AMIGA MÍA - Jonathan Calleri

CAPÍTULO - 36

LETÍCIA

ALMOÇO NA CASA DO LUCIANO

Dormi no meu apartamento Ontem, depois de ajudar o Jonathan com algumas questões que só eu posso ajudar, ele veio me deixar aqui, a contragosto, claro, porque ele queria que eu dormisse lá. Me sinto bem na casa dele, mas, a nossa casa sempre vai ser a nossa casa.

Jonathan vem me buscar para o almoço na casa do Luciano. Se eu encontrasse a Letícia de um ano atrás e dissesse para ela que ela era namorada do Calleri e estava indo almoçar na casa do Luciano, certeza que ela ia dar risada da minha cara, pois acharia uma piada. Mas era isso que estava acontecendo, às vezes demorava pra ficha cair.

Estava muito indecisa em qual roupa vestir, era só um almoço, mas eu queria ir bem arrumadinha. Nada muito espalhafatoso, mas também nada apagado demais. Tinha que ter equilíbrio.

Tirei quase todas as roupas do meu armário, daria um trabalhão colocá-las no lugar novamente. Experimentei vários looks, e por fim acabei escolhendo um vestido longo rosa e uma rasteira de amarração preta. Um look meio termo, ficou ótimo, além de ser  confortável.

Tomei banho e antes de vestir a roupa, fui ajeitar o cabelo. Sequei com uma escova modeladora para dar um pouco de volume e passei um pouco de spray fixador. Vesti o vestido e fui para a maquiagem. Apenas máscara de cílios, um batom nude e um pouco de blush. Calcei a sandália e escolhi uma bolsa pequena.

Terminei de me arrumar faltavam 20 minutos para meio-dia, então fio colocar umas roupas numa mochila porque certamente o Jonathan ia me pedir para dormir na casa dele.

Ele chegou no horário combinado, então eu desci para a portaria e o encontrei encostado no carro, e ele estava tentador.

– Oi, amor da minha vida.  Como você está lindo. – falo dando um beijo nele.

– Linda é você. Adorei o vestido, fácil de tirar quando a gente chegar em casa. – ele diz sorrindo maliciosamente.

– Safado. – falo e dou um tapinha em seu ombro.

– Safado nada. Carente. – ele diz.

– Safado também. – falo rindo.

– Vamos? – ele pergunta abrindo a porta do carro para mim.

– Vamos. – falo entrando.

Colocamos o cinto de segurança e eu liguei o som do carro.

– Está na hora de você ouvir música boa. – falo colocando o bom e velho pop rock nacional.

– Você escuta esse tipo de música? – ele pergunta.

– Sim. Aprendi com Augusto Bianchi. Meu pai ama pop rock nacional. Ele é um cara musical. Já te contei que ele toca violão e canta muito bem? – falo.

– Não. Muito bom saber. – Jonathan diz.

Dessa vez tinha colocado Jota Quest, acho que Jonathan nunca nem ouviu falar, mas a voz do Rogério Flausino é atemporal, não envelhece, não sai de moda. Acho que é humanamente impossível alguém não gostar de Jota Quest.

– Eu quero um amor maior, um amor maior que eu – começo a cantar.

Jonathan me olha julgando até meu último fio de cabelo e rir debochado da minha bela voz.

– Ainda bem que você não seguiu carreira nesse meio. – ele fala rindo.

Eu segui cantando, ignorando os comentários maldosos dele.

– Então seguirei meu coração até o fim para saber se é amor. – eu continuo.

Vou cantando até chegarmos na casa de Luciano. Jonathan toca a campainha e nós somos recepcionados por ele.