CALLERI
É sábado, finalmente. Eu estou de férias. De férias do CT, porque hoje já querem me usar como motorista.
Se ir ao shopping com uma mulher já é terrível, imagine ir com três, é para enlouquecer.
Elas tinham decidido que iriam comprar roupa para o bebê, e nada que eu diga vai fazê-las mudar de ideia. Sou voto vencido.
Acordei um pouco mais tarde, e elas já estavam todas prontas.
– Bom dia! – falo com sono.
– Bom dia! – elas falam ao mesmo tempo.
– Estão bem animadas, né?! Para me fazer de escravo hoje. – falo rindo.
– Estamos lhe dando a honra de acompanhar três mulheres bonitas. – Letícia fala.
– Sei. – eu falo me aproximando dela para dar um selinho.
– Vou me arrumar e já já eu volto. – falo.
Demorei alguns minutos no banheiro, me troquei, vesti uma roupa confortável, porque o dia hoje promete.
– Vamos! – falo assim que chego à sala.
– Tá lindo, meu amor. – Letícia diz.
– Obrigada, anjo. – falo dando um beijo nela.
Elas entraram no carro e nós seguimos para o shopping.
Depois de um bom tempo no trânsito de São Paulo, chegamos ao shopping que elas tinham escolhido. Pronto, vai começar a maratona.
A minha mãe e minha sogra iam na frente, e eu e Lê íamos atrás.
Acharam a primeira loja de bebê, e nós entramos.
Elas olhavam as roupinhas e me mostravam.
– Amor, olha que lindo. – Letícia diz, me mostrando uma roupinha das pernas cumpridas.
– É lindo, amor. Compra! – eu falo.
Eu fiquei imaginando nosso bebê dentro da roupinha, os pés e as mãozinhas mexendo. Fui acordado dos meus pensamentos quando a Letícia me chamou.
– Jonathan, você tá bem? – ela pergunta tocando meu braço.
– Sim, amor. Eu só estava imaginando nosso filho dentro dessa roupinha. – falo e ela rir.
– Compra ela, por favor. – peço.
– Vou comprar. – ela diz.
Nessa primeira loja elas compraram pouca coisa. Como a gente não sabe o que é ainda, elas só escolhiam roupa branca e amarela. Estava quase a bandeira do Brasil, esse negócio não está certo.
Entramos na segunda loja, e de novo as mesmas coisas: roupas unissex, e as mesmas cores.
– Amor, ver se não tem uma roupinha do São Paulo. – eu falo.
– Acho que não, amor, aí só na loja oficial do Tricolor. – Letícia diz.
A vendedora escutou nossa conversa e diz:
– Temos aqui roupinhas de time. – ela fala indo até a arara com as roupas.
Fui vendo e decidi levar todas.
– Vou levar todas. – falo.
– Que exagero, Jonathan. – Letícia diz.
– Vai ficar faltando agora só o uniforme do papai. A camisa 9. – digo.
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AMIGA MÍA - Jonathan Calleri
FanfictionQuando você pensa que vai salvar alguém e quem é salvo é você.