CAPÍTULO - 43

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CALLERI

Letícia e eu voltamos para o Brasil depois de alguns dias na Argentina. Estamos cada vez mais juntos, mais cúmplices. Ela me ajudou em tudo, a fazer os exercícios, a tomar banho, enfim...

Aproveitamos bastante o tempo juntos, claro que ela está pra enlouquecer com a possibilidade de estar grávida, ainda mais porque eu estou tranquilo. Ela queria que eu estivesse surtando também. Já pensou em dois surtados convivendo, que loucura que não ia ser.

Nas próximas semanas voltarei a fazer exercícios no CT do São Paulo, ela disse que vai me acompanhar nos dias que não estiver trabalhando e eu acho ótimo ter a companhia dela.

Como ela ainda tem uns dias até retornar ao trabalho oficialmente, nós combinamos de finalmente irmos para Minas Gerais. Hoje ela estará fazendo uma campanha que não pôde ser adiada, os produtores não aceitaram, mas depois terá uma semana livre.
Nós estávamos em ligação resolvendo os últimos detalhes.

– Amor, já comprei as passagens, vamos quinta e voltamos na terça.  – ela me fala ao telefone.

– Ótimo. Estou ansioso. – respondo.

– Relaxa, se eles não gostarem do Jonathan, com certeza do Calleri eles vão gostar. – ela diz rindo.

– HA HA HA, como você tá engraçadinha. – eu falo fingindo rir do que ela disse.

– Te amo. – ela diz e desliga.

Como minha casa estava fechada esse tempo todo, tive que chamar a diarista para dar uma geral.

– Oi, Jonathan. Quanto tempo. – Gil, minha diarista diz.

– Oi, Gil. Saudades de você. – eu falo.

– Cadê sua namorada? – ela pergunta.

– Está na casa dela. Nós vamos viajar essa semana. – falo.

– De novo? – ela pergunta estranhando.

– Sim. Dessa vez vamos para Minas, vou conhecer meus sogros. – falo.

– Que ótimo. – ela diz.

– Deixa eu começar a limpar. – ela fala saindo.

Eu saí para comprar uns presentes para a família da Letícia, vou levar uma camisa minha para cada um deles, mas queria levar algo a mais.

Coloquei um boné, um óculos escuro, vesti uma roupa grande, a intenção era estar disfarçado. Só não conseguiria disfarçar meu sotaque.

Fui até o Shopping Iguatemi atrás desses presentes. Para a mãe da Letícia eu pensei em comprar um sapato ou uma bolsa. Entrei na loja e a moça que me atendeu me fez várias perguntas.

– É pra sua namorada? – ela pergunta.

– Não, pra minha sogra. – respondo.

Fiz uma chamada de vídeo pra Tefi, para ela me ajudar a escolher.

– Oi, hermano. – ela diz.

– Me ajuda a escolher uma bolsa pra minha sogra. – falo.

Fui mostrando as opções pra Tefi e ela pediu para eu levar uma bolsa preta, como eu não entendo nada de moda, segui o conselho dela.

Para o pai da Letícia, vou comprar um kit de churrasqueiro personalizado com o nome dele e o escudo do São Paulo.

E para o irmão, vou levando uma jaqueta do Tricolor que é sucesso.
Lembrei que no dia que pedi a Lê em namoro eu não dei nenhum anel a ela, então, iria refazer o pedido na frente dos pais dela, mas dessa vez eu lhe darei um anel.

AMIGA MÍA - Jonathan Calleri Onde histórias criam vida. Descubra agora