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Edgar

Apesar do jeito que tudo terminou, estou eufórico, quando sai do desfile direto com minha equipe para danceteria famosa pelos dois ambientes que tinham, um restaurante e o outro no terraço sendo uma danceteria, fiquei curioso para conhecer, não acredito nessa crença de destino, porém quando vi Aparecida dançando junto com Luís Queiróz como se fossem velhos conhecidos comecei a acreditar que o destino havia me levado até aquele lugar.

Confesso que nunca tive ciúmes de nenhuma submissa que serviu aos meus desejos, inclusive as compartilhei várias vezes com outros dominadores, só que com Aparecida é diferente, ver outro homem tocando na minha mulher acendeu uma raiva e ciúmes dentro de mim que pensei que iria explodir. Sabia que precisava agir com cautela, foi quando esperei o infeliz sair de perto dela para ir até onde estava.

Aparecida não lembrava em nada a moça simples e sem vaidade de meses atrás, agora usava roupas de grife, joias e uma maquiagem no rosto que a deixou ainda mais bonita, ela se afastou de mim e fugiu com aquele engenheiro imbecil, é lógico que meu pai ia enfiar minha cadelinha em um casamento arranjado.

Ela não conseguiu fugir disso, e logicamente aceitaria tudo para ficar longe de mim, precisava saber se ela já havia ficado com ele portanto sai rápido para casa dela totalmente bêbado e perturbado. Depois do que fizemos, tenho certeza do sentimento que tem por mim, Luís é apenas uma pedra pequena no meu sapato. Não vou deixar meu pai casá-la com um idiota como ele, não posso viver sem Aparecida, um casamento com alguém como aquele homem a afastaria de mim para sempre.

— O que está pensando, Jonatas?

— Senhor, sabe bem o que penso sobre essa situação, manter Aparecida presa ao senhor apenas irá causar sofrimento a ambos. Seu pai ligou, pediu para retornar as chamadas que você propositalmente desliga. Provavelmente, Aparecida contou a ele sobre a visita de ontem.

Foda-se meu pai e o que Aparecida contou a ele, ela só está com medo do julgamento da sociedade e de sua consciência. O que temos é acima de qualquer imposição ou laço, só preciso fazê-la entender isso.

— Jonatas, irmãos não transam como eu e ela, se houvesse algo estranho ou algum tipo de culpa, eu também sentiria, e não sinto nada. Sabe por quê? Porque Aparecida não é minha irmã, e sim minha mulher. Ela só tem que entender isso, e parar de fugir.

— Não sente, pois, sua régua do que é certo e errado nunca foi das melhores, senhor. Aparecida veio do mesmo lugar que eu, ela sabe que precisa segurar qualquer chance de ter o que jamais teve. Uma noite de sexo, senhor, não vai mudar a decisão dela de se casar, caso seja essa a sua vontade.

O jeito que ela aceitou meus beijos, toques e como gozou com meu pau bem fundo nela tem que ser o suficiente para fazê-la voltar para mim.

— A questão é a porra de um casamento? Se for, eu me caso com ela, isso para mim é detalhe, Jonatas. Eu posso dar a ela muito mais do que Luís.

— O senhor realmente não entendeu a situação. A questão é que este homem é superior a você apenas em o único ponto e o mais importante: ele não é meio irmão dela.

Não vou deixá-lo tomar a mulher que pertence a mim. Luís não é e nunca foi inimigo à minha altura.

Aparecida

— Pílula do dia seguinte e chocolates suíços como você pediu, amiga. Não é possível que a Cidinha perfeita deu no primeiro encontro?

Patrícia não ia deixar de perguntar e eu não queria mentir. Eu nunca tive amigas, minha avó não deixava, e no fim pensava ser melhor, com Patrícia entendi que todos nós precisamos de alguém para conversar e interagir, e compreendo que o único ensinamento bom para vida que minha avó deu a mim foi a fé católica, o resto, ela apenas atrapalhou meu desenvolvimento como mulher e como ser humana.

Entre Sombras e Redenção (concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora