CAPÍTULO - 93

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CALLERI

Chegou o dia da viagem para o México. Estar de férias é ótimo, mas estar de férias e poder viajar com o amor da nossa vida é algo que eu não sei explicar.

Já viajei muitas vezes, mas agora está sendo mais especial.

Vejo a felicidade dela em viajar comigo, arrumou a minha mala, pensou no look do Natal porque segundo ela "é o primeiro natal com os Calleri", e tem que ser uma roupa especial. A animação dela não é porque vai viajar, vai à uma praia, isso ela já fez outras vezes, é porque ela vai comigo. E isso me deixa realizado.

Depois de tudo que ela passou nos últimos dias, nosso término, acidente, descoberta da gravidez, rompimento dos contratos e tudo que ela escutou, vê-la aproveitando, curtindo, me dá paz.

Eu já a fiz sofrer muito, desconfiando dela, duvidando do amor dela por mim. Quero recompensá-la por tudo de ruim que a fiz passar.

Nosso voo está marcado para às 6 horas da manhã, é bem cedo, mas como a viagem é demorada, podemos dormir bastante.

Acordei bem cedo, tomei banho e me arrumei. Depois, fui acordar a Letícia.

– Meu amorzinho, acorda. – a chamo, beijando-a no rosto.

– Está cedo ainda, Jonathan, me deixa dormir. – ela pede se virando para o outro lado.

– Nós vamos viajar, amiga mía. Temos que chegar cedo no aeroporto. – falo.

Com muito sacrifício, Letícia acordou.

– Vou tomar um banho quente para despertar. – ela fala indo em direção ao banheiro.

Fiquei deitado esperando ela terminar de se arrumar.

Ela vestiu uma calça e uma camiseta que disfarça a barriguinha do nosso filho.

– Posso chamar o carro de aplicativo, mi amor? – pergunto.

– Sim. Já estou terminando. - ela responde.

Chamei um carro de aplicativo, e ele demoraria quinze minutos para chegar aqui.

Desci com as nossas malas, conferimos se não estávamos esquecendo de nada e nos sentamos no sofá para aguardar.

– Está com sono, não é, amiga mía? – pergunto enquanto aninho Letícia em meus braços.

– Estou, amor. Gravidez dá um sono danado. – ela responde rindo.

– Quando você estiver no avião, você dorme. – falo pra ela.

– Tomara que não demore para embarcarmos. – ela reclama.

[...]

Chegamos ao aeroporto, não tinha muita gente, então foi rápido para fazer check-in.

– Amor, está confortável para você? -
– pergunto enquanto nos acomodamos no avião.

– Sim, amor. Agora só quero dormir. - ela diz.

– Dorme, aproveita. Te amo. –digo dando um selinho nela.

– Também te amo, meu amor. – ela diz e se ajeita para dormir.

Nossa primeira parada foi na Cidade do México, depois de 9 horas de voo.

– Está muito cansada? – pergunto porque a vejo respirando fundo e colocando a mão na coluna.

– Estou sentindo uma dor nas costas, deve ser a viagem. – ela explica, fazendo uma careta pela dor que sentia.

– Quer um remédio? – pergunto.

– Quero comer primeiro. Compra alguma coisa para mim, por favor. – ela me pede.

– O que você quer? – eu pergunto.

– Ver se tem sanduíche ou coxinha. – Letícia fala.

– Certo. Volto já, mi amor. – digo e saio.

Comprei uma coxinha e um suco para ela, e duas garrafas de água.

– Amiga mía, aqui. – falo e entrego o lanche.

– Obrigada, meu amor. – ela fala.

Já era quase noite, nós ainda íamos pegar outro voo para nosso destino final.

– Se eu não tivesse com você, essa viagem estaria sendo um saco. – Letícia reclama.

– Vai valer a pena, meu amor. Nós vamos curtir bastante, eu, você e nosso bebê. – falo para ela.

– A gravidez me deixou indisposta. Por isso estou assim. – ela se justifica.

– É normal, meu amor. Relaxa. – falo.

Finalmente o voo para Acapulco ia sair. O ruim de não ter voo direto é que a gente fica muito cansado. E eu fico muito preocupado com a Letícia, mas ela disse que estava tudo bem, só estava cansada. Quando chegarmos no hotel vou fazer uma massagem nela, para ela relaxar e dormir.

Muitas horas depois, finalmente chegamos ao hotel que ficaríamos pelos próximos três dias.

– Estou exausta. – Lê diz se jogando na cama.

– Eu também. Viagem cansativa demais. – falo.

– Só quero um banho quente e dormir. – ela diz.

– Vai tomar banho que eu te faço uma massagem depois. – digo.

– Obrigada, papai. – ela fala e me dá um beijo.

Como prometido, fiz a massagem na Letícia até ela dormir. Depois a cobri com o lençol e apaguei a luz, deixando só um abajur aceso enquanto eu tomava banho. Depois do banho me deitei e também peguei no sono.

NO OUTRO DIA

Fui acordado com um monte de beijos da mulher da minha vida.

– Bom dia, meu amor. – ela diz e pela forma de falar, parece bem animada.

– Bom dia, amiga mía. – respondo, ainda com sono.

– Levanta, temos uma praia para curtir. – ela fala puxando o cobertor.

– Já vou. – digo me espreguiçando.

Ela já está toda arrumada, e está lindíssima, a barriga ainda é tímida, mas eu amo vê-la crescendo.
Tomei banho e vesti um short e uma camisa, peguei o óculos de sol e a chamei.

– Vamos?! Estou pronto. – falo para ela que está no celular.

– Nestante. Antes eu tenho uma surpresa para você. – ela diz colocando o celular em cima da mesa e pegando uma caixa.

– O que é? – pergunto, ansioso.

– Aqui. A surpresa está aí dentro. – ela fala me entregando a caixa.

Eu abri a caixa que não era grande, e tinha um cartão e uma camisa do São Paulo infantil.

Tirei o cartão de dentro do envelope, comecei a ler e as lágrimas foram vindo. A cada frase eu sentia uma emoção muito grande tomar conta de mim. Terminei de ler e olhei para ela, que também já estava chorando.

– Amor, é sério? – pergunto em meio as lágrimas.

– Sim, meu amor. – ela fala se aproximando de mim.

– Obrigado, obrigado, obrigado. Eu te amo muito, muito. – falo abraçando-a.

– Eu também te amo muito. – ela fala em meio a nosso abraço.

Letícia me deixou sem palavras, eu quase não consegui falar de tanto que chorei. Quando nós descobrimos a gravidez, ela disse que se fosse menino queria que ele se chamasse Théo e eu falei que queria Juan. Depois, nós entramos em acordo sobre a escolha do nome. Eu falei que se fosse menina, eu queria fazer uma homenagem a alguém que marcou a minha vida. Hoje ela me surpreendeu e me provou mais uma vez o quanto me ama e se importa comigo, com as coisas e as pessoas que são especiais para mim.

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AMIGA MÍA - Jonathan Calleri Onde histórias criam vida. Descubra agora