a minha frente.

- Sim, mas você sabe que eu fico com um pé atrás com todo mundo que se aproxima de mim, não tenho como evitar isso. - dou de ombros.

- Eu sei, meu amor, eu só quero que você seja feliz, que você interaja mais com pessoas da sua idade e não que se isole mais. - ela passa sua mão pelo meu rosto em forma de carinho.

- Eu sei, e eu te adoro por isso. - sorrimos uma para a outra. - E referente aos meninos...

- Chegou na parte boa, quem é ele? - dou risada da sua pergunta.

- Calma, eu não disse que me apaixonei, mas eu não sou cega. - damos risadas - Eu vi garotos muito bonitos e um deles, que eu achei o mais bonito, esbarrou em mim quando eu saí do banheiro.

- Como ele é? Me fala logo.

- Alto, olhos verdes como esmeralda, cabelos castanhos um pouco cacheados. - descrevo-o como me lembro.

- Já por você descrevendo, consigo imaginar o partido.

- E ele me olhou de um jeito estranho, não sei, parecia hipnotizado.

- Ele gostou de você, garota. - Marina parece uma menina da minha idade. Está tão animada.

É isso que eu sempre agradeci e, por isso, bati o pé para que ela viesse morar aqui em Londres. Além de governanta, Marina é minha melhor amiga. Quando eu precisei, preciso e vou precisar de alguém que me ampare, chore comigo, sorria comigo, tire sarro de alguém comigo, viva uma experiência comigo é ela que me vem a mente e no meu coração um pouco ferido.

Diferente da minha mãe, Marina sempre esteve ao meu lado quando eu ia atrás dela, foi com ela com quem eu dividi tristezas e alegrias, e espero continuar dividindo, assim como ela faz comigo.

- Claro que não, Marina, ele deve ser louco, isso sim. - dou de ombros.

- É, ele ficou louco por você. Uma mulher dessas: linda, poderosa, cheirosa, gostosa...

- Para, Marina. - dou risada sentindo minhas bochechas esquentarem - Eu não sou tudo isso.

- Você é sim, não me irrita não.

- Mudando de assunto, como foi o seu dia? Conseguiu se comunicar um pouco? - me levanto e começo a desfazer o nó da gravata.

- É muito difícil, Lana. - ela respira fundo - A Olívia ficou falando um monte de coisa, o Joe, o George, e mais uma porrada de gente. Então, eu tive que pegar o celular que você me deu e coloquei no tradutor. - ela coloca sua mão em seu rosto - Aí que vergonha, Lana, que tipo de governanta eu sou? Sua mãe vai me mandar de volta pro Brasil, isso sim.

- Ela que se atreva a te mandar de volta. - respondo mais dura - Eu faço um escarcéu, e você sabe que eu tenho bastante coragem para isso.

- Eu sei, querida, mesmo eu não gostando que você brigue com a sua mãe por minha causa.

- Não importa. Por falar nela, o que a minha querida mãe fez o dia todo? - pergunto sentando mais uma vez na cama.

- Ela foi para a empresa com o seu pai, eles foram conhecer os funcionários e ficaram por lá o dia todo. Acredito que eles vão voltar para o jantar.

- Ou talvez não, como de costume, enfim, não me importa mais. E quanto ao inglês, eu já disse que vou te ajudar, eu vou só tomar um banho e já desço para começarmos as aulinhas.

- Tudo bem. - Marina se levanta da minha cama - O que tem nas sacolas?

- Materiais.

- Por falar nisso, seus livros chegaram, estão dentro do armário no lado direito. Como você tem o closet, eu coloquei nesse armário seus materiais e acessórios, coisas assim.

- Obrigada, Marina.

- De nada. - sinto seus lábios em minha testa - Agora tome um banho, se arrume e desça para jantar e me ajudar com essa porcaria de inglês.

- Tá bom.

Marina sai do quarto e eu logo vou tirando o resto da roupa que está em meu corpo ficando somente de calcinha e sutiã. Entro no closet vendo tudo organizado, graças a Marina, e pego um dos meus pijamas azuis e um novo conjunto de roupa íntima.

Rapidamente, entro no banheiro e começo o meu banho quente e relaxante, porém, o que veio em minha mente foram duas esmeraldas de um certo alguém.

De alguém louco e super desatento.
Eu ainda me pergunto: por que eu senti o meu corpo se revirar todo por dentro quando o encontrei na primeira e na segunda vez? Eu não entendo.

The Poor (Rich) Girl | H.SOnde histórias criam vida. Descubra agora