CAPÍTULO - 05

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LETÍCIA

Seguimos cantando até chegar no Morumbi. Jonathan estacionou em uma parte reservada e abriu a porta do carro para mim. Eu sorri para ele em agradecimento.

Ele pegou na minha mão e nós saímos de mãos dadas.

Ok, eu não esperava por isso. Comecei a ficar um pouco nervosa. Sei que qualquer foto que tirassem ia repercutir na internet.

Não sei se essa repercussão é boa. Confesso que nessa hora eu tive medo.

Antes de entrarmos no camarote, ele comprou dois refrigerantes e me entregou um.
Nós sentamos nos lugares reservados, a vista era incrível dali.
Eu fiz uma selfie e depois pedi ao jogador para tirar uma foto minha.

Entreguei o celular a ele, que gentilmente fez o registro.

– Está linda. – ele diz me devolvendo o celular, e eu rio para ele. O riso era de nervoso.

Parece que o arrependimento de ter aceitado o convite estava batendo.

Postei a foto no Instagram, e logo a Lari me mandou mensagem:

Whatsapp on

LARISSA
Amiga, foi só para o jogo?

LETÍCIA
Não, vim com o Jonathan.

LARISSA
O que? Tô chocada!

LETÍCIA
Por que? Ele me convidou em agradecimento por eu ter salvado a vida do cachorrinho.

LARISSA
Hum! Sei!

LETÍCIA
É sério!

Se nem a Larissa, que é minha amiga, está me dando crédito, imagina o restante da população.

Whatsapp Off

Começou o jogo, e apesar do Morumbi estar lotado, provocando calor humano, senti a temperatura cair e  comecei a sentir frio.

– Tá frio aqui né? – falo tentando me aquecer com meus próprios braços.

– Tá sentindo? – ele pergunta.

– Sim. Achei que ia estar fazendo calor. – respondo.

– Toma meu casaco. – ele fala me entregando.

– Mas e você? – pergunto.

– Eu tô bem. – ele responde dando um sorriso.

Coloquei o casaco e estava incrivelmente cheiroso.

O jogo estava pegado, mas aos 15 minutos, James saiu em arrancada e tocou para Luciano abrir o placar. O Morumbi enlouqueceu.

– Ufa! Agora estou mais tranquila. É sempre uma tortura assistir o tricolor. – falo e o jogador ao meu lado ri.

– Não confia na gente não, é? – ele pergunta.

– Claro, mas mesmo assim o nervosismo é inevitável. – respondo.

– Calma, são paulina. – ele fala fazendo um carinho no meu braço.

O primeiro tempo acabou. Nós saímos para tomar outro refrigerante e comer alguma coisa.

– Gostou do primeiro tempo? – ele pergunta enquanto esperamos o jogo recomeçar.

– Sim, mas gosto mais quando você joga. – respondo.

– Não tá gostando da minha companhia não, é? – ele fala fingindo tristeza.

– Claro que estou gostando. Mas com você jogando, já estaríamos goleando. – respondo e sorrio.

AMIGA MÍA - Jonathan Calleri Onde histórias criam vida. Descubra agora