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Olá, queridos leitores.
Espero que gostem e aproveitem o capítulo, votem e comentem, por favor.
Boa leitura a todos.

>.<

Acabou que meu fim de dia foi passado ensinando Marina a falar inglês junto de Olívia, tive um ótimo jantar e uma boa noite de sono. Meus pais, como de costume, não apareceram para jantar, ou eles devem ter jantado em algum outro lugar que não me diz respeito e nem me interessa.

Sempre foi assim. Eles nunca foram tão presentes, lógicamente, sendo nas refeições, apresentações do colégio, e eu já tentei muito arranjar alguma justificativa para os dois, mas chegou um tempo que eu parei e decidi abrir os olhos para a realidade: eles não quiseram ser presentes na minha vida. 

E então veio a grande questão: por que me tiveram se iam ser esses tipos de pais? Acredito que eu fui um acidente ou foi totalmente planejado eu ser sozinha, talvez uma lição para me preparar para a vida dos negócios, isso se os meus pais quiserem que eu continue com o legado deles.

Pensar tanto nessas desavenças da minha vida só me dá uma terrível dor de cabeça e eu prefiro não perder os meus neurônios com isso, por isso, desde cedo, eu coloquei na minha cabeça de que Marina é a única pessoa que eu preciso e de mais ninguém.

Saindo dos meus pensamentos, percebi que cheguei ao colégio, me despedi de Joe e sai do carro. Entrando no prédio, me direcionei rapidamente para o meu armário com o intuito de guardar os livros que eu carrego em meus braços e a bolsa nas minhas costas. Abro-o e começo a organizar do jeito que eu quero, também trouxe uma foto polaroid minha e de Marina como decoração.

Terminando de organizar o armário e verificando quais as aulas de hoje, pego o que preciso junto de caneta, lápis e borracha e fecho o armário e, de brinde, tomo um susto com o ser humano ao meu lado por não ter percebido a sua presença.

- Que susto, você é louco? - tento acalmar a minha respiração.

Ele, por sua vez, ostenta seu sorriso de canto de boca e um brilho nos olhos.

- Você estava tão concentrada que achei melhor não incomodar. - dá de ombros.

- E por isso preferiu me assustar? Muito inteligente da sua parte. - reviro os olhos.

Ele é bem alto mesmo.
“mas é um alto bonitão.” Isso eu não posso negar.

- Me desculpe por assustá-la, não era a minha intenção, por isso vamos voltar tudo do começo. - ele move seus indicadores e faz um barulho como se estivéssemos em uma cena e ela estivesse sendo reiniciada. Isso faz com que eu revire os olhos, mesmo que eu tenha um sorriso fraco no rosto - Bom dia, Lana, como está?

- Bom dia, Harry. Estou ótima, obrigada. Agora, se me der licença, eu vou para a minha sala.

Saio de sua frente e começo a caminhar para a sala, eu não sei onde fica, mas ele não precisa saber disso.

- Espera um pouco, você sabe onde fica a sala? Quando eu entrei no colégio, eu tive dificuldade para conseguir andar pelos corredores sem me perder. - ele continua falando enquanto caminha ao meu lado.

- É claro que eu sei onde fica, não precisa se preocupar.

- Por que eu não sinto verdade nisso? - Harry se põe a minha frente.

- Não sei, deve ser porque você é um maluco. - sorrio irônica.

- Eu sou muitas coisas, mas maluco não é uma delas. 

Por que o sorriso dele é tão irritantemente bonito? Me dá uma vontade de socar a cara dele por ter um sorriso tão vibrante e me dá vontade de sorrir também.

- Harry, me diz logo o que você quer e me deixa ir para a minha sala, por favor. 

- Você é daquelas que gosta de ir direto ao ponto, não é? - perguntou inclinando a cabeça.

- Sim, e você é daqueles que nunca chega ao ponto? - retruco inclinando a cabeça.

Ao invés de me responder, Harry solta uma gargalhada tão vibrante quanto o seu sorriso é contagiante.

Ele está me zoando? E por que eu 'tô querendo rir junto com ele?

- Bom dia, Lana. Bom dia, Harry. - nos saúda Liam. - Como estão?

- Bom dia, Liam. Já que você está aqui, faça companhia para o seu amigo, eu já vou indo.

Aproveito a presença de Liam e saio da pequena roda que estava se formando. O que Harry queria, afinal? Ficou dando voltas e não foi direto ao assunto.

Talvez uma oportunidade de estágio na empresa? Um emprego para ele ou para os pais? Uma entrevista com o meu pai? Deve ser por isso que eu percebia um brilho no olhar dele.

Com toda a certeza, ele devia estar olhando para uma mina de ouro. Harry acha mesmo que me mostrando sorrisos, sendo gentil e me perseguindo vai conseguir algo de mim? Não vai mesmo.

Só espero que a minha ansiedade não me surpreenda hoje, por favor.

Tento me lembrar do caminho que o diretor Hanks fez comigo ontem até a minha sala, mas acabo ficando um pouco perdida e esbarrando com outra pessoa.

- Minha garota preferida. 

- Oi, Carlos. - mostro-lhe um sorriso mínimo - Desculpa por ter esbarrado em você.

- Fica tranquila. Está perdida, por algum acaso?

- Um pouco. Essa droga de colégio podia ter placas indicando as salas, são muitos corredores.

- É um pouquinho complicado, mas você vai pegando o jeito. - mostra um sorriso amigável.

- Eu espero, Carlos.

- Então, vamos até a sua sala? Qual a sua turma? 

Digo-lhe a minha turma a qual ele me respondeu prontamente que sabia a sala e até mesmo conhecia todos os alunos. De acordo com o Carlos, ele é uma bicha fofoqueira, por isso conhece tudo e a todos.

- Adivinha que dia é hoje, gata? - pergunta Carlos de forma animada enquanto caminhamos pelos corredores.

- Que eu saiba quarta-feira. - dou de ombros.

- E quarta-feira é dia de...?

- Usar rosa? 

- Também, minha pequena Regina George, mas o importante é que é dia de treino. 

- Você treina nos dias de quarta? - não estou entendendo onde ele quer chegar.

- Não, sua boba, o time de basquete treina hoje, lembra? E nós vamos ver o treino daqueles bonitões e gostosos. 

Ah! Eu acabei me esquecendo disso.

- Não sei se é uma boa, Carlos. - não me interessa muito ver garotos treinando.

- Você vai mudar de ideia hoje mesmo, eu te garanto.

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O que será que vai vir desse treino? Vamos ficar ligadas.

The Poor (Rich) Girl | H.SOnde histórias criam vida. Descubra agora