๑Dark Romance๑. +18
- Querida Alice Liddell... O seu País das Maravilhas será meu!
Suas palavras eram tão doces, assim como a sua feição e o seu jeito encantador. Mas, as coisas muitas vezes não são o que parecem ser...
Jason não era apenas um home...
Contava os meus passos em minha cabeça, dando-lhes um de cada vez, aprendendo a controlá-los rapidamente, assim como minha respiração.
Eu estava com o coração um pouco mais acelerado do que o habitual... Isto era normal? Talvez por estar um tanto nervosa, claro.
Aquele homem estava na beirada da sacada, com várias mesas espalhadas ao ar livre, o lugar era lindo, plantas ressecadas em vasos organizados... O frio tomava conta, pois estava nevando levemente.
Ele provavelmente ouviu os meus passos, será que fui desastrada e andei de forma errada? Meus sapatos de porcelana também não ajudavam a fazer silêncio... Acho que não, estou criando coisas em minha cabeça pelo nervosismo.
Então, o Chapeleiro vira-se para mim, revelando estar com uma roupa elegante para um encontro, cartola preta e casaco de inverno... Mas o seu rosto...
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Não sabia como os meus olhos estavam naquele instante, mas meu falso coração batia ainda mais forte... Como aquele ser poderia ser tão belo?
Estava perdida em devaneios, apenas encarando os seus detalhes, como se meus lábios estivessem travados. Realmente deveria ter sido criada para ser dele, pois ao primeiro instante já sentia uma forte ligação ao encarar seus olhos...
C. - Perdoe-me, querida... Mas quem é você?
M. - Eu.. Eu... Sou Milady!
C. - Que interessante...
Ele se afasta da beirada da varanda, caminhando até mim enquanto não saio do lugar em que estava... Era como se meu estômago estivesse cheio de borboletas.
Chapeleiro fica frente a frente a mim, com um sorriso de canto e sedutor... Mas, sua mão segura a minha, levando-a até os seus lábios, curvando-se e beijando os meus dedos... Acho que o meu sistema deu erro.
C. - É um prazer conhecê-la, querida. Meu nome é Tarrant, mas pode chamar-me de Chapeleiro.
M. - O prazer é todo meu...
Logo ele arruma sua postura, mas seus dedos vão de encontro a minha bochecha, sentindo a minha pele delicadamente...
C. - A senhorita desperta-me uma curiosidade instigante...
Ele tocava na ponta do meu queixo, suas mãos eram suaves e seu toque era estimulante...
C. - Diga-me, por que veio até mim?
M. - Eu... Fui criada exclusivamente para você.
C. - Criada apenas para mim?
Havia um sorriso estranho formando-se em seus lábios, mas ele parecia feliz com isso... E eu também estava.
C. - Acho que tenho ideia de quem pode ter lhe mandando até aqui... Mas, seria falta de educação de minha parte recusar um presente tão perfeito...
Seu polegar encosta sobre o meu lábio inferior, parecendo querer sentir a minha textura...
