CAPÍTULO - 100

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CALLERI

Estávamos chegando em Minas. A gente desceu numa cidade vizinha porque não tem aeroporto em Ouro Preto.

Chegamos 5h da manhã e o Léo estava nos esperando, dessa vez ele não estava só, estava com a namorada.

Nós nos cumprimentamos e ele não perdeu a oportunidade de fazer uma piada.

– É atacante mesmo, cunhado. – ele fala se referindo a gravidez.

Eu fiquei envergonhado e só dei uma risadinha sem graça.

– Até você, Léo? – Letícia o repreende.

– Estou brincando, sua chata. – ele fala.

– Brincadeira sem graça. – Letícia fala chateada.

– Desculpa! – Léo diz.

– Tudo bem. – Letícia fala.

– Parabéns, viu?! Que o moleque venha com muita saúde. – ele diz, abraçando a irmã e os dois colocam um fim no pequeno desentendimento.

– Obrigada, Léo. – também agradeço.

– Vamos, agora? – Lê fala.

– Vamos! – Léo responde.

Vivian queria vir no banco de trás para eu ir na frente, mas falei que eu ia atrás mesmo, fazendo companhia a minha mulher.

– Olha o Sol nascendo, amor. – Lê diz.

– É lindo. – falo, olhando pela janela.

– Daqui uns dias quem vai tá nascendo é meu sobrinho. – Léo comenta.

– Falta muito ainda, cunhado. – falo.

– Está com quantas semanas, Letícia? – Vivian pergunta.

– Acabei de fazer 10. – Lê fala.

– Ele já mexe? – Léo pergunta.

– Não, ele é pequenininho ainda. – Lê responde.

Durante o percurso, eles iam fazendo perguntas sobre a gestação, estavam animados com o sobrinho.

Chegamos na fazenda, e como era bom estar ali de novo.

Fomos caminhando até a entrada e minha sogra veio nos recepcionar.

– Calleri, filhota! Como vocês estão? – ela fala.

– Estamos bem, mãe. – Lê fala abraçando a mãe.

– E você, meu genro? – ela pergunta.

– Estou bem. – minto, estava bem nervoso.

Estava chegando a hora de encontrar com o pai da Letícia, meu medo era que ele perdesse a confiança em mim, eu avancei o sinal.

Mas estava feito, e meu Sebastian já está trazendo tanta felicidade pra gente.

O pai de Letícia entrou bem sério na sala onde todos nós estávamos sentados.

– Bom dia! – ele diz.

– Bom dia. – respondo.

– Oi, pai. – Lê diz indo abraçá-lo.

– Calleri, eu preciso ter uma conversinha com você. – ele diz sério.

Eu estava mais nervoso do que tudo. Era agora que meu filho ficava órfão de pai.

– Pode falar seu Augusto. – digo tentando não demonstrar que estava nervoso.

AMIGA MÍA - Jonathan Calleri Onde histórias criam vida. Descubra agora