AMIGA MÍA - Jonathan Calleri

CAPÍTULO - 42

LETÍCIA

Estava fora, na recepção, esperando o Jonathan acordar. Pra minha sorte a Tefi ficou aqui comigo, pois a hora parece não passar quando estamos esperando algo.

Já tarde, um médico apareceu pra dizer que nós podíamos entrar no quarto e que ele já estava acordado. Entramos as duas de vez.

– Oi, meu amor. – eu falo segurando a mão dele.

– Oi, minha vida. – ele responde.

– Hermano, como estás? – Tefi pergunta.

– Melhor agora que acabou e foi tudo bem. – ele responde.

– Alta só amanhã, né!? – ele pergunta em seguida.

– Provavelmente, sim. O médico disse que precisa ver como você vai reagir, amor. – eu digo.

– Você vai ficar aqui comigo? – ele me pergunta.

– Se os médicos liberarem, sim, eu fico. – respondo.

– Tomara que liberem, ficar aqui sem vocês é tortura. – ele reclama.

– Amor, não reclama. O importante é que deu tudo certo e logo você vai está em casa. – eu falo.

Os médicos pareceram adivinhar os pensamentos do Jonathan e entraram no quarto.

– Jonathan, como está se sentindo? – um dos médicos pergunta.

– Bem. – ele responde.

– Olha, você vai ter que ficar aqui até amanhã porque precisamos te monitorar. – o médico diz.

– Elas podem ficar comigo aqui no quarto? – ele pergunta.

– Só é permitido um acompanhante. – o médico diz.

– Lê, quero que você fique. – ele diz.

– Obrigada pela consideração, meu hermano. – Tefi fala.

– Não fica chateada, mas você sabe né... – ele diz rindo.

– Então como não precisam mais de mim, estou indo. – Tefi diz.

– Obrigada por tudo, hermana. Eu te amo. – Jonathan diz.

– Também amo você, fique bem. – ela responde.

Todos sairam da sala, ficamos só Jonathan e eu.

– Vem cá, amor. Estou morrendo de saudades do seu beijo. – ele diz.

Me aproximei e dei um beijo, também estava com saudades da boca dele.

– Por isso que você preferiu que eu ficasse né? – falo rindo.

– Claro. Com você aqui as horas passam mais rápido. – ele responde.

DOIS DIAS DEPOIS

Jonathan teve alta do hospital há dois dias. Ele já anda com ajuda de muletas, mas eu prefiro que ele não faça tanto esforço, por isso ele usa a cadeira de rodas.

Contratamos uma fisioterapeuta para ajudar nas sessões de fisioterapia durante esse tempo que ele ficará aqui na Argentina. Ela virá todas as tardes.

– Amor, está confortável? – pergunto, ajeitando o travesseiro atrás da sua coluna.

– Sim, mi amor. Obrigado! – ele diz.

– Vou buscar seu almoço. Volto já. – digo e saio.

Dona Betina tinha deixado o almoço feito, então só esquentei e coloquei o prato dele.