CAPÍTULO - 86

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CALLERI

É sábado, finalmente. Eu estou de férias. De férias do CT, porque hoje já querem me usar como motorista.

Se ir ao shopping com uma mulher já é terrível, imagine ir com três, é para enlouquecer.

Elas tinham decidido que iriam comprar roupa para o bebê, e nada que eu diga vai fazê-las mudar de ideia. Sou voto vencido.

Acordei um pouco mais tarde, e elas já estavam todas prontas.

– Bom dia! – falo com sono.

– Bom dia! – elas falam ao mesmo tempo.

– Estão bem animadas, né?! Para me fazer de escravo hoje. – falo rindo.

– Estamos lhe dando a honra de acompanhar três mulheres bonitas. – Letícia fala.

– Sei. – eu falo me aproximando dela para dar um selinho.

– Vou me arrumar e já já eu volto. – falo.

Demorei alguns minutos no banheiro, me troquei, vesti uma roupa confortável, porque o dia hoje promete.

– Vamos! – falo assim que chego à sala.

– Tá lindo, meu amor. – Letícia diz.

– Obrigada, anjo. – falo dando um beijo nela.

Elas entraram no carro e nós seguimos para o shopping.

Depois de um bom tempo no trânsito de São Paulo, chegamos ao shopping que elas tinham escolhido. Pronto, vai começar a maratona.

A minha mãe e minha sogra iam na frente, e eu e Lê íamos atrás.

Acharam a primeira loja de bebê, e nós entramos.

Elas olhavam as roupinhas e me mostravam.

– Amor, olha que lindo. – Letícia diz, me mostrando uma roupinha das pernas cumpridas.

– É lindo, amor. Compra! – eu falo.

Eu fiquei imaginando nosso bebê dentro da roupinha, os pés e as mãozinhas mexendo. Fui acordado dos meus pensamentos quando a Letícia me chamou.

– Jonathan, você tá bem? – ela pergunta tocando meu braço.

– Sim, amor. Eu só estava imaginando nosso filho dentro dessa roupinha. – falo e ela rir.

– Compra ela, por favor. – peço.

– Vou comprar. – ela diz.

Nessa primeira loja elas compraram pouca coisa. Como a gente não sabe o que é ainda, elas só escolhiam roupa branca e amarela. Estava quase a bandeira do Brasil, esse negócio não está certo.

Entramos na segunda loja, e de novo as mesmas coisas: roupas unissex, e as mesmas cores.

– Amor, ver se não tem uma roupinha do São Paulo. – eu falo.

– Acho que não, amor, aí só na loja oficial do Tricolor. – Letícia diz.

A vendedora escutou nossa conversa e diz:

– Temos aqui roupinhas de time. – ela fala indo até a arara com as roupas.

Fui vendo e decidi levar todas.

– Vou levar todas. – falo.

– Que exagero, Jonathan. – Letícia diz.

– Vai ficar faltando agora só o uniforme do papai. A camisa 9. – digo.

AMIGA MÍA - Jonathan Calleri Onde histórias criam vida. Descubra agora