CAPÍTULO - 72

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CALLERI

Enquanto eu ia dirigindo para casa, pensei em como surpreender a Letícia nesse retorno dela, agora sabendo que nós seremos papais. O buquê de flores claro que terá, mas preciso de algo mais.

Eu estou em choque até agora com a notícia da gravidez. De repente eu vou ser papai.

Fui pensando enquanto dirigia e me veio a ideia de colocar um bilhete e pedir ao Jokic para entregar. Um bilhete com a frase “perdoa o papai”. É simples? É. Mas foi tudo que eu consegui pensar.

Amanhã cedo, antes dela ter alta, eu penso nisso, hoje tenho que pensar na recuperação dela.

Cheguei em casa e encontrei o Jokic na sala.

– Hijo, você vai ganhar um irmãozinho. – falo fazendo um carinho nele.

Subi, coloquei o cachorro em cima da cama e entrei no banheiro para tomar  um banho rápido.

Após o banho, peguei uma mochila, coloquei uma roupa minha, sabonete, perfume e depois sai para o apartamento dela.

O percurso não é tão rápido por conta do trânsito. Depois de estacionar na rua, subi até o apartamento dela, coloquei dois vestidos, um pijama, toalha, mas a parte difícil foi escolher as peças íntimas, então eu peguei o que achei primeiro, espero que dê certo com as roupas. Peguei também itens de higiene, coloquei tudo na mochila que eu levava com as minhas coisas e saí. Voltei o mais rápido que pude para o hospital, queria ficar do lado dela em todos os momentos, principalmente quando o médico contar da gravidez.

Não sei como ela vai reagir, não foi planejado e ainda aconteceu em um momento onde nós estamos separados.

Cheguei ao hospital e ela estava conversando com a Larissa. As duas pareciam bem animadas.

– Oi, voltei. – digo assim que atravesso a porta.

– Oi, Calleri. Andou rápido. – Larissa diz.

– Não queria te incomodar mais e também já estava com saudades. – falo.

– Agora que você chegou, eu vou ficar mais tranquila. – Larissa diz.

– Você vai ficar em excelente companhia, amiga. – ela diz em seguida olhando para Letícia.

– Tchau, amiga. Obrigada por ter vindo. – Letícia fala.

– Amanhã eu volto, caso você não tenha alta. Se tiver, eu vou a sua casa. – Larissa diz.

– Ela vai ficar lá em casa, Larissa. – eu falo interrompendo a conversa das duas.

– Ah, melhor ainda. Pois até amanhã. – Larissa fala dando um beijo na amiga.

– Cuida da minha amiga, Calleri. – ela fala me dando um abraço.

– Deixa comigo. – eu digo e ela ri.

Assim que a Larissa nos deixou a sós, eu puxei uma cadeira e me sentei próximo dela.

– Está melhor? – pergunto.

– Sim, só que ainda sinto muitas dores nos braços e na cabeça. – ela responde.

– Alguma enfermeira veio aqui nesse tempo que fiquei fora? – pergunto.

– Não. – ela responde.

– Devem vir te darem o medicamento para dor. – falo.

– Tomara. Ainda dói bastante. – ela reclama.

– O impacto foi forte, mas graças a Deus você está bem. – eu respondo.

– Obrigada por se preocupar comigo, Jonathan. – ela diz.

AMIGA MÍA - Jonathan CalleriOnde histórias criam vida. Descubra agora