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Olá, queridos leitores.
Espero que gostem e aproveitem o capítulo, votem e comentem, por favor.
Me desculpem pelo atraso.
Boa leitura a todos.

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As aulas foram se arrastando, mais uma vez tive dificuldades com a matemática. De forma alguma aquelas contas macabras estavam entrando na minha cabeça, mesmo que eu tentasse de todo o jeito entender e até mesmo fazer e refazer os exercícios.

Como eu disse, esse tipo de situação aconteceu comigo algumas vezes, e eu me sentia uma estúpida por não conseguir fazer os exercícios, por não entender a matéria e por ver que a sala inteira estava entendendo, menos eu.

Isso só fazia com que eu me esforçasse muito mais: vendo vídeos, pegando exercícios da internet, enfim, qualquer jeito pra que eu não ficasse para trás. Eu só não queria que a sala inteira soubesse que eu tinha entendido nada.

E parecia que esse receio estava voltando a tona. Não queria que todos soubessem que eu estava tendo dificuldades, só contei para a Rachel e já estava de ótimo tamanho, e também eu não queria que nada chegasse aos meus pais.

As informações correm de seguinte modo: os alunos sabem - o professor sabe - o diretor sabe - meus pais sabem. O que eu menos preciso são os dois me importunando sobre as minhas notas.

Mesmo relutante aceitei a ajuda de Harry como meu professor e espero que tudo dê certo e que isso não seja um peso na sua rotina. Ele é tão esforçado e dedicado, quer sempre me ajudar e deixar as coisas mais fáceis para mim.

Às vezes penso que toda essa relação que estou começando a ter com Harry faz parte dos meus sonhos e que a qualquer momento vou acordar e não vou ter ele por perto com suas brincadeiras, seus sorrisos que me encantam, seus beijos que me deixam louca.

- Por que a minha passarinha não foi comer hoje? - escuto a voz rouca se aproximando da onde eu estava.

Como eu estava nervosa e um pouco neurótica, ao invés de ir para o refeitório, fui para o jardim onde costumava ficar para fugir de Rachel e seus amigos, mas dessa vez levei o livro de matemática, lápis e borracha.

- Estou tentando entender essa porra. - ele arregala os olhos surpreso.

- O que é isso, passarinha? - beija a minha bochecha - Que boca suja. Linda, mas suja.

- Eu sou mais boca suja do que você pensa.

- Eu posso ser um detergente. - gargalho com a sua piadinha.

- Você é péssimo com piadas.

- Mas é verdade, faz um teste. - diz juntando os lábios em um biquinho, o qual eu beijo - E aí?

- Vou precisar usar mais vezes. - beijo-o novamente, um pouco mais intensamente.

- Eu estou ao seu dispor.

- Você é um bobo que eu adoro. - nossas bocas juntas mais uma vez - Você já almoçou?

- Sim, e eu vim arrastar você. - ergo as sobrancelhas em um pouco de surpresa - Não gosto quando você não se alimenta, não quero soar como se fosse o seu dono, mas isso pode te fazer mal e eu não quero você doente.

- Você não soa como se fosse meu dono, é muito gentil da sua parte. - acaricio sua bochecha - Obrigada por se preocupar comigo e obrigada também pelo encontro de ontem.

- Não precisa me agradecer. - ele beija a minha têmpora - Vamos almoçar, então? Você sabe que eu sou bem persistente.

Eu sei muito bem. Nossa história até aqui pode comprovar isso.

The Poor (Rich) Girl | H.SOnde histórias criam vida. Descubra agora