capítulo vinte e nove.

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POV's Jade Magalhães.

Chegamos em um restaurante de um amigo meu, eu fui até o gerente e pedi uma mesa mais reservada, o garçom nos acompanhou até a mesa e deixou com a gente o cardápio.

- Você é mais esperta do que eu pensava - olhei sem entender enquanto pegava o cardápio. - Me trouxe pra um lugar público pra não correr o risco de eu te atacar.

- Olha que eu não tinha pensado nisso, sou esperta até quando não tenho intenção de ser - voltei os olhos pro cardápio - Eu tô morrendo de fome, vai querer algo?

- Você! - fingi não ouvir pois não tinha resposta e também pra não deixar explícita a vergonha ao ouvir aquilo.

- Eles fazem uma espécie de macarrão aqui que é uma delícia, você vai adorar - ele segurou minhas mãos me obrigando a olhar pra ele, delicadamente tirou o cardápio e colocou sobre a mesa.

- Comer é a última coisa que eu quero agora, me fala o que você queria me falar.

- Não sei mais se quero falar alguma coisa, acho melhor deixar pra lá.

- Não precisa ter medo, prometo ser o mais compreensível possível .

- Ok, procure me entender por que ultimamente nem eu tenho conseguido isso - ele assentiu enquanto fazia carinho em minhas mãos que ainda estavam junto das dele.

- Eu vi a sua foto beijando uma menina esses dias atrás em uma balada e admito que fiquei com um pouquinho de ciúmes - ele sorriu triunfante.

- Mas Jade, você a todo momento me lembrava de uma forma ou outra que não queria nada co...

- Espera, deixa eu terminar se não eu não vou conseguir, eu sei que não tem motivos pra você não ficar com outra pessoa, a gente não tem nada e só ficamos uma vez, mas é que isso é meio novo pra mim, como eu te disse, lógico que já fiquei com outros meninos, mas eles moravam aqui e a gente se via frequentemente e não eram vidas tão expostas, e então como eu não tinha vivido uma situação assim, me incomodou e isso aconteceu principalmente porque eu não sei o que tá acontecendo aqui, entre a gente.

- E o que que você quer que eu faça em relação a isso? - me senti mal ao ouvir a resposta dele a tudo o que eu tinha falado, eu tinha acabado de falar que sentia ciúmes dele e ele tinha tratado isso como algo natural, talvez até fosse, mas me fez sentir mal e soltei das mãos dele.

- Não sei Richard, aliás nem sei porque eu te falei isso.

- Ei calma, desculpa se eu falei com as palavras erradas, mas já que você não entendeu eu vou explicar, lembro de ter sentido uma grande atração por você quando vi sua foto, mas quem não sentiria? Você é linda! E quanto mais eu conversava com você mas linda você ficava pra mim e antes de te ver eu já sabia que não queria só amizade, mas você é muito difícil e nervosinha - eu ri.

- Isso porque você é ousadinho, se eu fosse boa demais coitada de mim em suas mãos.

- Enfim, quando você me disse que estaria em São Paulo eu sabia que precisava te ver, sabe Jade, quando eu quero alguma coisa eu corro atrás e talvez pela minha fama hoje as coisas não demorem de acontecer quando eu quero, mas com você foi diferente, mas isso não me deixou em nenhum momento indignado ou algo assim, como eu te disse uma vez, seu jeito só me fazia ter cada vez mais certeza do que eu queria, acho sim que fui precipitado te levando lá em casa.

- Mas eu gostei de conhecer sua família.

- Eles também gostaram de você e esse foi um dos motivos para meu pai não ficar tão bravo por eu estar aqui hoje, mas como eu dizia, depois que a gente ficou a única coisa que eu queria era que acontecesse de novo, mas você nunca me deu abertura pra eu demonstrar ou falar isso, eu acho que até tenho medo de você, mas não levei tão a sério, foi ótimo, claro, mas tentei não colocar expectativas porque você é uma caixinha de surpresas, mas hoje, aqui com você, olhando pra você, uma coisa eu sei, me fala o que quer de mim e eu prometo fazer exatamente isso.

meu ponto fraco, richard ríos.Onde histórias criam vida. Descubra agora