CAP. 43 - Belos Tecidos

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Ah, Deus... Não havia conseguido fazer aquilo descer por minha garganta... Apenas quis agradá-lo, tentar retribuir o mesmo prazer que havia me dado.

Talvez, ainda precise de muita prática para alcançar a perfeição... Eu não sabia muito sobre o órgão genital de outros homens, mas tinha um pouco de noção de que não eram tão grandes assim.

Já havia tomado um banho rápido enquanto Jason insistiu em fazer o café da manhã. A água morna ardia um pouco sobre os pontos, mas já senti dores piores do que está...

Ah, eu não teria roupas, e isso só veio a tona agora, assim que acabo de tomar o meu banho... Então, no mesmo instante, escuto batidas na porta do banheiro.

- Suas novas roupas estão na porta, querida.

Tão pontual e assertivo que até mesmo assustava-me.

- Você fez novas roupas?

- Claro, o que seria de mim senão pensar em você.

Ando até a porta, com uma toalha embrulhada no corpo, abrindo-a rapidamente e pegando o leve manequim próximo a maçaneta.

Por algum motivo, ainda estava com vergonha por Jason me ver nua... Acho que qualquer pessoa que estivesse no meu lugar sentiria-se assim, pois confiei o meu bem mais precioso a ele: O meu corpo.

Olho para o manequim em minhas mãos, fechando a porta ao mesmo tempo... Meus olhos brilhavam com tanta elegância em uma única peça... Ao mesmo tempo não entendia como ele poderia me compreender tão bem.

 Ao mesmo tempo não entendia como ele poderia me compreender tão bem

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- Meu Deus..

Apenas consigo dizer isto ao pegar nos babados em sua calda, não acreditando que ele realmente existia em minhas mãos... Até mesmo sinto vontade de chorar com a emoção em ter algo que retratasse os meus pensamentos.

Como ele sabia... Parecia me conhecer a tanto tempo... Pois esse vestido existia apenas em um lugar, o qual estava muito, muito longe daqui.

Saio do banheiro, após encarar-me no enorme espelho próximo a banheira, colocando as pequenas sapatilhas negras em meus pés, com leves laços em meus tornozelos.

- Horas, mas vejo uma bela princesa entrando em minha cozinha!

- Não tenho como agradecer a você por isto.... Nunca imaginaria que alguém fosse me dar algo assim um dia...

- Não fique tímida, minha cara. Só estou lhe dando o que realmente merece.

Jason anda até mim na entrada da cozinha, segurando em minha cintura, girando-me na ponta de seus dedos...

- Ficou perfeito em você, querida.

- Como teve tempo em fazer isto para mim?

- Ah, essas coisas são rápidas de se fazer quando se tem prática. Aliás, avise-me quando quiser conhecer o meu ateliê de costura.

- ..Você tem um ateliê de costura?

- Claro, querida. Fica do outro lado do corredor do meu apartamento.

Haviam outras portas no segundo andar, mas nem havia dado importância para elas, pois não chamaram a minha atenção.

Quanto a do terceiro andar... Era apenas uma única e grande porta para um corredor imenso... Qualquer um ficaria curioso em saber o que haveria ali, ainda mais depois do que vinha acontecendo...

- Bem, gostaria de conhecer, claro.

- A senhorita é tão bela... Como vivia sendo faxineira? Poderia trabalhar em um teatro!

- Teatro? Ah, não seria uma má ideia, tenho muita imaginação.

- Isso me atraí em você, uma bela garota com uma imaginação perigosa.

- Por que acha que minha imaginação é perigosa?

- São apenas palpites, Alice. Venha, sente-se nas cadeiras da bancada, o chá já está pronto.

Ah, estava satisfeita por Jason fazer apenas chá, era a minha bebida preferida. Não precisava nem pedir o que gostava, pois ele estava fazendo tudo.

- Hm, sabe... Gostaria de conversar com você.

- Seria um prazer.

Jason senta-se em minha frente, espalhando os pães frescos na cesta, passando geleia no meu e manteiga no dele... Era tão atencioso.

- Bem.. Não sei se está seria a melhor hora... Mas, claro, não quero incriminar você ou algo do tipo...

Sentia que estava pisando em ovos, tentando ser o mais delicada possível nas palavras, coisa que eu jamais fui.

- Mas, bem... Espero que entenda o que quero dizer... Você tem está outra aparência, não me leve a mal, por favor... Gosto de todas as suas formas.

Suspiro fundo, percebendo que estava enrolando demais em minhas palavras. Jason apenas encarava-me com um sorriso cínico em sua face, parecendo estar se divertindo com o meu cuidado.

- Jason... As crianças desaparecidas, você quem fez aquilo?

- Não.

Jason, The Toy Maker - O Outro Lado do GumeOnde histórias criam vida. Descubra agora