Edgar
A festa foi um grande sucesso!
Sei que logo terei que promover outras, a ideia de trazer os jornalistas foi maravilhosa, não poderia ter tido ideia melhor além da presença maciça de pessoas ligada ao mundo da moda e outros convidados como Fernanda e sua irmã, agora estou indo para o quarto da minha linda submissa, ao entrar a vejo sentada na cama olhando fixamente para sua janela com vista para o jardim, assim que percebe minha presença vem até mim sorrindo pulando em meus braços, beija minha boca com se estivesse com saudades.
— Você demorou, namorado? Por quê? Eu já estava quase desistindo de esperar.
— Essas festas são demoradas, cadelinha, fico feliz de saber que estava com saudades. Mais cedo parecia querer ver o diabo do que eu.
Ela começou a rir como se tivesse contado uma piada, estranhei novamente sua postura, Aparecida tem um temperamento que me assusta principalmente por não ser a primeira vez que reagi assim.
— O que vamos fazer, Cunha? Podemos sair para tomar sorvete e comer espetinho. Eu estou com cólica, vou menstruar logo, e você sabe que não vamos poder ficar juntos como aquele dia.
Levanto sua saia para ver que não está usando o plug, ela ri como uma criança pega em uma travessura quando bate em sua bunda com força, está bem diferente da Aparecida de mais cedo arredia e grosseira.
— Por que tirou? Mandei que ficasse para que se acostumasse.
— Estava doendo, eu só tirei para tomar banho, não seja mandão, Cunha. Quer colocar de novo? Eu não consegui, acho que não serviu para o objetivo que tinha.
Novamente fico preocupado, ela não parece apavorada ou assustada como na hora que coloquei, inclusive está pedindo para colocar de novo. Eu começo a desconfiar desse comportamento oscilante dela, procuro o plug o vendo em cima da cama, higienizado como se ela quisesse que eu colocasse, por isso já o deixou limpo. Introduze em seu buraco de atrás ouvindo a gemer, ela está gostando.
— Você gostou do plug, cadela?
— Gostar, gostar mesmo, eu não gostei. Mas, eu confio em você, Cunha, se quer ter sexo por trás é porque deve ser bom, não é? Eu amo quando toca em mim, mostra que sou sua.
Essa confiança cega que tanto amo traz uma sensação de que ela nunca vai me deixar, que sempre será minha para fazer o que quiser, no entanto, essas mudanças repentinas de comportamento não me deixam relaxar. Ela arruma a saia, peço que se sente em meu colo, não questionou ao contrário, sorri se sentando como se fosse algo comum para ela.
— Cadelinha, o que aconteceu ontem, precisamos conversar sobre.
— Por quê? Eu não quero falar do que houve ontem, quero passear com você de mãos dadas igual aquele dia, Cunha, você anda muito chato. Fiquei na cozinha o dia inteiro e tudo que quero é aproveitar meu descanso com meu namorado, mas você não quer, quer ficar falando do meu erro. Foi um erro bobo, só você esquecer, eu já esqueci.
Não poderia esquecer a tentativa de um suicídio pois o suicida tenta até conseguir, Aparecida pode tentar de novo e conseguir atingir seu objetivo.
— Não foi um erro bobo, e você sabe disso. Sua vida é preciosa para mim e deveria ser para você, prometa que não fará isso de novo.
— Eu prometo. Agora, podemos esquecer isso e passear, eu quero tanto tomar sorvete, doces, aliviam minha cólica.
Nesses momentos ela compartilha detalhes da sua vida que normalmente não faz. Na noite que ficamos juntos, a primeira vez contou que amava cozinhar e que queria muitos filhos pois se sentia sozinha mesmo tendo um irmão. O suicídio de sua mãe deixou marcas profundas em seu psicológico. Eu também perdi minha mãe muito cedo, portanto imagino que não seja fácil para ela que só teve a avó abusiva como referência feminina.
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Entre Sombras e Redenção (concluído)
RomanceSob o véu da redenção, Edgar e Aparecida dançam na penumbra do destino entrelaçado. Entre sedução e resistência, uma obsessão floresce, guiando-os por caminhos inesperados. Chantagem tece laços que os aprisionam, mas nas sombras, uma conexão profun...