CAPÍTULO - 26

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CALLERI

Acordei às 10 horas da manhã, relativamente cedo, já que fomos dormir bem tarde.

Olhei para o lado e vi aquela mulher maravilhosa deitada na minha cama, usando a minha camisa para dormir.

“Que sorte eu tenho. Obrigada,
Díos!” – eu penso.

Fico observando ela dormir por um tempo, admirando-a. Ainda bem que deu tudo certo, não gosto nem de imaginar o contrário.

Depois desço para cozinha. Minha mãe já está fazendo o almoço, hoje teremos almoço argentino.

– Bom dia, mamá – digo dando um beijo nela.

– Bom dia, hijo. – ela me diz.

– Vai tomar café? – ela me pergunta.

– Não, mamá. Vou comer só uma maçã. – eu digo indo pegar a fruta.

– E a Letícia? – ela me pergunta.

– Ela tá dormindo ainda. Vou deixá-la dormir mais um pouco. – respondo.

– Que teremos para o almoço hoje? – pergunto.

Minha mãe fala que está fazendo as comidas tradicionais argentinas para a Letícia provar.

– Acho que ela vai gostar. – falo rindo.

– Eu espero. Seu pai vai assar as carnes. – minha mãe responde.

– Ótimo. Vou tomar um banho, volto daqui a pouco. – falo, dou um beijo nela e saio.

Subo para tomar um banho, abro a porta devagar, mas percebo que Letícia estava acordada.

– Bom dia, meu amor – falo dando um beijo nela.

– Bom dia, meu camisa 9. – ela responde.

– Quer tomar café? – pergunto.

– Vou esperar pelo almoço – ela fala.

– Precisamos conversar né? – digo.

– Sim. Vou só ao banheiro. – ela fala.

Ela vai até o banheiro e quando volta, se senta na cama próximo a mim.

– Então, amor -  começo a falar.

– Eu quero te pedir perdão pelo o que fiz. Eu te trouxe aqui pra casa, depois saio e não dou satisfação. – continuo falando.

– Você não me devia satisfação. Eu exagerei. – ela fala.

– Devia sim, porque eu te convidei pra vir comigo, insisti pra você dormir aqui, e simplesmente saio e não dou satisfação. – eu falo.

– Mas eu saí daquele jeito porque me deu gatilho. Quando disseram do hospital que ela tinha sofrido um acidente eu lembrei de um amigo meu. – falo.

– Amigo? – ela pergunta.

– Sim. Há 7 anos eu perdi um amigo num acidente na Argentina. Isso mexe demais comigo até hoje. Quando fala acidente eu lembro dele. Foi doloroso demais vê-lo partir repentinamente. – digo com lágrimas nos olhos.

– Amor, eu não sabia. Não chore, por favor. – Letícia diz.

– E eu não sinto mais nada por ela, mas não desejo seu mal. E como ela não tem família e nem amigos aqui, eu tinha que ajudar naquele momento. – digo.

– Então eu fui, dei assistência, liguei pra família, fiquei lá até ela estar bem. Ela não teve nada grave, e aí quando a família dela chegou e eu  vim embora foi que me dei conta de ligar pra você. Eu fui um idiota. Me perdoa! – digo.

Ela me olhou com aqueles olhos cheios de carinho e me abraçou.

– Estou perdoado? – pergunto.

– Só se você me perdoar também. – ela diz.

– Não tenho o que te perdoar. – falo.

– Eu fiquei com ciúmes de você. Eu acho que te amei desde o momento que almoçamos juntos lá em casa. Estava me odiando por ter começado a gostar de você e não queria admitir que estava com ciúmes. – ela diz envergonhada.

– E é, ciumentinha? – falo rindo.

– É – ela responde colocando a mão nos olhos.

– E por que você não queria me amar? – pergunto.

– Porque, primeiro, eu tenho trauma de relacionamento e depois pensei que você ainda gostava dela, e estava ficando comigo por carência. – ela me diz.

– Jamais faria isso. Saiba que eu amo você. Você é a minha vida. Eu fiquei desesperado quando você me mandou embora do seu apartamento. – falo.

– Me perdoa, mas eu não tinha certeza se você não ia voltar com ela. Porque pra você sair assim só amando-a. Eu não quis me machucar. Quanto mais cedo eu me afastasse de você, menos danos eu teria. – ela fala.

– Não se preocupe. Eu encerrei qualquer contato com ela. – eu falo.

– Ainda teve aquela ida ao Morumbi, foi aí que eu tive certeza que vocês tinham voltado. – ela diz.

– Eu não entendo o que ela foi fazer lá. Nunca se interessou antes. – falo.

– Mas você quase acaba meu psicológico. Um dia ela tá no Morumbi e a internet deduz que vocês voltaram, no outro você faz gol no Maracanã e faz a comemoração de anjo. Por pouco não enlouqueci. – ela fala.

– A comemoração era pra você perceber que eu queria, ou melhor, quero você. – explico.

– E eu ainda fui numa roda de pagode atrás de você porque o Lucas disse que você estava lá. – falo me lembrando do dia.

– Eu estava, mas quando vi você eu dei um jeito de sair sem ser vista. Eu sabia que estando tão perto de você, seria difícil resistir. – ela fala rindo.

– Nossa, Lê. Naquele dia eu quase morro. Voltei para casa muito preocupado com você, pensando que você tinha passado mal. – falo.

– Perdão, amor. – ela fala.

– Vamos esquecer. – falo.

– Vem cá, meu amor. – ela diz me puxando.

– O bom disso é que agora você é meu namorado, e eu ganhei uma declaração linda no Morumbi. – ela fala.

– Eu te amo – falo pra ela.

Nos beijamos e eu poderia viver para sempre nesse momento.

– Desse jeito eu vou ficar mal acostumado. – falo assim que encerramos o beijo.

– Sempre que você precisar, meu amor. – ela diz piscando para mim.

Ela levantou e foi tomar banho, quando saiu eu estava sentado mexendo no Instagram, vendo a repercussão do jogo e da declaração.

– Uau, que deusa. – falo pra ela.

– Não me olha assim, tenho vergonha. – ela diz se cobrindo.

– Amor, já te vi sem roupa ontem. – eu falo rindo.

– É diferente. – ela diz.

– Diferente por quê? – pergunto.

– Porque ontem estávamos nos amando, entregues um ao outro. – ela diz.

– Mas não tem problema eu admirar seu corpo, tem? – pergunto.

– Não, amor. É porque acho que estamos no início, eu fiquei envergonhada. – ela diz ainda constrangida.

– Que bom! Não quero te constranger em nenhum momento. – falo.

– Você é lindo. – ela fala.

Ela se vestiu, colocou a camisa do São Paulo que tinha ficado aqui em casa. Depois iríamos em sua casa buscar algumas roupas.

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AMIGA MÍA - Jonathan CalleriOnde histórias criam vida. Descubra agora