CAPÍTULO - 44

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CALLERI

Estava no apartamento da Lê, quando li uma mensagem que a Tefi tinha mandado falando sobre a fisioterapeuta estar interessada em mim. Eu não consegui disfarçar o incômodo e ela percebeu.

Ela me perguntou se tinha acontecido alguma coisa, pensei em mentir e dizer que não, inventar uma história qualquer, mas um relacionamento com mentiras não vai a lugar nenhum e eu não tinha porque esconder dela.

– É... –  comecei a falar, mas gaguejei.

– Olha essa mensagem. – eu entrego o celular pra ela ler.

– Já tinha visto. Quando vibrou, eu fui ver quem era e acabei lendo pela barra de notificação pois vi o nome da Micaela. – ela responde, mas eu não questiono nada. Nós temos livre acesso ao celular um do outro.

– Louca essa mulher. Ainda bem que eu não tenho mais que fazer fisioterapia com ela. – digo e ela não esboça nenhuma reação.

– Meu amor, está com ciúmes? – pergunto, deixando meu celular na mesinha e me aproximando dela.

– Um pouco incomodada porque lembro dela te tocando. – Letícia fala com o ciúme visível.

– Ciumenta. Eu sou todinho seu. – falo e começo a beijá-la.

– Assim eu espero. – ela diz entre o beijo.

Encerramos esse assunto chato e fomos falar sobre outras coisas, ela me pediu para dormir no apartamento e eu aceitei de prontidão.

No outro dia acordei com ela me beijando, que sensação maravilhosa.

– Quero esse bom dia todos os dias. – falo.

– E é? – ela fala.

– É. – digo puxando-a para beijá-la.

Comecei beijando o pescoço dela, mas ela me parou dizendo que não vai rolar. Eu entendi e parei.

– Bom dia melhor que esse tá pra existir. – eu falo.

– Pode ser melhor, mas hoje não vai rolar. – ela diz.

– Estraga prazeres. – resmungo.

– Te amo também. – ela diz se levantando.

– Você é tentadora, Letícia. Como é que eu resisto?! – pergunto.

– Você é que não me dá sossego. – ela diz tirando o pijama.

– Eu, né? Fui eu que te acordei com beijos, né? – falo me levantando também.

– Tá bom, tá bom! Assumo a culpa, mas só dessa vez. – ela diz rindo.

– Vai chover hoje, você assumindo a culpa. – digo fingindo espanto.

– Engraçadinho. – ela fala me dando um tapa no ombro.

– Estava me beijando nestante, e agora me bate. – digo.

– Para você ver como  tem a capacidade de me irritar em questão de segundos. – ela diz.

Nós rimos ao mesmo tempo das nossas implicâncias.

– Amor, vai fazer o que hoje? – pergunto mudando o rumo da conversa.

– Arrumar malas e ir no shopping comprar uns presentes. Quero levar uns vinhos, um presente para minha cunhada e um pra Luci, a senhora que trabalhou lá em casa desde quando eu era pequena. – ela fala.

– Quer que eu vá com você? – pergunto.

– Melhor não. Se você for e alguém te reconhecer eu não terei paz. – ela diz rindo.

AMIGA MÍA - Jonathan Calleri Onde histórias criam vida. Descubra agora