CALLERI
Estava no apartamento da Lê, quando li uma mensagem que a Tefi tinha mandado falando sobre a fisioterapeuta estar interessada em mim. Eu não consegui disfarçar o incômodo e ela percebeu.
Ela me perguntou se tinha acontecido alguma coisa, pensei em mentir e dizer que não, inventar uma história qualquer, mas um relacionamento com mentiras não vai a lugar nenhum e eu não tinha porque esconder dela.
– É... – comecei a falar, mas gaguejei.
– Olha essa mensagem. – eu entrego o celular pra ela ler.
– Já tinha visto. Quando vibrou, eu fui ver quem era e acabei lendo pela barra de notificação pois vi o nome da Micaela. – ela responde, mas eu não questiono nada. Nós temos livre acesso ao celular um do outro.
– Louca essa mulher. Ainda bem que eu não tenho mais que fazer fisioterapia com ela. – digo e ela não esboça nenhuma reação.
– Meu amor, está com ciúmes? – pergunto, deixando meu celular na mesinha e me aproximando dela.
– Um pouco incomodada porque lembro dela te tocando. – Letícia fala com o ciúme visível.
– Ciumenta. Eu sou todinho seu. – falo e começo a beijá-la.
– Assim eu espero. – ela diz entre o beijo.
Encerramos esse assunto chato e fomos falar sobre outras coisas, ela me pediu para dormir no apartamento e eu aceitei de prontidão.
No outro dia acordei com ela me beijando, que sensação maravilhosa.
– Quero esse bom dia todos os dias. – falo.
– E é? – ela fala.
– É. – digo puxando-a para beijá-la.
Comecei beijando o pescoço dela, mas ela me parou dizendo que não vai rolar. Eu entendi e parei.
– Bom dia melhor que esse tá pra existir. – eu falo.
– Pode ser melhor, mas hoje não vai rolar. – ela diz.
– Estraga prazeres. – resmungo.
– Te amo também. – ela diz se levantando.
– Você é tentadora, Letícia. Como é que eu resisto?! – pergunto.
– Você é que não me dá sossego. – ela diz tirando o pijama.
– Eu, né? Fui eu que te acordei com beijos, né? – falo me levantando também.
– Tá bom, tá bom! Assumo a culpa, mas só dessa vez. – ela diz rindo.
– Vai chover hoje, você assumindo a culpa. – digo fingindo espanto.
– Engraçadinho. – ela fala me dando um tapa no ombro.
– Estava me beijando nestante, e agora me bate. – digo.
– Para você ver como tem a capacidade de me irritar em questão de segundos. – ela diz.
Nós rimos ao mesmo tempo das nossas implicâncias.
– Amor, vai fazer o que hoje? – pergunto mudando o rumo da conversa.
– Arrumar malas e ir no shopping comprar uns presentes. Quero levar uns vinhos, um presente para minha cunhada e um pra Luci, a senhora que trabalhou lá em casa desde quando eu era pequena. – ela fala.
– Quer que eu vá com você? – pergunto.
– Melhor não. Se você for e alguém te reconhecer eu não terei paz. – ela diz rindo.
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AMIGA MÍA - Jonathan Calleri
FanfictionQuando você pensa que vai salvar alguém e quem é salvo é você.