CAPÍTULO - 96

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CALLERI

Hoje é véspera de Natal, e como é tradição, minha família fará o jantar. Geralmente eles se juntam com alguns amigos, não sei se dessa vez será igual, ninguém me falou nada. O problema é que a família da Micaela sempre participa, então, se eles vierem dessa vez, eu tenho receio de ficar um climão.

Levantei antes da Lê, ainda era cedo, provavelmente só minha mãe e meu pai estavam acordados. Minha mãe devia estar fazendo um belo café da manhã, ainda mais agora que ela está toda empolgada com o neto.

– Bom dia, mamá. – falo assim que a encontro.

– Bom dia, hijo. Dormiu bem? – ela pergunta.

– Sim. Deu para descansar bastante. – falo.

– Mamá, deixa eu perguntar uma coisa: a família da Micaela vem para a ceia aqui hoje? – pergunto enquanto bebo um copo de água.

– Sim, hijo. – minha mãe diz sem rodeios.

– Nossa! Tenho medo da Lê ficar desconfortável. Vou ter que conversar com ela para ela não ter nenhuma surpresa. – falo colocando a garrafa de volta na geladeira.

– Desculpa, hijo. Mas não tivemos como dizer não. Eles sabem que você está noivo. – minha mãe diz.

– Tudo bem. Só espero que não tenha nenhum clima ruim. – falo.

– Vai dar tudo certo, hijo. – minha mãe diz.

– Espero, mamá. Não quero que a Letícia se altere. – falo e vou até ela lhe dar um beijo.

– Vou conversar com ela. – minha mãe diz.

– Pode deixar que eu converso, não se preocupe. – falo.

– Ela já acordou? – minha mãe pergunta.

– Acho que não, quando eu saí ela estava dormindo ainda. – falo.

– Leva o café pra ela. Vou preparar. – minha mãe diz.

Acho que minha mãe está se sentindo mal por conta do climão que pode ter hoje à noite. Não queria que ela ficasse mal com isso. Mas também não quero ver a Lê mal, é uma situação complicada.

Minha mãe preparou uma bandeja com suco, bolo, pão na chapa e frutas para eu levar pra Letícia. Agradeci a ela e fui para o quarto.

Abri a porta e Letícia já tinha acordado.

– Oi, mamãe do Sebastian. – falo entrando com a bandeja.

– Oi, amor. – ela diz fazendo uma careta.

– Aconteceu alguma coisa? – pergunto.

– Acordei com a cabeça doendo. – ela diz.

Coloquei a bandeja em cima da cômoda e fui até ela.

– Vou pegar um remédio pra você. – falo, fazendo um carinho no nosso filho.

– Mas antes come alguma coisa. – continuo.

– Que lindo, meu amor. – fala vendo tudo que há na bandeja.

– Minha mãe que preparou para você e o Sebastian. – falo.

– Depois vou até lá agradecê-la. – Lê diz.

Esperei a Letícia comer, depois peguei um remédio para dor de cabeça, para só então falar sobre a presença da família da Micaela no jantar.

Deitei com ela na cama, e fui fazendo carinho, nós amamos esses momentos.

– Sebastian tem muita sorte de ter você como papai. – ela fala colocando a mão sobre a minha.

AMIGA MÍA - Jonathan Calleri Onde histórias criam vida. Descubra agora