CAPÍTULO - 33

785 31 2
                                    

CALLERI

Estávamos chegando em casa. Letícia ficou retada com o assédio das fãs, confesso que me diverti vendo ela sair do sério, porque ela é sempre tão segura, tão dona de si, que ás vezes tenho medo de tanta segurança.

Mas foi bom porque percebi que o sangue dela também ferve, que ela sente ciúmes de mim, que ela sai do sério. Adorei ver minha doutora com ciúmes.

– Já estão de volta? – minha mãe estranha ao nos ver entrar.

– Ou a gente voltava ou eu perdia a namorada. – falo rindo.

– O que aconteceu? – minha mãe perguntou curiosa.

– As fãs do Jonny quase deixaram ele pelado no parque. – Tefi diz rindo ao subir as escadas.

Ela estava tão cansada que passou direto para o quarto.

– E aí, a Lê queria bater nelas. – falo mentindo.

– É verdade, minha nora? – minha mãe fala.

- É não, dona Betina, é Jonathan inventando. – Letícia se defende me dando um tapa no ombro.

– Ela me ama, mamá. Não vive sem mim. – eu falo.

– Eu te amo mesmo, mas não brigaria na rua. – Letícia diz.

– Você não teria coragem de brigar por mim? – falo me fingindo de ofendido.

– Nesse caso não, porque sei que você é só meu. – ela diz.

– Convencida que só ela. – falo.

– Por acaso eu estou errada? – ela pergunta.

- Sim. – respondo e ela me olha com um semblante de desconfiança.

– Então quer dizer que você não é só meu? Conte-me mais sobre o assunto. – ela diz séria.

– Eu também sou da dona Betina Fabbri. – falo dando um beijo em minha mãe.

– Ah! Com sua mãe eu nem discuto. – ela fala rindo.

– Me dê uma folga, cuide dele agora. – minha mãe diz pra Letícia.

– Rejeitado pela minha mãe. – falo.

– Ele sempre foi dramático? – Letícia pergunta.

– Sempre. – minha mãe responde.

– Não sou não. Só um homem carente. – falo abraçando Letícia por trás.

– Vou para meu quarto. Se precisarem de algo, me chamem. – minha mãe diz e sai em direção às escadas.

– Vai sossegada. Vamos subir também. – falo.

Subi com ela para o meu quarto, que agora é nosso. Aos poucos ela vai deixando a personalidade dela nele, e eu estou amando isso. Tem as roupas, tem chinelo, tem escova, produtos de maquiagem ocupando espaços que eram só meus.

– Amor, amanhã tenho que acordar cedo, viu?! Por favor, acorda quando eu te chamar. Lembra que eu preciso fazer as três campanhas amanhã pra poder te acompanhar. – Letícia fala.

– Eu vou acordar, meu amor, pode deixar. – falo.

– Pra te ter comigo em Buenos Aires eu sou capaz até de não dormir. – eu digo em seguida.

– Eu quero muito fazer parte de todos os momentos da sua vida. Te apoiar em tudo. – ela fala.

– Eu sou muito grato por ter te encontrado. Você é minha vida, meu porto seguro. – me declaro pra ela.

AMIGA MÍA - Jonathan Calleri Onde histórias criam vida. Descubra agora