CAP. 125 - Polegares de Gato

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- Diga-me, meu amor... Para onde deseja ir? Não importa para onde for, estarei sempre com você.

Caminhavamos pela estação de trem dos Domínios do Chapeleiro, esperando o próximo trem chegar em breve.

- Sua lealdade é tão louvável, Jason...

- Não chamo exatamente de lealdade, querida. Talvez uma obsessão sem limites, controle, dominância... Apenas estou tomando conta do que pertence a mim.

- Ah, é mesmo? Pois saiba que estou fazendo o mesmo por você.

Digo brincando com a minha lâmina entre meus dedos. Não ligava se aquilo soasse como uma ameaça.

- Querida... Não seja tão ingênua. Eu sou o seu mestre, o seu dominador... E o único capaz de satisfazer os seus desejos mais profundos.

- E bota profundo nisso.

O trem havia acabado de chegar enquanto eu ria pela última frase, fazendo-me segurar sobre a mão de Jason enquanto embarcamos no vagão.

Se Jason ainda acha que tem algum controle sobre mim, está muito enganado... Tudo o que faço por ele é porque eu o amo, não por obrigação.

- Ainda não disse para onde vamos, bonequinha...

- Para um lugar inóspito pelos demais cidadãos, chamado Profundezas Iludidas.

Escolhemos uma nova cabine, encostando a porta assim que chegamos, sentando sobre os sofás estofados.

- E por qual razão seria inóspito?

- Qual foi a última vez que mergulhou, Jason?

Ele me encara como se já soubesse a resposta, sendo mais do que óbvio...

- Irei molhar as minhas roupas, não é mesmo?

- Com toda certeza. Iremos para as fossas deste mundo, abaixo dos oceanos mais profundos, em busca de ajuda.

- Já conseguiu o exército do Chapeleiro e ainda acha que precisamos de mais?

Nesse instante, algo bate sobre a porta da cabine, revelando a sombra e uma silhueta de um homem ao lado de fora...

C. - Perdão por encomodar vocês, mas preciso conversar com Alice.

- Ah, é Cheshire.

- O quê?

Jason encarava a porta ainda fechada sem entender como Cheshire poderia ter aquela silhueta "humana".

- A porta está aberta, pode entrar Cheshire.

Observo mãos protegidas por luvas brancas puxarem a porta de correr, aparecendo aos poucos o que Cheshire havia se tornado.

C. - Apenas para constar, ainda não me sinto confortável neste corpo.

Ele senta-se ao meu lado, porém ainda não conseguia acreditar no que estava vendo... Jamais imaginaria aquilo, então como era possível?

 Jamais imaginaria aquilo, então como era possível?

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Jason, The Toy Maker - O Outro Lado do GumeOnde histórias criam vida. Descubra agora