CAP. 18 - Renegado

2.2K 257 55
                                    

- Sinto que estou cada vez mais curioso sobre você, Alice.

Seguro em meu prato, continuando a degustar os pães torrados e o suco fresco de uva.

- E o que desperta essa curiosidade em você?

- A senhorita realmente esfaqueou aquele homem?

Era um assunto um tanto delicado para comentar enquanto comiamos... Mas ignoro este fato.

- Não, nem sequer havia segurado a faca em minhas mãos.

- Mas se sentiu bem quando o matou?

- Acha que sou realmente uma assassina sádica e louca?

- Não quis insinuar isto, apenas fiquei interessado por suas atitudes e sensações...

- Especificamente pela sensação de matar, não é?

O sorriso em seus lábios era curto, como se estivesse comentando sobre o assunto mais normal e sensato do mundo. A sua naturalidade era impactante.

- Horas, não consigo ver problemas nisso. Como disse, estou curioso, quero saber mais sobre você, querida.

- Ah, sim... Foi uma sensação boa, mas apenas pelo fato da vingança estar sendo feita.

- Então você matou apenas um homem?

- E deveria ter cometido mais atos assim??

- Oh, claro que não. Matar é muito, muito errado...

Jason diz enquanto bebia o final do suco em seu copo...

- Mas, não consigo descrever isto, porém... Algo em seus olhos me diz o contrário.

- Está insinuando que estou mentindo?

- Claro que não, bonequinha...

Ele se levanta da mesa, retirando algumas louças até a cozinha.

- Mas vou aceitar se houver cometido tais atos.

Levanto-me da mesa também, seguindo-o até a cozinha, cada vez com mais suspeitas por aquele assunto.

- Como consegue aceitar um assassino no mesmo local que você vive? Na sua casa!

- Você é tão doce, pequena Alice... Realmente, para mim, este é um fato irrelevante.

- Matar pessoas para você é algo irrelevante?

- Sabemos que é algo muito errado, verdade. Entretanto, vejo que você não é a culpada na sua trama.

- Todos tem medo de mim a está altura. Você não sente isso?

- Medo de você, querida Alice?

Jason coloca as louças na pia, enchendo-a para lavar em seguida...

- Sinto apenas um fascínio crescente.

- Como consegue... Ser tão...

Digo enquanto me aproximo da louça na pia, fazendo menção em lava-la.

- Tão?

Jason segura as minhas duas mãos, impedindo-me de continuar o ato. Meus pulsos estavam sendo um tanto apertados por ele, deixando nós dois de frente um para o outro, na esperança de alguma resposta sair dos meus lábios.

- .. Tão...

Seus olhos estavam entrando dentro da minha alma, deixando-me um tanto nervosa pela sua feição ansiosa.

Jason, The Toy Maker - O Outro Lado do GumeOnde histórias criam vida. Descubra agora