CAPÍTULO - 91

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LETÍCIA

Acordamos bem tarde, e antes de fazermos qualquer coisa, pedi ao Jonathan para me explicar como ele tinha preparado a surpresa no show de ontem.

– Eu fui procurar alguém que tivesse acesso a produção, nessas horas que é bom ser jogador de futebol. Falei com um pessoal da diretoria do São Paulo e eles me ajudaram. Eu falei como era que eu tinha pensado, e que ia ser rápido para não atrapalhar o show. Então naquela hora que eu fui ao banheiro, na verdade eu tinha ido buscar o buquê de flores que uma pessoa tinha guardado na portaria, por isso eu demorei. – ele diz.

– Jamais imaginei ser pedida em casamento dessa forma. Na verdade, jamais imaginei sendo pedida em casamento. – falo ainda impactada.

– Queria te surpreender. – ele diz.

– E conseguiu, mais uma vez. – falo sorrindo.

– Deixei minha timidez de lado por você. – ele fala.

– Quando eu lembro de você entrando com o Jokic na ONG, todo tímido, não falava muito, e vejo as coisas que você fez por mim... – falo.

– Você mexeu comigo, dra. – ele fala para me provocar.

– Dra. é a... – falo.

– É a mamãe mais linda. – ele fala apelando.

– Assim não vale. – falo.

– Amor, falando nisso, amanhã é dia de fazer o exame para saber o sexo do bebê. – ele diz.

– O resultado sai no mesmo dia? – pergunto.

– Não. Só em três dias. – ele fala.

– Ah. Vou morrer de ansiedade. – falo e ele me olha balançando a cabeça em negativa.

– Sossega. Tá mais perto. – ele fala.

– Nem vem que você também tá ansioso. – falo rindo.

– Estou, mas tentando ficar tranquilo. – ele diz rindo.

_ Amor, se for menino, deixa eu escolher o nome. Se for menina você escolhe. – tento o acordo.

– Se for menino vai ser Théo, né? – ele pergunta.

– Talvez, quem sabe... – falo rindo.

– Pois se for menina eu vou colocar Georgina. Georgina Bianchi Calleri. – ele fala.

– Georgina? De onde você tirou esse nome? – pergunto achando o nome um tanto quanto estranho.

– Se eu disser você não me deixa colocar. – ele fala e rir.

Deve ser o nome de alguma ex dele.

– Jonathan, conte agora. – falo ameaçando.

-– É o nome da minha primeira professora, ela é especial para mim. Marcou minha vida, era uma forma de homenageá-la. – ele diz levemente emocionado.

– Te aquieta com esse nome. Procure outro. – falo.

– Amor, é uma homenagem a uma pessoa que é especial na minha vida. O nome não é feio. – ele tenta me convencer.

– É sim. Mesmo sendo homenagem. – falo.

– Então, já que não posso colocar Juan, vou colocar Juana. – ele diz.

– Você só pode está de brincadeira. – eu falo séria.

– Não, está decidido. Vai ser Juana, ou Juana ou Georgina.  – ele fala.

AMIGA MÍA - Jonathan Calleri Onde histórias criam vida. Descubra agora