CAPÍTULO - 80

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CALLERI

Depois da reunião da Lê, eu a deixei na nossa casa. Não queria que ela ficasse só esses dias, ela está bastante fragilizada, mas eu precisava ir para o CT.

Passei o treino todo pensando nela, no nosso filho, no rumo que as coisas tinham tomado desde aquele dia que eu fui a ONG dela. Apesar de um monte de coisa ter dado errado, eu estava me sentindo realizado, mas, para que eu esteja completamente feliz, eu preciso que ela esteja feliz também, e ela não está.

Antes de chegar em casa, vou ligar para minha sogra e explicar a situação, pra ver se ela não pode vir fazer companhia pra ela nesses dias que eu estou treinando. Se a mãe dela não puder, eu vou ligar para a minha, para ver se tem essa possibilidade.

Ainda bem que a temporada já está acabando, e vamos entrar de férias, teremos uns dias para organizar nossas vidas.

O treino terminou, eu me despedi dos meus companheiros e fui para o estacionamento. Lá eu liguei pra minha sogra.

– Oi, dona Helena. Como a senhora está? – falo assim que ela atende.

– Oi, meu genro. Estou bem e vocês? Aconteceu alguma coisa com minha filha ou meu neto? – ela pergunta preocupada.

– Não. Eles estão bem. Quer dizer, a Letícia está um pouco abalada com uns acontecimentos recentes. – falo.

– O que aconteceu, Calleri? – ela pergunta.

Eu expliquei tudo que aconteceu para ela, que ficou bem preocupada.

– Meu Deus, ela deve estar muito mal. Conheço minha filha, ela nunca ficou sem trabalhar. – ela fala.

– Eu queria ver se a senhora não podia vir ficar com ela uns dias, enquanto eu tenho treinamento. – falo.

– Vou me organizar e vou sim. Vou falar com o Augusto para ver se ele pode ir pelo menos um final de semana, eles são muito próximos, com certeza vai gostar de ver o pai. – ela fala.

– Agradeço muito, minha sogra. Muito obrigado! – falo.

– Eu que agradeço sua preocupação com minha filha, Calleri. – ela responde.

Me despedi da minha sogra e resolvi ligar para minha mãe.

– Oi, mamá. Como a senhora está? – falo.

– Oi, hijo. Estou bem e vocês? – ela pergunta.

– Estamos bem. – respondo.

– Como está Letícia e o bebê? – ela pergunta.

– Estão bem, vamos hoje ao médico ver como eles estão. – falo.

– Mamá, aconteceram umas coisas com a Lê e ela ficou muito abalada. – falo.

– O que, hijo? – ela pergunta.

Agora é a vez de eu contar toda a história para minha mãe.

– Nossa, que povo cruel. – ela fala.

– Ela ficou muito abalada, e eu não quero que ela fique só. – falo.

– Você está certo. Ainda mais no estado que ela está. – ela diz.

– Sim. Eu tenho que ir para o CT e ela fica só. – falo.

– Você quer que eu vá para o Brasil fazer companhia a ela? – ela pergunta.

– Mamá, a senhora faria isso? – pergunto.

– Claro, hijo. – ela responde.

– Os pais dela vão vir também, ela vai ficar muito feliz de ver vocês. – falo.

AMIGA MÍA - Jonathan Calleri Onde histórias criam vida. Descubra agora