CAP. 76 - Impulsos Animais

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Notas da autora:

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Notas da autora:

Animal Impulses - IAMX

"Olhos de navalha brilhantes em prazer...

Olhos de navalha brilhantes antes de você morrer...

Estou cansado desse dueto humano

Nenhuma civilização esconde

Nossos impulsos animais"

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Por alguns segundos fico sem reação ao que Jason disse, estranhando aquela frase. Observo sua enorme mão acariciando a minha coxa, puxando-me para mais perto de seu corpo.

- Bem... Não irei força-la a isto, é um gosto que apenas a senhorita pode decidir.

Penso em descartar aquela ideia, mas começo a pensar e a pensar mais em sua sugestão... Era estranho, realmente, pois era assim que chamava o meu pai.

Porém, passava uma sensação incomum de segurança que não poderia explicar...

- Não irei descartar a sua sugestão... Mas, não posso negar que achei interessante.

- Isto é ótimo... Devo dizer que iria me agradar muito ouvir a senhorita chamando-me assim.

- ... É mesmo?

Digo levantando do seu colo, ficando de pé em frente a Jason, retirando minha nova calça de couro, vestindo apenas o espartilho vinho e a pequena calcinha de renda que ele havia me dado, já sabendo que estava querendo ver como havia ficado em mim. Não poderia ignorar a ereção de Jason enquanto estava sentada em seu colo...

- Venha, querida...

Os olhos de Jason começam a brilhar levemente, enquanto o mesmo abria o zíper de sua calça apertada...

Sento-me de frente em seu colo, enquanto suas mãos brincavam com o fino fio das laterais de renda... Começo a beijá-lo lentamente, arrastando a parte de baixo da minha calcinha para o lado, encaixando seu pau abaixo de mim...

Aproximo meus lábios de seu ouvido, passando meus dedos por seus cabelos ruivos e brancos...

- Estou lhe agradando assim, papai..?

Jason agarra a minha bunda, dando um tapa em seguida, fazendo-me gemer com aquilo, mordendo o meu pescoço... Sentia seus dentes afiados penetrarem a minha carne, chupando a minha pele...

.....

- Irei para o primeiro andar agora, meu amor... Os clientes já devem estar fazendo fila. Descanse bem, querida.

Jason beija os meus lábios com um selo, deixando-me deitada de lado em sua poltrona, recuperando-me do que havíamos feito outra vez em tão pouco tempo...

- Estarei esperando...

Ele lança um sorriso para mim, fechando a porta pelo lado de fora, fazendo-me ouvir as trancas serem passadas. Do jeito que as coisas estavam indo, eu estaria dormindo na cama de Jason rapidinho.

De qualquer forma, meus planos estavam dando certo... Estava sendo fácil fazê-lo me perdoar pelo boneco quebrado e pela colher que tentei fincar em seu pescoço.

?. - Quer que eu traga uma cadeira de rodas?

- ... O quê?

Olho para todos os lados, procurando de onde havia vindo aquela voz masculina e ao mesmo tempo leve, como um sussurro.

?. - O que, o quê?

A voz estava vindo de baixo de mim, fazendo-me encarar o chão, observando Mr. Glutton encarando-me enquanto subia nas costas da poltrona.

- Não sabia que...

G. - Me subestimou cedo demais, garota. Mas não parece tão surpresa...

- Já estou acostumada com animais falantes.

G. - Mas eu não sou apenas um mero "animal"! Não! Eu sou uma criação perfeita de Jason, sou um brinquedo, imortal.

- Então você poderá tirar as minhas dúvidas sobre esse lugar?

G. - Tenho cara de guia turístico?

- Claro que não, mas terá que me acompanhar, já que está cuidando de mim enquanto Jason não volta.

G. - Também não sou uma babá, apenas devo manter você nos trilhos... Aliás, vai querer a cadeira de rodas ou não?

- Óbvio que não! Eu já consigo andar.

G. - Há! Lembro-me quando me viu pela primeira vez ao fundo da loja, comentando que havia adorado a cobra de Jason... Mas a qual cobra estava se referindo?

- Você realmente não tem filtro na língua, não é mesmo?

G. - E por que deveria ter filtro com você se também não tem? É apenas mais uma garota idiota que pisou aqui...

- Mais uma? E com quantas já conversou?

G. - Bem, você é a primeira, mas isso não vem ao caso! Não queira me irritar, ou então posso devorar você.

- Está bem...

Digo levantando-me da poltrona, vestindo as minhas calças outra vez, colocando a bota preta de cano alto sobre elas.

- E qual é o seu problema em comer os outros? Não consegue distinguir o que deve ingerir ou não?

Começo a andar pela oficina de Jason, observando mais calmamente aquele lugar...

G. - Eu tenho muita, MUITA fome... Não sei se percebeu, mas tenho três metros. Preciso de uma grande quantidade suprimentos que muitas vezes não são dados a mim.

- Por isto come as bonecas velhas?

G. - As garotas que Jason escolheu errado? Sim, todas alguma hora serão a minha refeição.

- Escolheu errado... Por que ele não as quis?

G. - Existem muitos motivos... Algumas o deixaram irritado, ele revelou sua verdadeira forma, elas o recusaram e morreram em seguida. Outras ficaram aqui algum tempo, achando que Jason era o homem mais perfeito que existiu, até a hora que, de alguma forma, se cansaram e quiseram ir embora... Ele as encontrou e morreram logo depois. Exitem tantos motivos... Veremos qual será o seu.

- Interessante... Mas nunca acreditei que ele realmente fosse perfeito. Seria muita inocência achar isso. E eu não terei motivo algum.

G. - Apenas por olhar para a sua cara, dá para ver que não tem nada de inocente.

Glutton rastejavasse perto de minhas pernas, olhando para o que eu estava fazendo no balcão.

G. - E vê se não vai quebrar nada! Ou então quem vai pagar por isso sou eu.

- Ok, sou apenas curiosa...

Estava observando os potes em conserva, havia até mesmo um coração dentro de um deles... Era realmente incrível o ótimo estado em que se encontrava.

G. - Está gostando de ver isso? Então venha comigo, vai adorar mais ainda...

A cobra roxa guia-me até uma porta ao fundo da oficina, a qual estava encoberta por uma cortina preta, camuflada. Não poderia imaginar que havia outra porta aqui.

Mas, assim que Glutton empurra-a, entro a luz de velas, observando tudo aquilo, sem conseguir acreditar no que estava vendo...

Jason, The Toy Maker - O Outro Lado do GumeOnde histórias criam vida. Descubra agora