Olá, queridos leitores.
Espero que gostem e aproveitem o capítulo, votem e comentem, por favor.
Boa leitura a todos.>.<
[LANA]Após a pequena apresentação à Anne, entro no elevador e subo até o andar da presidência onde meus pais estão me esperando.
O que será agora, um jantar de negócios, sessão de fotos, entrevistas?
As portas do elevador finalmente se abrem fazendo com que eu saia. No momento, fico em dúvida sobre qual das duas portas eu tenho que entrar, por isso me dirijo ao balcão onde duas recepcionistas estão.
- Com licença - sorrio em educação - Eu sou...
- Menina, não pode subir nesse andar, é somente para pessoas autorizadas. - a morena diz com um ar de superior, mesmo que seus olhos não estejam em mim ou em algo relacionado a empresa, e sim no celular.
- Como eu ia dizendo, antes da senhorita me interromper, eu sou Lana Brassard, quero saber qual é a sala do meu pai.
A morena dá uma risada sarcástica.
- E eu sou a filha do presidente. - diz arrogante.
- Se você se dignasse a olhar na minha cara, veria uma certa semelhança ou eu até te mostro a minha identidade.
Como os olhos dela continuam no celular, e a outra recepcionistas parece não ser capaz de dizer algo para abaixar o ego de sua colega, simplesmente pego o eletrônico de sua mão fazendo com que ela me olhe, finalmente.
- Espero que os clientes não estejam sendo tratados de forma tão arrogante e estúpida. - mostro o celular a ela - Isso vai ficar comigo por enquanto.
Os olhos verdes da morena se arregalam ao perceber que acabou de ser arrogante com a filha dos donos. Com certeza, ela deve se achar muito por ser uma das recepcionistas da presidência.
- Me desculpe, senhorita Brassard... - eu a interrompo.
- Não me interessa, só me informem a sala do meu pai.
Uau! Nunca pensei ser tão grossa com um funcionário. Mas tem gente que pede por isso.
- É a segunda porta a sua direita, senhorita Brassard. - outra recepcionista, Jane, como vi em seu crachá, pôde me informar com bastante gentileza.
- Obrigada, Jane.
Guardo o celular da funcionária no blazer e me dirijo a sala do meu pai batendo na porta antes de entrar, lógico, e tendo sua confirmação entro no ambiente. Acabo me deparando com aquela típica sala de escritório com vista para toda a cidade, cadeira de couro atrás de uma mesa de vidro onde contém o computador e mais papéis, acredito que sejam relatórios, na frente da mesa há duas cadeiras para as visitas. A minha direita, há um sofá de couro preto e uma porta fechada, pode ser o banheiro particular do meu pai.
- Olá, Lana. - ele me saúda - Sente-se.
Me sento em uma das cadeiras da frente deixando a minha mochila em meu colo.
- O que aconteceu, pai?
- Primeiro: quero te dizer que estou satisfeito com o seu desempenho escolar, o diretor vêm me mandando relatórios sobre tudo, pedi que ele fizesse isso.
- Sabe que não precisaria, não é? Pode simplesmente falar comigo e perguntar como estou me saindo. - dou de ombros franzindo os lábios.
- Prefiro que ele me mande os relatórios que pedi. - diz encostando as costas na cadeira - E também não tivemos nenhum paparazzi atrás de você, isso é bom.
Meu pai nunca foi de dizer muitas coisas, mas a mais importante que ele sempre me disse foi: “não dê o que falar aos paparazzis, eles não vão te deixar em paz nem por um instante, o quanto você puder ficar 'invisível' fique.”
E foi o que eu fiz e ainda faço.
Às vezes, no Brasil e quando viajávamos, algumas notícias sobre mim (bem fúteis) eram publicadas, sendo elas: “Patricinha Brassard curte as férias em Maldivas” ou “Quem não gostaria de fazer compras com Lana Brassard? Parece que ela está precisando de companhia.”
Essas notícias o meu pai não poderia impedir, agora notícias sobre namoricos ou escândalos eu mesma poderia impedir, já que a minha vida de “patricinha milionária” é mais parada do que a de tantas outras pelo mundo.
Meus pais precisaram intervir uma única vez na minha vida social na frente das câmeras já que eu estava tendo crises de ansiedade para falar alguma coisa e também estava envergonhada até o meu último fio de cabelo.
E depois disso nunca mais.
- Desde que chegamos em Londres, as notícias sobre a nossa família estão bem escassas, pelo menos as nossas vidas particulares, e eu quero que continue assim. Contudo, a vida profissional precisa se fazer presente, por isso eu vou dar um jantar para alguns sócios na sexta-feira à noite, então quero que esteja apresentável. Sua mãe já foi para casa, ela vai falar com Marina e os outros empregados.
- Ela preferiu que o senhor me falasse tudo isso, não é? - pergunto já sabendo a resposta.
- Sim.
- Ok. Sexta à noite, jantar com sócios. - balanço a cabeça em concordância, mas ainda tentando assimilar as informações.
- Já que está aqui, quero te dizer também que há um espaço na academia só para você treinar boxe, não quero que deixe de fazer suas atividades só porque não estamos mais no Brasil.
Acredito que esse seja o jeito do meu pai de “cuidar” de mim, me dizendo que vou ter um espaço para treinar novamente.
- Obrigada, pai. - respiro fundo - Posso ir embora agora?
- Na verdade, eu já estou saindo também, vamos juntos.
Papai fechou o seu escritório, se despediu das secretárias que também já estavam se arrumando para ir embora, enquanto ele caminhava a minha frente, tirei o celular do blazer e coloquei no balcão fazendo as duas recepcionistas me olharem.
- Acho bom mudar o seu comportamento com qualquer pessoa que entre aqui. - olho para a morena - E, Jane, se estiver vendo coisas erradas da sua colega a repreenda, se for preciso.
Me junto ao meu pai e entramos no elevador. Saindo do compartimento e passando pela recepção, noto que Anne já não se encontra mais em seu posto e o computador está desligado, ela foi embora.
Por fim, entro no carro e meu pai entra em seguida. Joe já tinha ido embora, por isso, no banco do motorista, encontra-se George. O caminho até em casa, por mim, foi feito rapidamente, já que a minha mente divagou em tantos pensamentos, mais especificamente naquele idiota de cabelos cacheados.
Uma parte minha quer ceder, quer deixá-lo entrar, quer conhecê-lo e até se diverte com aquele jeito cínico e bobo dele, mas a outra parte se mantém presa às memórias e às inseguranças que tenho e que são de recordação do passado e que fazem questão de aparecer a todo o momento.
Uma lutando contra a outra.
No momento eu só quero xingar a parte de mim que está propensa em abrir as portas do coração mais uma vez. Será que essa parte ainda não aprendeu com tudo o que aconteceu?
“Pensei que gostasse de mim.”
“Você é idiota? Você é tão insignificante que nem o seu dinheiro pode te fazer interessante, quem poderia gostar de você?”-------------------------
Boa quarta e bom resto de semana pra vocês, meus amores.
O que vocês acham que aconteceu no passado da Lana? Me contem aqui.
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The Poor (Rich) Girl | H.S
FanfictionLana é uma garota bastante privilegiada, seus pais são donos de uma das empresas mais lucrativas e famosas da América Latina e agora da Europa. E como a empresa da família está fazendo um sucesso na Europa, Lana terá que se mudar para Londres e, com...