CAP. 144 - Súplicas

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Percebia que Jason estava fora de seu "controle", apenas por olhar no fundo de seus olhos... Vendo-o ficar cada vez mais insano em seus movimentos...

Sem nem ao menos um segundo para expandir o meu raciocínio, suas garras penetram em minha cintura, colocando quase todo seu membro em meu interior...

Não iria adiantar dizer para ele ter calma... Estava comportando-se como um animal sedento por sexo...

Arranhando todo o meu corpo... Gemendo em meu ouvido... Louco pelo prazer... Deixando-me cada vez mais sedenta por ele...

Havia um monstro dentro de mim... Pulsando, latejando... Fazendo-me pedir por mais... Espancando o meu útero...

Sentia meu interior apertar cada vez mais forte o seu membro... Estimulando seus movimentos, aumentando a sua paixão...

Jason matou tantas pessoas nesta mesa... E estava quase matando-me da melhor forma que poderia imaginar...

...

Pensei que não poderia mais ficar sem sentir minhas pernas... Mas mesmo em minha forma de histeria, Jason havia conseguido esta proeza...

Estávamos deitados sobre um dos tantos tapetes da sala misteriosa, recuperando o fôlego que nos sobrará...

Ainda sentia o meu corpo transbordar, após tantas e tantas vezes que Jason havia preenchido-me sem piedade...

- Alice...

- Sim?

- E se... Nós não voltássemos mais para lá?

Sento-me rapidamente ao seu lado, surpreendida por ele ter dito isso.

- Por quê?

- Importo-me apenas em viver ao seu lado... É isto o que quero.

Poderia notar que seus olhos estavam tristes, pela primeira vez... Era como se fosse uma leve súplica.

- ... Desistir depois de tudo o que fizemos... Ela ainda poderá nos perseguir... Perseguir você.

- E nós iríamos conviver bem com isso... Sempre a protegeria... Sempre.

- Jason... Se eu não viver no País das Maravilhas... Irei envelhecer e morrer.

- Sim... Eu sei disto... - Era como se houvesse um nó em sua garganta...

- Mas... Prefiro que tenha uma boa e longa vida ao meu lado, aproveite dos bons e maus momentos, e envelheça como deve ser. Não seja amaldiçoada como a mim, Alice...

- Não. Não posso concordar com isso. Iremos até o fim.

Seguro sobre a sua mão, colocando meus dedos em seu peito.

- É tarde demais para isso... Já estou amaldiçoada... A muito tempo.

- Pois bem, faremos do seu jeito. Mas... Lembre-se, querida... Eu tentei.

Levanto-me e caminho até um dos manequins disponíveis naquela sala, retirando um vestido preto com cuidado, observando sua longa calda volumosa, com vários tecidos de seda em sua armação.

- Posso vestir você, meu amor?

- Claro...

Estávamos em frente a um grande espelho oval, colocando os pés para dentro do vestido, enquanto Jason o puxava até o meu busto, para fechar o zíper em seguida...

Encaravamo-nos no espelho, parecendo que pensávamos a mesma coisa, talvez...

- Eu a amo tanto, querida Alice...

Seus dedos tocavam a minha nuca, puxando os meus cabelos para o lado, beijando a minha pele exposta...

- Ah.. Também te amo, Jason...

Cabelos brancos de sua franja caídos por seu rosto... Pele levemente rachada, escondendo sua podridão... Olhos tão verdes que pareciam ser iluminados por luzes próprias, vivas... E, um sorriso doentio e ao mesmo tempo encantador.

- Como tive tanta sorte...

- Sorte..?

- Em ter você...

- Não existe sorte quando trata-se do destino, bonequinha... Somos malditos juntos, para sempre...

- Para sempre...

Jason suspira em meu pescoço, encarando a sua porta azul em seguida, com um leve desgosto nos olhos...

- Sabe, querida... Poderia prendê-la aqui, nunca mais deixá-la sair... Mas... Deixarei escolher.

- Quanta gentileza...

Ando junto a ele até sua porta, preparada para voltar ao quarto destruído mais uma vez.

Quando Jason toca sobre a maçaneta, sou fitada por ele, como se fosse sua última pergunta silenciosa, de que eu teria certeza do que queria...

- Não podemos nos esconder para sempre...

Passo meus dedos por cima dos seus, girando a maçaneta, dando visão ao quarto branco outra vez...

Assim que pisamos no País das Maravilhas novamente, sentia que havia algo estranho acontecendo, mas não saberia dizer o que era...

- Vamos voltar!

- O quê? Mas....

Jason segura em meu ombro puxando-me novamente para a porta, até a parede de mármore do quarto ser estourada por um exército de cartas vermelhas invadindo por todas as partes possíveis.

Havia sido jogada para dentro da porta azul novamente em milésimos de segundos, enquanto Jason havia ficado do outro lado, fechando-me dentro de sua sala de criações.

- JASON!! JASON!

Começo a bater contra a porta, desesperada, tentando abri-la a todo custo, em vão... Não conseguia fazer um sequer arranhão naquela madeira, pois elas eram restauradas logo em seguida.

- Não! NÃO! POR QUE ME DEIXOU AQUI! POR QUÊ?!?!? JASON!!!

Jason, The Toy Maker - O Outro Lado do GumeOnde histórias criam vida. Descubra agora