CAPÍTULO - 02

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Mais um domingo em casa. Trabalhei ontem o dia todo, fiz 3 campanhas, apesar do cansaço eu sou muito agradecida por minha carreira estar indo bem.

Não me falta trabalho, eu consigo manter a ONG, consigo ter umas folgas que me permitem ir para Minas e ainda sobra tempo para acompanhar os jogos do São Paulo no Morumbi.

Hoje eu decidi que não ia fazer nada. Queria passar o dia deitada de pijama, e na hora do almoço pedir um delivery.

Estava no meu quarto rolando o feed do insta, quando recebo uma ligação da Lari. Achei estranho porque ela só me liga quando é algo importante.

LIGAÇÃO ON

– Oi, Lari. Aconteceu alguma coisa? – digo.

– Oi, Lelê! Aconteceu sim. O cachorrinho do Calleri passou mal e ele está desesperado. Tentou várias clínicas, mas como hoje é domingo, estão todas fechadas. Será que você pode atendê-lo? – ela me diz.

– Claro! – respondo prontamente.

– Fala pra ele me encontrar na ONG, daqui a pouco chego lá. – digo em seguida.

Lari sabe o endereço da ONG, por isso já desligo a ligação e vou me arrumar.

Me troco, visto uma calça e um t-shirt, coloco um tênis, pego a bolsa e enquanto desço, chamo um carro de aplicativo.

Decidi pegar um Uber para ser mais rápido. Chego na clínica em 30 min, contei com a sorte, pois o trânsito de São Paulo é caótico.

Ajeitei tudo na sala de atendimento, e dez minutos depois vejo um carro estacionar.

Calleri desce com o cachorrinho no colo e diz desesperado.

– Salva ele por favor!

– Fica calmo, eu vou ver o que ele tem. – respondo tentando acalmá-lo.

Examino o doguinho e constato que ele tem uma intoxicação. Aplico uma medicação e aguardo. Talvez a ração esteja provocando essa reação.

Coloco ele no soro e saio para tranquilizar seu dono.

– Oi, Calleri. Ele está bem. Teve uma intoxicação, talvez pela ração. Agora ele está bem, já reagiu e está tomando um soro porque ele vomitou bastante e está fraco. Pode ficar tranquilo. – eu digo e o semblante dele muda.

– Obrigado, dra. Muito obrigado mesmo. – ele diz com um sorriso discreto.

– Letícia, por favor. Sem formalidades. – eu peço e ele concorda.

– Está bem. Obrigado, Letícia. – ele fala, rindo.

– Daqui a pouco eu libero vocês. Deixa só ele terminar o soro. – falo

– Quanto foi tudo? – ele me pergunta.

– Nada, imagina. Foi um prazer atender o Jokic. – eu falo.

– Eu quero pagar. Te tirei de casa em pleno domingo. É o mínimo. – ele fala um pouco envergonhado.

– Relaxa. Eu não vou aceitar. Fica sossegado. – eu digo.

AMIGA MÍA - Jonathan Calleri Onde histórias criam vida. Descubra agora