CAP. 149 - Mente Dominada

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?. - EI!! LARGUE-A!

Uma voz irrompe atrás de nós, fazendo o Valete parar de correr, rangendo os seus dentes em ódio, olhando para trás, forçando-se a ver quem estava atrapalhando sua fuga.

Mas, no mesmo instante, um tridente enorme é lançado contra o corpo do Valete, fazendo-o deixar meu corpo cair ao chão, enquanto seu braço estava prensado contra a parede de carne viva no castelo.

Meus olhos reviram-se, perdidos sobre o piso, de bruços em meio ao chão, com o esboço ruivo em minha frente...

- Edward... - Seu nome saia como súplica dentre meus lábios...

Levanto meus olhos, enquanto Edward estava agachado após lançar uma de suas armas, segurando um martelo longo e pesado em suas costas, ambas armas forjadas por si mesmo.

Levanto meus olhos, enquanto Edward estava agachado após lançar uma de suas armas, segurando um martelo longo e pesado em suas costas, ambas armas forjadas por si mesmo

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Ainda dominada por aquela hipinose maldita, sobre um tipo de amnésia bizarra, corpo dormente, controlada por ele...

O Carpinteiro corre até mim, juntando-me do chão, segurando-me agora em seus braços, com vários soldados das Profundezas Iludidas aproximando-se por de trás do mesmo.

?. - Quais são as ordens, senhor? Devemos matá-lo? - Um dos soldados pergunta de forma direta, apontando para o Valete debatendo-se com a arma fincada em seu ombro.

E. - Não! - Edward levanta sua mão em paciência.

E. - Levem-no para a minha prisão particular, quero conversar com ele antes de qualquer coisa.

Aquilo não parecia ser uma boa ideia no final das contas... Afinal, apenas de olhar para os olhos daquele homem, toda a consciência era perdida em segundos.

E. - Vendem os olhos dele.

Sou retirada daquela batalha, debilitada, sem esperar que aquilo fosse acontecer... Nada era como da última vez que vim até aqui... Ela estava mais forte. E a culpa era minha. Eu mesma a alimentava.

O navio principal do Carpinteiro destruía as paredes do castelo, demolindo construção por construção, com uma prancha esticada em nossa direção, provavelmente por onde ele saiu anteriormente para me salvar.

E. - Onde estava com a cabeça, Alice??

Mas eu não conseguia falar, ao menos tinha vontade... Impulsiva, insolente, saberia que estava errada em vir até aqui sozinha... Mas por Jason, faria tudo.

E. - O que ele fez com a sua mente, querida? - Seus dedos tocam em minha testa, retirando meus cabelos dos olhos.

Estava chorando....
Deprimida...
Como se tivesse perdido alguém que amava...
Mas como poderia amar alguém que conheci em tão pouco tempo...
Nada fazia sentido...
Era uma ilusão... Uma ilusão para voltar para ele.

Chegava a soluçar...
Aflita...
Meu coração sentia-se apertado...
Como se houvesse levado um tiro...
Besteira!
Precisava ser forte!

Tentava esquecer aquele Valete...
Retirar seu controle sobre minha mente...
Mas parecia ser algo tão impossível!!

E. - Não se preocupe... Tenho quase certeza de que com o tempo isso irá passar... E suas feridas também.

- O que ele fez comigo..?

E. - Brincou com a sua alma... Seus sentimentos. Mas não se preocupe... Darei a ele o que merece.

- Faça-o pagar...

E. - Farei.

Já estávamos nos interiores do navio, o qual parecia até mesmo uma mansão. Os tiros dos canhões eram ouvidos de todos os lados, abafados, tremiam levemente as paredes.

- Jason...

E. - Iremos acha-lo! Tem a minha palavra.

Em quem mais iria confiar... Ninguém era confiável, mas que escolha eu teria..? A única pessoa que devemos confiar cegamente é apenas em nós mesmos.

Sinto a minha cabeça ser recostada sobre algo fofo, assim como meu corpo... Uma cama confortável em um quarto luxuoso.

Seguro sobre o pulso do Carpinteiro antes que ele se vá, fazendo-o encarar-me em espera.

- Edward... Eu estou grávida.

E. - Perdão?

Todos tiveram a mesma reação...

- E ele cresce rápido em meu ventre... Não há nada que eu possa fazer.

Minha barriga já estava um tanto visível, marcando o vestido que usava, criando ainda mais ansiedade em meu peito.

E. - Desde quando está assim??

- Desde algumas horas atrás...

Ele coloca sua mão sobre a boca, sentando-se ao meu lado na cama... Seus dedos tocam levemente a minha barriga por cima do tecido, como se não acreditasse.

E. - O que quer que eu faça?

- Ajude-me a recuperar-me e vamos juntos, desta vez, atrás de Jason. Meu filho não irá crescer sem um pai.

Eu o amava tanto... E com o amor verdadeiro, parecia que, aos poucos, o domínio do Valete esvaiasse...

Lembranças tão belas... Uma história construída com o tempo, por alguém que jamais desistiu de mim... Sacrificou-se pelo meu mundo... Daria tudo por ele.

E. - Vamos rápido com isso, estamos em meio ao caos da guerra!

Edward levanta-se em um pulo, chamando seus aliados naquela embarcação, enfermeiras, médicos, tudo o que era-se possível...

Mas será que todas essas pessoas conseguiriam fazer a minha mente voltar ao normal..? Quantos especialistas são necessários para fazer esquecer-se de uma pessoa que brincou com a sua mente...?

Acho que apenas Jason realmente conseguiria tal feito...

Logo o Carpinteiro posiciona-se na porta do quarto, parecendo afoito, ansioso, enquanto encarava a minha barriga.

E. - Não se preocupe! Acho que consegui a pessoa certa para você!

Algo inesperado acontece em seguida, um aliado que pensei que não veria mais por um bom tempo, muito menos nesta guerra...

Apenas por ver a fumaça azul inundar o corredor, passando sobre o corpo de Edward sobre a porta, saberia de quem tratava-se.

- Absolem... - Todo o quarto inunda-se pelo mistério de sua chegada...

A. - Precisamos trazê-la a "realidade".

Sua voz ecoava de todos os lugares, mas sem estar em lugar nenhum.

Jason, The Toy Maker - O Outro Lado do GumeOnde histórias criam vida. Descubra agora