capítulo quarenta e quatro.

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POV's Richard Ríos.

Despertei do transe e a puxei pelas mãos saindo do camarote, não parei para ouvir o que ela dizia e fui direto para o estacionamento privado onde meu carro estava, chegando lá abri o carro, dei a volta com ela abrindo a porta para que ela entrasse, e entrei pelo outro lado.
Jade estava quieta, lógico que muito daquela atitude era o calor do momento, ela abaixou os olhos.

- Não me diga que se arrependeu do que você falou. - era nítido no meu tom de voz a tristeza só de pensar naquela possibilidade, ela negou com a cabeça sem olhar para mim, tirei o cinto e me aproximei dela, coloquei os dedos no queixo dela e fiz com que a mesma levantasse o rosto para olhar para mim. - Onde você quer ir?

- Qualquer lugar, desde que você esteja comigo qualquer lugar vale. - eu olhei para ela, tinha voltado a ser a Jade que eu conhecia, aquela que pensava duas vezes antes de dizer ou fazer algo, eu carinhosamente dei um selinho nela e logo puxei o cinto de segurança prendendo-a, saímos do estacionamento em silêncio, eu liguei o som do carro para que o silêncio não a deixasse cada vez mais retraída. - RICHARD. - ela praticamente gritou me assustando, olhei para ela que olhava pela janela. - Para ali ó, naquela conveniência, por favor por favor. - Ainda sem entender a animação dela do nada, eu dei a volta no retorno e parei no posto, olhei para os lados vendo se tinha muitas pessoas, como já estava prestes a amanhecer o posto estava vazio, o frentista dormia em uma cadeira e pelo vidro da conveniência a moça do caixa mexia no computador, assim que eu parei o carro Jade logo desceu, fui atrás dela, lá dentro vi ela indo até as prateleiras pegando o saco de salgadinho, um Gatorade, um pacote de M&M' e rumou para o caixa e lá pegou mais alguns chicletes, quando olhou para a moça do caixa ela lembrou que estava somente com o celular, fui até ela já pegando a carteira. - Desculpa! Que vergonha, juro que te pago, acho que minha bolsa tá com a Luísa. - a moça passava os produtos e eu sorri para Jade.

- Jade, não é nada demais.

- 25 reais senhor. - a moça do caixa disse.

- Claro que é. - passei o cartão e olhei para ela.

- Jade 25 não vão mudar a minha vida. - a moça colocou tudo em uma sacola, voltando a atenção para o computador, Jade pegou a sacola e me acompanhou de volta ao carro.

- Mas de qualquer jeito, não precisava pagar.

- Mas eu quis. - abri a porta do carro e ela entrou, dei a volta e quando entrei no carro ela abriu o salgadinho, o cheiro logo impregnou. - Logo de queijo?

- E com cheiro de chulé, são os melhores. - ela enfiou a mão no pacote enchendo a mão e colocando tudo na boca, eu ria. - Você quer? - ela abriu o Gatorade com as mãos todas sujas e eu apenas neguei com a cabeça, o trânsito estava tranquilo graças ao horário e não demorou muito pra chegarmos no meu apartamento, Jade que agora comia os M&M' olhou para mim. - Onde estamos?

- No meu apartamento.

- Você tem uma casa ou um apartamento em todos os lugares do Brasil? Tem no Rio e agora aqui também.

- Em Santa Catarina e em mais algumas cidades também, são necessários já que meu pai e eu nunca paramos em São Paulo.

Estacionei em minha vaga, quando saí do carro Jade já estava saindo também, tentando carregar tudo em seus braços.

- Quer ajuda? - já estava do lado dela com uma mão em seu ombro.

- Se você quiser me carregar. - fiz menção que iria pegá-la no colo. - Tava brincando. - ela riu e eu peguei algumas coisas do braço dela. - Será que tem a possibilidade de alguém nos ver?

meu ponto fraco, richard ríos.Onde histórias criam vida. Descubra agora