capítulo quarenta e oito.

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POV's Richard Ríos.

Ela abriu os olhos e fitou os meus que a olhavam com tamanha ternura, eu fazia carinho no rosto dela, Jade virou o rosto um pouco e beijou a palma da minha mão.

- Você é linda, tenho até medo disso.

- Do que? De mim?

- É, nunca senti isso Jade, me acho até meio banana do seu lado porque eu não consigo fazer nada, fico pensando se você vai gostar ou se vai ser mais um motivo pra fugir de mim.

- Todo esse tempo eu não estava fugindo de você, estava fugindo de mim, também tenho medo. - ela fez menção que ia se afastar de mim, mas a segurei mais forte.

- Vamos deixar pra pensar nisso depois? Deixa eu aproveitar você agora. - ela sorriu balançando a cabeça e eu mordi seu lábio inferior sorrindo e iniciei outro beijo dessa vez mais rápido, nossas línguas se cruzavam enquanto as minhas mãos passeavam pelas costas dela, Jade passou as mãos ao redor do meu pescoço, nós nos apertavamos um contra o outro, os sentidos já não eram os mesmos, não ouvia nada que estava ao redor e não tinha mais controle sobre as mãos, subi uma mão para a nuca dela e segurei seus cabelos enquanto descia minha boca para o pescoço, Jade respirava ofegante de olhos fechados sentindo minha boca quente em seu pescoço, quando recobrou o ar, ela se afastou aos poucos.

- Richard. - Eu continuava beijando o pescoço dela, ela segurou meu rosto com as duas mãos e levantou.- Espera.

- Fiz algo errado?

- Não. - ela riu da minha cara de preocupado e tirou as mãos do meu rosto ajeitando o vestido.

- Então o que foi?

- Estava com sede, vou beber um pouco de vinho.

- Você parou de me beijar pra beber esse vinho horrível? - ela deu de ombros dando uma golada no vinho e fazendo uma careta em seguida, ela respirou e olhou para mim que a olhava descrente.

- Não faz essa carinha. - me deu um selinho. - E a Ju? Por que você não trouxe ela?

- Nós não vamos falar dela agora. - peguei Jade pela cintura a trazendo para mais perto e ela começou a rir.

- Eu quero conversar.

- Mas eu quero te beijar, depois a gente conversa. - Ela ainda ria e antes que pudesse falar alguma coisa eu a beijei novamente.

.

Parei o carro em frente ao prédio de Jade, ela olhou para o prédio e depois pra mim e fez uma cara triste.

- Você tem mesmo que ir amanhã?

- Se eu não tivesse MESMO que ir com certeza eu não iria. - tirei o cinto e me virei para ela pegando em seu queixo. - Mas eu volto logo, talvez o jogo do fim de semana que vem vai ser redesignado, aí eu venho. - dei um selinho demorado nela.

- Vou esperar.

- Você vai contar para sua mãe?

- Contar o que?

- Sobre nós.

- Não, ainda não, quer dizer, não sei...Acho que eles não estão nem aí, foram pra Duque de caxias na casa da minha tia, ela tá na correria do aniversário da minha prima e eles foram ajudar.

- Então você está sozinha?

- Não, eu não vou te convidar pra subir.

- Eu venho de São Paulo só pra te ver e você vai me deixar sozinho enquanto nós poderíamos estar juntos?

- Você veio a trabalho, me ver foi consequência.

- Claro, o programa me chama a dias para uma participação e eu venho justo hoje simplesmente a trabalho? É lógico que minha intenção era te ver. - Ficou vermelha e sorriu, segurou meu rosto e me deu um beijo rápido.

- Para com isso.

- O que eu fiz agora?

- Fica querendo me conquistar.

- Pelo menos estou conseguindo?

- O que você acha? - sorri antes de me aproximar dela e beijá-la novamente, entre um beijo e outro eu implorava para que ela me deixasse subir, mas Jade estava irredutível e só balançava a cabeça fazendo sinal negativo e rindo. Depois de muito insistência ela conseguiu sair do carro e entrou correndo para o prédio.

POV's Jade.

Chegando em casa liguei para minha mãe avisando que já tinha chegado, mandei mensagem para as meninas falando que quem acertasse onde ele tinha me levado iria ganhar um presente e ria das opções que elas davam, aproveitei que Gabi tinha falado comigo no whatsapp sobre irmos ao cinema e disse que precisava contar para ela o que Richard tinha feito, olhava o instagram enquanto conversava com ela e sorri a ler a mensagem que Richard tinha acabado de mandar.

Você sabe que meu voo é só amanhã de manhã, então se mudar de ideia me ligue independente da hora.

Sorri e só mandei uma carinha feliz.

Estava sentanda em frente a tv, com os cabelos presos em maria-chiquinha e com um pote de sorvete entre as pernas assistindo um filme, Richard tinha acabado de mandar uma mensagem dizendo que estava indo para o aeroporto, eu olhava pela janela vendo o dia incomum no Rio, um frio tinha se instalado na cidade e a chuva caia sem parar me deixando temerosa pelo voo dele, tentava não pensar no assunto e focar no filme, mas a cada trovão meu coração se apertava um pouco, meus pais já tinham ligado falando que por conta da chuva iriam esperar antes de pegar a estrada, um novo trovão e eu me encolhi no sofá puxando o cobertor, ouvi a campainha, levantei e puxei a calça de moletom algums números maiores, fui pulando na ponta dos pés para não sujar a meia e abri a porta.

- O que você tá fazendo aqui? - Richard estava um pouco molhado e sorria para mim.

- O voo foi cancelado e como não havia outro lugar no mundo em que eu quisesse estar, decidi vir.

- E por que está todo molhado? Como te deixaram subir? Entra.

- Uma pergunta de cada vez, tô molhado por que não me deixaram entrar no estacionamento, tive que estacionar na frente do prédio e consegui entrar porque, bem, o carinha me reconheceu e eu disse que era um conhecido seu. - ri e então lembrei de como estava vestida, coloquei as mãos na maria-chiquinha.

- Eu vou trocar de roupa e pegar uma toalha pra você. - ele passou os braços ao redor da minha cintura.

- Não troca não, tá linda assim. - Senti as bochechas ardendo, sabia que estava muito vermelha.

- Tá, vou pegar uma toalha e uma camiseta seca do meu pai para você. - dei um selinho nele e saí de seus braços indo até o quarto dos meus pais, entreguei a toalha para ele e sentei no sofá, Richard rapidamente tirou a camiseta e eu fiquei vermelha, ele secou os cabelos com a toalha e eu tentava desviar os olhos incomodada, depois de secar-se ele colocou a camisa do meu pai, pegou a toalha e a camiseta molhada e colocou em cima da mesa e depois se sentou ao meu lado.

- Nunca gostei tanto de dia chuvoso. - ele se virou para mim e eu mordia os lábios. - Que foi? - balancei a cabeça.

- Nada, quer beber alguma coisa?

- Antes eu quero fazer isso. - ele me puxou pela cintura fazendo com que eu ficasse de joelhos no sofá e me beijou, com as mãos afastava os meus cabelos dos ombros para então começar a depositar beijos em meu pescoço, eu por minha vez passava as mãos pelos cabelos ainda molhados dele com os olhos fechados sentindo a língua macia de Richard passar pelo meu pescoço, eu me apoiei em suas pernas e puxei o rosto dele novamente para minha boca, ele foi deitando o meu corpo no sofá ficando por cima enquanto passava a mão na lateral do meu corpo, respirei fundo e afastei o rosto olhando para ele.

- Acho que a gente precisa conversar.

meu ponto fraco, richard ríos.Onde histórias criam vida. Descubra agora