CAP. 115 - Cabine Privativa

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- ... Eu não sei se isto seria uma boa ideia...

C. - Seria uma ideia terrível, mas nas situações atuais, as piores ideias são as melhores.

- É improvável conseguir aliança com qualquer força deste mundo, sabe disto.

C. - Ah, sim... Mas não se esqueça de que pode ameaça-los. Não é isto o que faz de melhor desde que chegou aqui?

- O que Alice fez neste lugar?

C. - Você verá se acompanhá-la... Sabe para onde deve ir primeiro, Alice. Lá encontrará o seu mais provável aliado.

- O Chapeleiro me traiu... E pode vir a fazer isto novamente.

C. - Hm, realmente, ele é o um grande mentiroso, mas deve estar acostumada com isto, já que convive com um diariamente.

- Que mentira, eu apenas adoço a verdade.

- Cheshire... O Chapeleiro é um homem asqueroso, os seus domínios são perigosos e fora de questão.

C. - Ah, pode ter certeza de que o Chapeleiro mudou muito... E quando vê-lo, não o achará mais tão asqueroso assim. Vamos, Alice... Já foi lá outras vezes, conseguirá ir novamente.

- Está bem... Vamos pegar o trem para ir até lá.

Seguro no braço de Jason, começando nossa caminhada entre as árvores, com a fumaça azulada de Candy ainda invadindo o ambiente.

Porém continuo pensativa... Chapeleiro sempre foi um homem velho, sádico, mutilador, insano, louco... Sua aparência não era nada receptiva.

C. - Confie em mim, Alice... Pelo menos fico mais tranquilo desta vez.

Cheshire andava ao nosso lado, acompanhando nosso ritmo até o final do Vale do Chá, em busca da estação de trem.

- E o que lhe passa essa tranquilidade?

C. - Não gosto muito de admitir, mas ao menos Jason poderá lhe proteger caso precise.

- Obrigado pelo pouco de reconhecimento.

C. - Não se ache, é o seu dever com Alice. Já que diz que a ama, zele pela vida de sua Escolhida.

- Só porque tentei matá-la, não significa que deixarei os outros fazerem isto.

C. - Assim espero, mas não costumo acreditar nas palavras de um assassino.

Ainda bem que estávamos quase chegando e não precisaria mais ouvir aquela discussão interminável dos dois em meus ouvidos...

C. - Vocês irão adorar o passeio. Mas... Não achei que o Chapeleiro será receptivo. Tenham cuidado e boa sorte.

- Vem, Jason!

Seguro em sua mão, com o trem prestes a partir, apitando alto, mas apenas nós dois estávamos dentro do mesmo.

Era um trem com vários vagões marrons de passeio, entramos em um dos últimos e nos deparamos com seu belo interior clássico.

Os sofás eram acolchoados e vermelhos dentro de cada cabine privativa, as mesas eram forradas por couro preto, enquanto nós escolhiamos um daqueles cantos para sentar.

- Se prepare, Jason... Será uma viagem que jamais fez antes.

- Ah, é mesmo? Está me deixando curioso.

Assim que entramos em uma cabine, as portas poderiam ser arrastadas, as quais eram de vidro e madeira. Fecho-a em seguida, mas Jason a tranca, sentando-se ao meu lado.

Jason, The Toy Maker - O Outro Lado do GumeOnde histórias criam vida. Descubra agora